quarta-feira, 27 de março de 2013

ECONOMIA: Dilma descarta subir juro para conter inflação

De OGLOBO.COM.BR
TATIANA FARAH* (FACEBOOK·TWITTER)

Presidente defende maior participação de emergentes no FMI
Os chefes de Estado do Brics reunidos no encontro de cúpula do bloco, na África do Sul ROGAN WARD/REUTERS
DURBAN - A um dia da divulgação do relatório de inflação pelo Banco Central, a presidente Dilma Rousseff sinalizou nesta quarta-feira ser contra medidas de redução do crescimento como forma de diminuir a pressão inflacionária. Alguns economistas têm defendido o aumento da Taxa básica de juros (Selic).
Em reunião da cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, bloco dos países emergentes), Dilma criticou "as mesmas vozes de sempre" que relacionam políticas de combate à inflação com uma redução no ritmo de crescimento econômico.
— Eu acredito no seguinte: esse receituário que quer matar o doente em vez de curar o doença, ele é complicado. Eu vou acabar com o crescimento do país — indagou — Isso daí está datado. É uma política superada — acrescentou.
Considerada como um aviso ao mercado, a entrevista da presidente foi acompanhada pelos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
— Nós não achamos que a inflação está fora do controle. Pelo contrário. O que há são flutuações e alterações conjunturais. Mas estaremos sempre atentos— disse.
Dilma disse ainda que 2013 é fundamental para fazer reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI) e ampliar a presença dos países emergentes.
Durante o discurso, ela citou que pela primeira vez, em 2012, os países em desenvolvimento atraíram mais investimentos externos diretos do que os países desenvolvidos. Segundo ela, somente os Brics receberam US$ 263 bilhões em investimentos, o equivalente a 20% dos investimentos externos diretos. O Brasil ficou na quarta posição, recebeu em torno de US$ 65 bilhões.
—Resistimos à crise global, que afeta os mercados dos países desenvolvidos, com políticas que reforçam nossa capacidade e nossa estabilidade econômica, nossa capacidade de crescimento.

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