sexta-feira, 14 de junho de 2019

POLÍTICA: 'O governo virou uma usina de crises permanente que não atingirá a Câmara dos Deputados', diz Maia

OGLOBO.COM.BR
Gustavo Schmitt

Presidente da Câmara insiste que apesar das crises geradas pelo governo, Congresso vai aprovar a reforma da Previdência

Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Samuel Moreira (PSDB-SP) durante entrevista sobre relatório da reforma da Previcência Foto: Jorge William / Agência O Globo

SAO PAULO — O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o governoJair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes , de criar crises desnecessárias e voltou a defender que, apesar do Palácio do Planalto, o Congresso aprovará a reforma da Previdência .
— O governo virou uma usina de crise permanentes que não atingirá a Câmara dos Deputados — disse Maia em entrevista concedida nesta tarde na capital paulista.
Segundo o presidente da Câmara, o chefe da equipe econômica de Bolsonaro tem uma visão distrocida do que é diálogo e democracia.
— A aprovação da reforma no primeiro semestre está mantida. Estamos blindados de crises, não chega ao Parlamento — afirmou o deputado.
Mais cedo, no Rio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez duras críticas ao parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator dareforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara. Guedes afirmou que as mudanças feita pelo relator, a partir das sugestões apresentadas pelos deputados, obrigarão o país a fazer uma nova reforma da Previdência dentro de quatro a cinco anos.
Maia lamentou que Paulo Guedes, de quem é aliado desde o período eleitoral e com o qual vem negociando várias medidas, tenha deixado de lado o espírito conciliador após ter sua proposta de reforma modificada pela Câmara.
— Pela primeira vez o bombeiro é a Câmara. O ministro da Economia é sempre o que gera mais tranquilidade, dessa vez não — afirmou Maia que destacou que esperar aprovar um texto que gere uma economia de até R$ 900 bilhões em dez anos.
Incisivo, o presidente da Câmara afirmou que os deputados estão comprometidos com a reforma da Previdência e trabalhou para concluir com celeridade uma proposta, que foi negociada e pactuada:
— A democracia não é o que um quer.
Estados e municípios
O presidente da Câmara disse ainda que é preciso ser otimista em relação à possibilidade de voltar a incluir servidores públicos estaduais e municipais dentro das novas regras de concessão de aposentadorias que estão sendo discutidas na Câmara.
— Queremos reintroduzir estados e municípios. É importante que eles venham com seu apoio e com seus votos.
Em café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a retirada de pontos do texto original da reforma da Previdência, como a questão dos servidores de estados e municípios. Segundo ele, parlamentares perceberam que alguns governadores queriam a aprovação da proposta sem assumir eventuais desgastes e, por isso, foi natural que de dentro do Congresso tenha vindo "uma onda" para desvincular a reforma de servidores estaduais e municipais.
— Se a gente forçar a barra, a gente pode não aprovar nada — comentou o presidente.

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