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RANIER BRAGON
DANIEL CARVALHO
DE BRASÍLIA
Bruno Poletti - 20.mar.2016/Folhapress
Carlos Siqueira, presidente do PSB, afirma que proposta do governo Temer tem caráter mercadológico
O PSB, sexto maior partido da base de Michel Temer, com 35 deputados, ameaça fechar posição contrária aos pilares da reforma da Previdência.
Se confirmado, será o segundo partido da base a declarar a dissidência. O Solidariedade, do deputado e sindicalista Paulinho da Força, já faz isso há algum tempo.
O PSB comanda o Ministério de Minas e Energia.
"Um partido socialista não pode se dar ao luxo de trair as pessoas que ele pretende representar", diz o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
"Se um partido socialista não defender os interesses das pessoas mais vulneráveis, o que ele está fazendo no cenário político nacional?"
Para ele, a proposta de Temer tem forte caráter mercadológico. "Nosso problema não é governo, nem cargo, o nosso problema é não trair os nossos ideais", diz Siqueira.
Ele critica especialmente regras mais rígidas para trabalhadores rurais, deficientes e pessoas mais miseráveis.
O secretário-geral do partido, o ex-governador Renato Casagrande (ES), vai na mesma linha. "A proposta pune muito o trabalhador. Não estamos preocupados com governo, mas com nossa história."
O PSB realizará debate nesta quinta (9) e uma consulta aos filiados, via internet, na terça. Depois, reúne a Executiva para definir uma posição.
RENAN
No Senado, um dos primeiros aliados a se manifestar contra a reforma foi Renan Calheiros (AL), líder do PMDB, partido de Temer.
"Essa proposta que foi mandada para o Congresso parece bastante exagerada. Mas o Congresso, não tenha nenhuma dúvida, vai fazer a sua parte", disse Renan em um vídeo que publicou nas redes sociais. Nesta quarta-feira (8), voltou à carga: "Aposentar aos 69 no Nordeste? Isso é demonstração do desconhecimento da realidade".
O líder do DEM na Casa, senador Ronaldo Caiado (GO), também criticou a reforma.
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