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Agência Estado
Renata Pedini
A Bolsa de Valores de São Paulo opera em alta nesta terça-feira, 7. Por volta
das 11h30, avançava 1,01%.
O mercado é embalado pela aposta em possíveis medidas de estímulo por parte
dos bancos centrais no exterior. Na ausência de notícias e indicadores que
possam sugerir turbulências, os negócios locais têm espaço para dar continuidade
à recuperação iniciada na última sexta-feira. A alta das commodities também pode
contribuir para um desempenho positivo.
Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, “a abertura em alta
da Bovespa está garantida”, acompanhando o otimismo internacional, ainda em meio
à espera de estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE) e, talvez, do
Federal Reserve. O economista sênior da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira,
acrescenta que “sem grandes mudanças no cenário, os investidores globais
aproveitam o momento de humor positivo e colecionam ganhos, principalmente no
mercado de renda variável”.
Porém, salienta Viera, neste momento não há nada muito mais concreto e “o
problema da melhora atual de humor é que se baseia no que supostamente o BCE ou
o Fed venham a fazer, sem que ambos tenham sinalizado qualquer movimento”. Ainda
assim, por volta das 9h50, os índices futuros das Bolsas de Nova York e as
principais bolsas europeias operavam no campo positivo, em dia de agenda
econômica fraca. O futuro do S&P 500 subia 0,37%, enquanto a Bolsa de
Frankfurt avançava 0,57%. Já o petróleo WTI para setembro subia 0,47% na Nymex,
para US$ 92,69 por barril.
Nos EUA, saem nesta terça-feira o crédito ao consumidor norte-americano em
junho e os estoques semanais de petróleo bruto e derivados. Também nesta
terça-feira o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, fala sobre educação,
economia e finanças em evento em Washington.
Já na Europa, a Itália informou que seu Produto Interno Bruto (PIB) encolheu
0,7% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre do ano, segundo
dados preliminares. Embora em linha com a previsão do mercado, o resultado marca
a contração da economia italiana por quatro trimestres consecutivos. Em relação
ao mesmo período do ano passado, o PIB da Itália caiu 2,5%, o pior desempenho
neste tipo de comparação desde o quarto trimestre de 2009.
Além do efeito do exterior, a melhora da Bolsa é marcada pela mudança na
estratégia dos investidores estrangeiros em índice Bovespa futuro acompanhada de
ingresso de recursos externos no mercado à vista. Segundo dados atualizados até
ontem pela BM&F Bovespa, os “gringos” ampliaram a posição “comprada” (aposta
na alta) em Ibovespa futuro em cerca de 10 mil contratos, um dia após terem
deixado de apostar na baixa (“vendido”).
“Os estrangeiros zeraram a posição “vendida” e partiram para a “comprada” e o
mercado melhorou exatamente por isso”, avalia um operador de renda variável,
acrescentando que o movimento do índice futuro “puxa” o do índice à vista.
No noticiário corporativo, as ações da Petrobrás, que se recuperaram da queda
de quase 6% na abertura de ontem e fecharam com ganho de 0,15% nas ON e recuo de
apenas 0,10% nas PN, seguem no foco dos investidores. A presidente da empresa,
Graça Foster, participa nesta terça-feira de encontro na Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao lado do secretário executivo do
Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann.
Os investidores também devem repercutir os resultados financeiros divulgados
entre a noite de segunda-feira e a manhã desta terça-feira, entre eles de CPFL e
Itaúsa. BM&FBovespa revela seus números depois do fechamento do mercado.
Com informações de Economia & Negócios
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