quarta-feira, 22 de novembro de 2017

ECONOMIA: Exterior faz dólar fechar a R$ 3,235, menor valor em um mês

OGLOBO.COM.BR
POR MARINA BRANDÃO / ANA PAULA RIBEIRO

Ibovespa cai 0,10% com investidores à espera de novidades sobre a Previdência

- OGlobo

RIO E SÃO PAULO - O cenário externo levou o dólar comercial a fechar em seu menor patamar em um mês. A moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 3,235, recuo de 0,52% ante o real. Já o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, teve leve recuo de 0,10%, aos 74.518 pontos, em meio às discussões sobre a reforma da Previdência.
No exterior, o “dollar index”, que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, recuava cerca de 0,75% próximo ao horário de encerramento dos negócios no Brasil. Em escala global, o dólar acelerou as perdas após a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o bc americano), em que os membros do comitê acreditam em uma alta dos juros do curto prazo, mas também que a inflação deve continuar baixa.
Segundo Bernard Gonin, analista da Rio Gestão de Recursos, a queda do dólar foi mais intensa em relação às moedas de emergentes, em um dia de valorização do preço das commodities.
— As moedas de emergente estão ganhando do dólar. Nas últimas semanas elas foram mais pressionadas, mas o que se vê agora é que a conjuntura externa, de juros mais baixos, deve permanecer. Internamente, o dólar pode se acomodar em um patamar mais baixo se não tiver nenhuma notícia negativa — avaliou.
Essa é a menor cotação do dólar desde 23 de outubro, quando fechou a R$ 2,232. Com o mercado americano fechado na quinta-feira devido ao feriado de Ação de Graças e de menor volume de negócios na sexta-feira, Gonin acredita que as notícias sobre a reforma da Previdência podem “fazer preço” no dólar.
Nesta noite, o presidente Michel Temer (PMDB) se reúne com parlamentares na tentativa de obter os 308 votos necessários para aprovar o projeto de lei. Algumas mudanças no desenho da reforma devem ser definidos.
Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora, afirma que essa cautela em relação ao resultado da reunião influenciou nos negócios.
— A Bolsa vai perdendo força. As commodities ainda tentam sustentar, mas outras ações vão perdendo a força. Os investidores estão realizando um pouco os lucros porque não sabem o que vai sair dessa reunião de hoje à noite. Além disso, tem o feriado nos Estados Unidos amanhã — disse.
Na Bolsa, a queda só não é maior devido ao desempenho das ações ligadas ao setor de commodities. O petróleo opera em alta — o preço do barril do petróleo subia 1,21%, a US$ 63,33 o barril do tipo Brent com a baixa de estoques —, assim como o minério de ferro (a tonelada no porto de Qingdao subiu 4,27%, a US$ 65,17).
As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras subiram 1,32%, fechando a R$ 16,11, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) registraram variação positiva de 0,85%, a R$ 16,50. O anúncio da oferta secundária de pelo menos 291,3 milhões de ações ordinárias da BR Distribuidora influenciam a alta dos papéis da estatal. No caso da Vale, as PNs subiram 2,10% e as ONs, 2,02%.
Impediu uma alta do índice, no entanto, o desempenho dos bancos, que possuem o maior peso na composição do índice. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco caíram, respectivamente, 0,96% e 1,13%. No caso do Banco do Brasil, a queda foi de 0,66%.

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