sexta-feira, 28 de setembro de 2018

ECONOMIA: Dólar sobe 1,07% e fecha a R$ 4,038; Ibovespa cai 0,82%

OGLOBO.COM.BR
POR ANA PAULA RIBEIRO

Cenário externo e expectativa com eleições aumentam volatilidade


Notas de dólar - Roberto Moreyra / Roberto Moreyra/13-8-2018

SÃO PAULO - O dólar comercial ganhou força no período da tarde e fechou em alta de 1,07% ante o real, encerramento o mês cotado a R$ 4,038 - a moeda americana acumula recua 0,87% no mês, mas alta de 21,8% no ano. Já o Ibovespa, principal índice do mercado local, recuou 0,82%, aos 79.342 pontos, em meio a um maior nervosismo nos mercados externos e às expectativas dos agentes financeiros em relação a novas pesquisas eleitorais. No mês, o índice subiu 3,48%.
O dólar acelerou a alta após o almoço, com a definição do "dólar ptax", que é a cotação do Banco Central. Por ser último dia útil do mês, ela serve para liquidação de uma série de contratos do mercado financeiro. A taxa ficou em R$ 4,0039.
- Teve uma pressão para baixo nos últimos pregões. Os investidores acabaram lucrando com essa Ptax mais baixa e agora a moeda volta a subir - avaliou Cleber Alessie, operador da corretora H.Commcor. 
O que ocorreu é que os investidores reduziram o volume das apostas de alta do dólar. No jarguão do mercado financeiro, isso se chama posição comprada e ela caiu em mais de US$ 5 bilhões, para US$ 29,746 bilhões ontem. Isso indica que reduziu a aversão ao risco do investidor em relação ao mercado brasileiro, efeito que também foi visto em outros mercados emergentes.
No entanto, na visão de operadores, após esse ajuste, os investidores buscaram proteção no dólar à espera de novas pesquisas eleitorais - o Datafolha será anunciado nesta noite. "Resumo da opera: a forte volatilidade deve continuar imperando daqui até a conclusão do pleito presidencial", informou, Jefferson Luiz Rugik, analista da Correparti Corretora de Câmbio, em relatório a clientes. 
Nesta sexta-feira, o dólar se fortaleceu em escala global. O "dollar index", que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, tinha alta de 0,30% próximo ao horário de encerramento dos negócios no Brasil.
Já a pressão do exterior veio apó so governo italiano ter fixado um Orçamento com previsão de déficit orçamentário de 2,4% para os próximos três anos, um patamar considerado alto para os investidores. O DAX, de Frankfurt, fechou em queda de 1,52%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 0,85%.
Bolsa em queda
Na avaliação de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos, a Bolsa brasileira seguiu a tendência do mercado externo, de menor aversão ao risco, mas a proximidade das eleições é outro fator de influência sobre os negócios.
- O movimento de queda do índice é impactado pelo cenário político ainda mais incerto - avaliou.
Entre as ações mais negociadas, o setor bancário, de maior peso na composição do índice, caiu de forma significativa. As açpões preferenciais (sem direito a voto) do Itaú Unibanco e do Bradesco recuaram, respectivamente, 0,85% e 1,88%. No caso do Banco do Brasil, o recuo foi ainda maior, de 2,97%. 
No caso da Petrobras, as preferenciais recuaram 1,68% e as ordinárias (ONs, sem direito a voto) tiveram desvalorização de 0,73%. 
As maiores quedas, no entanto, são registradadas pelos papéis da Via Varejo, que caíram 8,86%, e da Gol, com recuo de 5,17%. 
No índice, a maior alta foi registrada pela CCR, com ganhos de 3,58%, seguido por Iguatema, com alta de 2,48%.

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