De O Globo
Com agências internacionais
SANA - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, voltou nesta sexta-feira ao país após três meses na Arábia Saudita, onde estava se recuperando de uma tentativa de assassinato, e foi recebido ao som de disparos e explosões em toda a capital. Diante da escalada da violência no país, onde dezenas de pessoas morreram na última semana, Saleh pediu o cessar-fogo. Sua volta surpresa, no entanto, eleva ainda mais o risco de uma guerra civil.
- Definitivamente vamos ter uma escalada da violência, mas desejamos que ele volte e seja julgado por seus crimes - disse Mohammed al-Asl, organizador dos protestos antigovernistas.
Poucas horas após voltar sem aviso ao Iêmen, Saleh pediu o cessar-fogo entre tropas antigovernistas e o Exército. Em nota divulgada pelo Ministério da Defesa, o presidente iemenita disse que "a solução não está em rifles e pistolas, mas sim no diálogo e no fim da matança". O comunicado, no entanto, não faz nenhuma menção à uma possível renúncia de Saleh, há mais de 30 anos no poder do Iêmen. Para a oposição, o retorno do presidente vai aprofundar ainda mais a violência no país.
- Sua volta (a de Saleh) significa mais divisões e mais confrontos. Estamos em meio a uma escalada (da violência) muito crítica - afirmou o ativista Abdel-Hadi al-Azazi.
Durante os últimos oito meses de protestos antigovernistas e repressão violenta, o governo tentou negociar algumas vezes o cessar-fogo, mas nenhuma das tréguas chegam a surtir efeito. O Iêmen vive um momento delicado de instabilidade e o aumento de atividades terroristas no sul do país. EUA e a Arábia Saudita tentam mediar um acordo de transição, mas o presidente Saleh resiste a deixar o poder.
O anúncio de seu retorno foi feito pela televisão estatal, que informou: "Ali Abdullah Saleh, Presidente da República, voltou esta manhã à nação são e salvo depois de ter sido tratado em Riad durante mais de três meses".
Nos minutos seguintes ao anúncio, intensos sons de disparos e explosões puderam ser ouvidos na capital. Também havia fogos de artifício.A expectativa é de que os manifestantes lotem as ruas de Sana durante as orações de sexta-feira, exigindo o fim do regime.
O número de mortos durante os últimos cinco dias de violência aumentou para mais de cem. Desde o início da revolta contra o regime de Saleh, em janeiro, mais de 450 pessoas já morreram.
SANA - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, voltou nesta sexta-feira ao país após três meses na Arábia Saudita, onde estava se recuperando de uma tentativa de assassinato, e foi recebido ao som de disparos e explosões em toda a capital. Diante da escalada da violência no país, onde dezenas de pessoas morreram na última semana, Saleh pediu o cessar-fogo. Sua volta surpresa, no entanto, eleva ainda mais o risco de uma guerra civil.
- Definitivamente vamos ter uma escalada da violência, mas desejamos que ele volte e seja julgado por seus crimes - disse Mohammed al-Asl, organizador dos protestos antigovernistas.
Poucas horas após voltar sem aviso ao Iêmen, Saleh pediu o cessar-fogo entre tropas antigovernistas e o Exército. Em nota divulgada pelo Ministério da Defesa, o presidente iemenita disse que "a solução não está em rifles e pistolas, mas sim no diálogo e no fim da matança". O comunicado, no entanto, não faz nenhuma menção à uma possível renúncia de Saleh, há mais de 30 anos no poder do Iêmen. Para a oposição, o retorno do presidente vai aprofundar ainda mais a violência no país.
- Sua volta (a de Saleh) significa mais divisões e mais confrontos. Estamos em meio a uma escalada (da violência) muito crítica - afirmou o ativista Abdel-Hadi al-Azazi.
Durante os últimos oito meses de protestos antigovernistas e repressão violenta, o governo tentou negociar algumas vezes o cessar-fogo, mas nenhuma das tréguas chegam a surtir efeito. O Iêmen vive um momento delicado de instabilidade e o aumento de atividades terroristas no sul do país. EUA e a Arábia Saudita tentam mediar um acordo de transição, mas o presidente Saleh resiste a deixar o poder.
O anúncio de seu retorno foi feito pela televisão estatal, que informou: "Ali Abdullah Saleh, Presidente da República, voltou esta manhã à nação são e salvo depois de ter sido tratado em Riad durante mais de três meses".
Nos minutos seguintes ao anúncio, intensos sons de disparos e explosões puderam ser ouvidos na capital. Também havia fogos de artifício.A expectativa é de que os manifestantes lotem as ruas de Sana durante as orações de sexta-feira, exigindo o fim do regime.
O número de mortos durante os últimos cinco dias de violência aumentou para mais de cem. Desde o início da revolta contra o regime de Saleh, em janeiro, mais de 450 pessoas já morreram.
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