segunda-feira, 17 de março de 2014

MUNDO: Sanções dos EUA contra Rússia são as maiores desde o fim da Guerra Fria

DO UOL, em São Paulo

Crise na Ucrânia
17.MAR.2014 - O ex-presidente e Nobel da Paz, Mikhail Gorbachev, faz discurso no fórum de comunicações nos Emirados Árabes, em fevereiro de 2014. Ele disse que a crise da Ucrânia é resultado da falha do governo em agir democraticamente  - Al Moutasim Al Maskery/AP
Em coordenação com a Europa, os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (17) um pacote de sanções contra altos funcionários do governo russo, após referendo aprovar a união da região ucraniana da Crimeia com a Rússia.
"Essas são, de longe, as mais abrangentes sanções aplicadas à Rússia desde o fim da Guerra Fria", disse uma fonte da Casa Branca a repórteres.
A ordem, assinada pelo presidente Barack Obama, prevê o congelamento de bens e o veto a vistos para autoridades russas consideradas responsáveis pela "captura" da Crimeia ou por interferência na soberania da Ucrânia.
Crise na Ucrânia gera bate-boca mundial
11.mar.2014 - "Fazemos tudo para regular esse conflito de maneira pacífica, pelas vias diplomáticas e políticas, junto com nossos parceiros ocidentais", disse o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, depois de acusar Moscou de agressão militar pela movimentação de um contingente militar sem distintivos na república autônoma ucraniana da Crimeia, povoada majoritariamente por russos étnicos Arte UOL
"Se a Rússia continuar a interferir na Ucrânia, estamos prontos para impor sanções adicionais", disse Obama ao anunciar as medidas. .
Diversos membros do círculo do presidente Vladimir Putin foram afetados.
"Criamos essas sanções para impor custos em indivíduos que exercem influência sobre o governo russo e aqueles responsáveis pela deterioração da situação na Ucrânia", afirmou em nota a Casa Branca. 
Entre os nomes citados estão Vladislav Surkov, um dos mais influentes conselheiros de Putin; Sergei Glazyev, economista que assessora Putin na questão da Ucrânia; Valentina Matviyenko, presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, e Dmitry Rogozin, vice-premiê. Não foram impostas sanções contra Putin.
Da Crimeia, o novo premiê, Sergei Aksyonov, e o novo líder do Parlamento, Vladimir Konstantinov, também foram alvos de sanções, entre outros.
Moradores da Crimeia tiram retratos polêmicos perto de soldados russos11 fotos6 / 11
3.mar.2014 - Jovem posta fotos no Instagram com soldados russos ao fundo, na península da Crimeia, região autônoma no sul da Ucrânia. A área, cuja maioria da população é alinhada à Rússia, foi ocupada por tropas russas neste fim de semana, em meio a uma crise entre os dois países Reprodução/"Daily Mail"
A ação veio após o polêmico referendo de domingo, em que, segundo autoridades locais, quase 97% dos eleitores votaram pela separação da Ucrânia.
Ainda segundo as autoridades locais, 83% dos eleitores participaram do pleito. O governo da Ucrânia descreveu a votação como um "circo" e disse que não reconhece o resultado.
Em telefonema a Putin na noite de domingo (16), Obama afirmou que o referendo "viola a Constituição ucraniana e ocorreu sob a ameaça de uma intervenção militar russa". Obama disse ainda que o resultado "nunca será reconhecido pelos EUA e pela comunidade internacional".
Putin, por sua vez, sustentou que a consulta havia sido totalmente legal.
Medidas europeias
A União Europeia também aprovou nesta segunda-feira sanções contra 21 cidadãos russos e ucranianos como retaliação pelo referendo de anexação da Crimeia à Rússia. As medidas incluem o congelamento de bens e restrições de viagem.
O Parlamento da Crimeia declarou formalmente nesta segunda que a região se separou da Ucrânia e pediu ao Kremlin para ser anexada à Rússia.
A Crimeia, que abriga a frota russa no mar Negro, foi parte da Rússia até 1954, quando o então dirigente soviético Nikita Kruschev passou seu controle à Ucrânia.
Após a queda de Yanukovich, as populações das regiões sul e leste do país foram às ruas para protestar contra o que consideraram um golpe de Estado. A Rússia, aliada de Yanukovich e com interesses na região, apoiou esse movimento.
A península da Crimeia, de maioria étnica e língua russas e atualmente com um regime de república autônoma da Ucrânia, já estava sob controle de forças pró-Moscou desde 28 de fevereiro.(Com agências internacionais)

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