sexta-feira, 4 de março de 2016

CASO PETROBRAS: Lula critica Justiça e mídia e diz merecer respeito como ex-presidente

ESTADAO.COM.BR
ALEXANDRA MARTINS, PEDRO VENCESLAU E RICARDO GALHARDO - O ESTADO DE S. PAULO

Após ser levado para depoimento pela PF, petista ataca 'prepotência' de investigadores e afirma que operação serve para PT 'levantar a cabeça'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 4, que a condução coercitiva à qual foi submetido nesta manhã pela Polícia Federal foi "o que precisava acontecer para o PT levantar a cabeça", embora tenha dito estar "magoado e ofendido" com a medida, que considerou fruto de "prepotência" dos investigadores da Operação Lava Jato. O petista também fez uma série de críticas à imprensa e a veículos de comunicação e disse merecer "respeito" como ex-presidente. Lula acrescentou que, com a condução coercitiva da Operação Aletheia, tentaram "matar a jararaca, mas não acertaram na cabeça, acertaram no rabo".
"Eu fiquei magoado, ofendido, me senti ultrajado, mas isso era o que precisava acontecer para o PT levantar a cabeça. Todo santo dia alguém faz o partido sangrar. A partir da semana que vem, quem quiser discurso do Lula, é só pagar a passagem de avião. Não sei se serei candidato em 2018, mas essas coisas aumentam a tesão da gente. Tentaram matar a jararaca, mas não acertaram na cabeça, acertaram no rabo. A jararaca está viva", disse Lula em entrevista coletiva concedida na sede PT, em São Paulo.
No discurso, transmitido por sites aliados do PT, o ex-presidente criticou a imprensa pelo que considera um “espetáculo midiático” e disse que “hoje quem condena as pessoas são as manchetes”. “A minha indignação é pelo fato de 6 horas da manhã terem chegado na minha casa, vários delegados, aliás, muito gentis, não sei se são sempre assim, mas muito gentis, pedindo desculpas, que estavam cumprindo uma decisão judicial e a decisão era do juiz Moro”, declarou Lula, rodeado de parlamentares, dirigentes e militantes do PT e de movimentos sociais. O ex-presidente também pediu desculpas à mulher, Marisa Letícia, que não foi alvo de mandado de condução coercitiva, à família e aos amigos e assessores que foram envolvidos na operação desta sexta. "Virou uma coisa perigosa hoje ser amigo do Lula", ironizou.
O petista citou o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato na primeira instância e autorizou a condução coercitiva de Lula. "O Moro não precisava ter mandado uma coerção na minha casa de manhã, na casa do Delcídio, do Paulo Okamoto, não precisava. Era só ter convidado. Eu iria em Curitiba, iria a Brasília, era só ter chamado."ação e disse merecer "respeito" como ex-presidente. Lula acrescentou que, com a condução coercitiva da Operação Aletheia, tentaram "matar a jararaca, mas não acertaram na cabeça, acertaram no rabo".

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