sexta-feira, 27 de abril de 2018

ECONOMIA: Dólar acumula alta de 1,46% na semana, a R$ 3,463; Bolsa sobe

OGLOBO.COM.BR
POR RENNAN SETTI

Nesta sexta-feira, moeda americana teve segunda queda seguida

. - Thomas White / REUTERS

RIO - Confirmando a trégua da véspera após sequência de cinco altas, o dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia nesta sexta-feira, recuando 0,43% e valendo R$ 3,463 para a venda. Os juros do título público americano de dez anos — cuja alta acima de 3% vinha motivando a valorização do dólar — caíram mais uma vez hoje, para 2,95%. Globalmente, contra uma cesta de dez divisas, a moeda americana caiu 0,2%. Na semana, o dólar avançou, porém 1,46% contra o real. No mercado acionário, o índice de referência Ibovespa encerrou praticamente estável, subindo 0,07%, aos 86.444 pontos. Na semana, a Bolsa acumulou alta de 1,05%.
Na agenda externa, um dos destaques foi o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no 1º trimestre, que veio acima do esperado pelos economistas, mas desacelerou ante o trimestre anterior e demonstrando avanço mais brando no consumo das famílias.
— Aparentemente, o dólar bateu em uma barreira psicológica. Hoje, contribui a fala do Ilan, presidente do BC, dizendo que não deixaria o câmbio sair do controle. A verdade é que, quando o dólar atinge esse patamar de R$ 3,50, é de esperar que haja fluxo de venda — explicou Daniel Weeks, economista da Garde Asset.
A queda do dólar se dá apesar dos números do desemprego no Brasil, que ficou em 13,1% no primeiro trimestre, acima dos 12,9% esperados pelos analistas de mercado. Desemprego maior indica atividade econômica mais lenta do que se imagina, abrindo maior espaço para o Banco Central (BC) cortar os juros — o que tenderia a valorizar o real.
A economia dos EUA desacelerou no primeiro trimestre, com os consumidores gastando menos após um trimestre de consumo acima da média. Os gastos menores das famílias, porém, foram compensados por sólido investimento corporativo e avanço dos custos trabalhistas diante de uma situação de pleno emprego.
E, cálculo anualizado, o PIB cresceu 2,3% de janeiro a março, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. A mediana das estimativas de economistas consultados pela Bloomberg espera um número menor, de 2%.
As ações da Petrobras fecharam em alta de 0,29% (ON, por R$ 24,52) e 0,35% (PN, por R$ 22,71). A Vale caiu 0,72% (R$ 48,35).
Entre os bancos, o Banco do Brasil fechou estável, e o Itaú Unibanco caiu 0,19%. O Bradesco, porém, avançou 1,09%.
A BRF registrou desvalorizou de 0,96%. Ontem, a empresa finalmente concluiu a reformulação do seu conselho de administração, agora comandado pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente. A mudança no colegiado encerra meses de disputa entre os fundos de pensão e Abilio Diniz.
As ações da Estácio tiveram mais um dia de queda intensa, depois de a companhia anunciar que o volume de matrículas em cursos presenciais caiu 14% no trimestre. O papel recuou 5,11% hoje, depois de uma queda de 5,74% ontem.

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