quarta-feira, 5 de setembro de 2018

ECONOMIA: Em clima de cautela, dólar fecha com leve queda de 0,26%, a R$ 4,14

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Investidores temem piora no cenário externo e incerteza com eleições; Bolsa sobe 0,51%

Cédulas de dólar, a moeda oficial dos Estados Unidos - Haruyoshi Yamaguchi/Bloomberg News

SÃO PAULO — O mercado de câmbio global deu um alívio e fez o dólar comercial perder força nesta quarta-feira. A moeda americana recuou 0,26% ante o real, cotado a R$ 4,144 - na máxima, ficou em torno de R$ 4,17. Já o Ibovespa, principal índice de ações do mecado local, subiu 0,51%, aos 75.092 pontos. Apesar dessa leve recuperação, segue no radar dos investidores a continuidade das tensões comerciais e a expectativa em relação à divulgação das pesquisas de intenção de voto.
- Hoje o cenário foi de recuperação, após as perdas de ontem. Mas não temos um ímpeto grande. A cautela deve prevalecer tanto pelo ambiente externo como pelo cenário interno - avaliou Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos.
Do ponto de vista externo, há a preocupação de novas medidas protecionistas dos Estados Unidos contra a China. Já as eleições são o fator de incerteza local.
Ricardo Gomes da Silva Filho, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio, concorda que o o cenário externo é de aversão ao risco, o que faz com que a cautela prevaleça. Além disso, a cotação apresenta uma certa resistência a partir dos R$ 4,18. A partir desse patamar, a tendência é que os investidores comecem a se desfazer da moeda. 
- Nesses níveis os grandes players vêm se desfazendo de suas posições compradas, definindo uma forte resistência à alta da moeda - disse, acrescentando que o adiamento da divulgação de pesquisas eleitorais também contribuem para esse quadro.
No mercado acionário local, as ações mais negociadas conseguiram se recuperar parcialmente das perdas dos últimos pregões. Os bancos, de maior peso no índice, fecharam em alta. Os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) do Itaú Unibanco e do Bradesco registraram valorização de, respectivamente, 0,58% e 0,62%.
No caso da Petrobras, os papéis preferenciais ficaram estáveis e os ordinárias (ONs, com direito a voto) tiveram alta de 0,98%. A maior alta entre os papéis do índice é registrada pela Suzano, com valorização de 7,40%. Na outra ponta, os papéis da Smiles recuaram 7,57%, refletindo o anúncio de fim de acordo entre a Latam e a concorrente, a Multiplus.
Os analistas da Rico Investimentos também reforçaram que o ambiente político e o externo contribuem para a cautela por parte dos agentes do mercado financeiro. "O Ibope não liberou a pesquisa sobre intenção de voto para a eleição presidencial e divulgou em nota que busca aval do TSE para publicá -la. Diante disso o clima de cautela continua. Sem uma agenda de indicadores relevante, devemos ficar atentos a um possível anúncio sobre a decisão comercial entre EUA e Canadá a respeito das negociações do Nafta", avaliaram.

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