terça-feira, 21 de outubro de 2014

ELEIÇÕES: Na TV, Dilma fala para mulheres e Aécio critica campanha 'na lama'

ESTADAO.COM.BR
JOSÉ ROBERTO CASTRO - O ESTADO DE S. PAULO

Horário eleitoral da campanha petista mantém estratégia de comparar governos do PT e do PSDB; tucano ataca 'mentira anônima'
São Paulo - A cinco dias da eleição, os dois candidatos à Presidência levaram ao ar na TV críticas mútuas e propostas, no horário eleitoral desta terça-feira, 21. De um lado, a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, apresentado pelo adversário Aécio Neves (PSDB) como ministro da Fazenda, caso seja eleito. Já o tucano acusou Dilma de entregar o governo pior do que recebeu e lamentou o que chamou de campanha "na lama", composta de mentiras anônimas.
Na reta final da campanha presidencial, candidatos levam à TV criticas e propostas.
O programa petista manteve a estratégia de comparar os "modelos de governo" petistas e tucanos. Foi repetida uma fala de Arminio sobre o papel dos bancos públicos e declarações de Dilma em que sugere que o PSDB representa o "retrocesso". A parte propositiva do horário eleitoral da petista tratou de políticas para as mulheres. Dilma prometeu criar a "Casa da Mulher Brasileira", um local que dará assistência a mulheres vítimas de violência doméstica. Ela lembrou ainda a sanção da lei Maria da Penha pelo ex-presidente Lula e a regulamentação do trabalho de doméstica, que foram apresentadas como avanços.
A campanha usou o resultado das últimas pesquisas de intenção de voto para abrir o horário eleitoral. No fim, após a apresentação de dados favoráveis ao governo, a presidente questionou o eleitor: "O outro candidato nega tudo isso. Ok, isso faz parte da disputa eleitoral. Mas você acha que o Brasil está melhor ou pior do que antes? Acha que os tucanos fizeram mais do que nós?", indagou a candidata à reeleição.
O contra-ataque de Aécio veio logo no primeiro ato de seu programa. Ele disse que o governo de Dilma fez o Brasil "crescer menos do que a maioria dos países da América do Sul", "ter as maiores taxas de juros do mundo" e "a maior carga de impostos da história".
Em seguida, Aécio falou sobre a disputa no segundo turno, lamentou as "muitas agressões" dirigidas a ele e disse que a campanha foi "para a lama". "Não tenho o menor problema em aceitar críticas, faz parte do jogo político. Mas quando a crítica se transforma em ataque e quando esse ataque se transforma em mentira - e mais grave ainda, em mentira anônima - aí a campanha vai para a lama".
No final, o programa mostrou obras da transposição do Rio São Francisco, com canais inacabados e uma repórter caminhou por um canal sem água. "Preste atenção no que Dilma falou no debate", dizia um locutor antes de a candidata do PT aparecer dizendo que as obras do São Francisco estavam "em pleno vapor".
Moradores da região reclamaram do atraso nas obras e o aumento nos gastos previstos - de R$ 4 bilhões para R$ 8,2 bilhões - foi criticado. "A promessa aqui era para em 2013 estar tudo pronto", afirmou um agricultor de Cabrobó, em Pernambuco.

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