quinta-feira, 6 de novembro de 2014

POLÍTICA: Em nota, Aécio diz que 'não pactua' com acordo na CPI da Petrobrás

ESTADAO.COM.BR
MATEUS COUTINHO - O ESTADO DE S. PAULO

Um dia após base aliada e oposição decidirem não convocar nenhum político para depor na comissão, tucano divulga nota reafirmando seu compromisso com investigações
O PSDB divulgou nota nesta quinta-feira, 6, afirmando que 'não pactua com qualquer tipo de acordo que impeça o avanço das investigações da CPI mista da Petrobrás'. O texto, assinado pelo presidente da sigla, senador Aécio Neves reforça o discurso da legenda de que vai cobrar a apuração do caso, que envolve o PT, PMDB e PP, além do PSB e do próprio PSDB, segundo depoimentos dos delatores do esquema de desvio de recursos da estatal petrolífera.
"Lutamos pela instalação da CPMI. Temos de ir a fundo na apuração do chamado 'Petrolão' e na responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes, independentemente da filiação partidária. Essa é a posição inarredável do PSDB", continua a nota.
O posicionamento da sigla ocorre um dia após a oposição e a base aliada na comissão fecharem um acordo e aprovarem a convocação de nove pessoas para serem ouvidas sobre o caso, nenhuma delas políticos. O PSDB articulou para evitar a convocação de Leonardo Meirelles, apontado como testa de ferro do doleiro Alberto Youssef e que disse em depoimento na Justiça Federal que o doleiro também trabalhava para os tucanos.
O PT, por sua vez, articulou para evitar a convocação do tesoureiro da sigla João Vaccari Neto e a senadora Gleisi Hoffman, ambos citados nas delações feitas pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa e por Youssef, ao Ministério Público Federal. Além disso, não foram votadas as quebras de sigilo de empreiteiras citadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Foram convocados: Rafael Ângulo Lopez, responsável pela operação financeira do doleiro Alberto Youssef; Saul Sabbá, representante legal do Banco Máxima; Waldomiro Oliveira, dono de três empresas usadas por Youssef; Meire Poza, ex-contadora do doleiro; João Procópio Junqueira Prado, sócio da GFD Investimentos; Marcio Andrade Bonilho, sócio da empresa Sanko-Sider; e Marcelo Barboza Daniel, suspeito de ter feito repasses ao ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa.
Nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Estadão, Aécio Neves lembrou que o PSDB, do qual é presidente nacional, tem uma "minoria pouco expressiva na CPI mista". "O governo é que define as oitivas. Eu não participei dessas reuniões. No que depender de mim, se não for possível chamar ainda este ano, que isso seja feito a partir do início do ano que vem", disse.
Veja abaixo a íntegra da nota divulgada pela sigla:
"O PSDB não pactua com qualquer tipo de acordo que impeça o avanço das investigações da CPMI da Petrobrás.
Lutamos pela instalação da CPMI. Temos de ir a fundo na apuração do chamado 'Petrolão' e na responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes, independentemente da filiação partidária.
Essa é a posição inarredável do PSDB.
Brasília, 06 de novembro de 2014
Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB"

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