Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Com um ar que não escondia um misto de conformismo com constrangimento, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou ter desistido de disputar o governo de SP nas eleições de 2014. Alegou o ministro que faz essa renúncia para ficar na pasta porque a educação é "a grande prioridade estrutural do país e seu maior desafio". O desafio da educação é fato, porém o motivo alegado por Mercadante para não trocar o ministério pela disputa pelo lugar de Geraldo Alckmin se choca com os fatos reais. Não foi Mercadante que desistiu, foram Lula e Dilma que desistiram dele. Assim como Marta Suplicy, outra que já "foi desistida" pela dupla de suas pretensões paulistanas e paulistas, o ministro da Educação não preenche o requisito do "novo na política" que desde o sucesso das candidaturas da própria Dilma e de Fernando Haddad, Lula adotou para escolher os candidatos do PT aos governos municipais e estaduais que mais interessam ao partido.
Interesses superiores
É óbvio que haverá exceções, porém a regra geral será esta. A outra é a ordem unida que estabelece que o partido deve ceder aos aliados nos Estados sempre que eles exigirem para garantir o apoio ao interesse maior - a reeleição de Dilma. Veja-se o caso do senador Lindbergh Farias no RJ: o "novo" terá de ceder ao meio esclerosado PMDB. Pode até, com rebeldia, firmar sua candidatura. Contudo, não terá as bênçãos oficiais. Como ele e Mercadante, tem muita gente ainda para "ser desistida" até 2014 na seara petista.
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