quinta-feira, 23 de agosto de 2018

ECONOMIA: Dólar acima de R$ 4,10: saiba como isso afeta seu bolso e como se proteger

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Pãozinho francês e gasolina podem aumentar caso moeda americana continue com tendência de valorização

Com cenário eleitoral e tensão entre China e EUA, dólar comercial rompeu a barreira dos R$ 4,10 - Roberto Moreyra / Agência O Globo

RIO — Com a divulgação dos resultados de pesquisas de intenção de voto nas quais candidatos considerados reformistas não têm ido bem, e, com a retomada dos embates comerciais entre China e Estados Unidos, o dólar comercial fechou a R$ 4,12 no pregão desta quinta-feira. Com a escalada da moeda americana, produtos essenciais como o pão francês, carnes e a gasolina podem ter aumento em seus preços. Em meio a este cenário, aqueles que vão viajar também são afetados, uma vez que o dólar turismo, no cartão pré-pago, chega a ser negociado na faixa dos R$ 4,55 nas corretoras de câmbio do Rio.
Confira quais são os produtos que podem ser mais influenciados pela alta no câmbio e como tentar se proteger em meio à volatilidade no mercado brasileiro.

Pãozinho e gasolina
Alta do dólar impacta no preço do trigo e faz valor de pães e biscoitos subirem - Urbano Erbiste / Agência O Globo

A alta do dólar afeta a vida do consumidor diretamente porque puxa para cima a inflação, ou seja, a moeda americana mais cara pode resultar em preços mais salgados aqui no Brasil. E a conta é simples: muitas matérias-primas essenciais para o cotidiano do país são importadas, como é o caso do trigo, gás e gasolina. Consequentemente isso provoca aumento do tradicional pãozinho francês, dos biscoitos, das massas em geral e da gasolina, por exemplo, que ainda traz no rastro o aumento do preço de passagens aéreas, do transporte público e dos fretes.

Carnes
Recente alta do dólar e tabelamento do frete podem elevar preço de aves e suínos - Michel Filho / Agência O Globo

De acordo com a estimativa é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a alta do dólar, associada ao tabelamento do frete, pode fazer com que o preço finais das proteínas de frango e porco tenham aumento de até 15%. Isso ocorre porque os produtos utilizados para alimentar os animais nas indústrias costuma vir do exterior e, com o câmbio valorizado, fica mais caro comprá-los.
Segundo dados da ABPA, o preço do milho subiu, em média, 53% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o preço do farelo de soja teve reajuste de 43% no mesmo período. O câmbio e a redução da oferta de grãos nesta safra impactaram os preços, que devem ser repassados ao consumidor.

Eletrônicos e remédios
Alta do dólar também influencia no preço de medicamentos - Pixabay

Além dos alimentos, componentes de eletrônicos e eletrodomésticos, como geladeiras e televisores, também ficam mais caros e sentem o impacto da alta do dólar porque muitos usam matérias-primas importadas. Remédios feitos com insumos importados também podem ter alteração nos preços caso a moeda americana se mantenha alta por um período de tempo muito grande.

Viagens
Quem tem viagem marcada para o exterior deve estar atento à cotação do dólar - Pixabay

Com o dólar comercial tendo rompido a barreira dos R$ 4,10, o dólar turismo passou a ser negociado na faixa dos R$ 4,30 no papel-moeda e por volta de R$ 4,50 no cartão pré-pago. De acordo com especialistas, quem tem viagem marcada ou quer se preparar com antecedência, deve ficar sempre de olho na cotação. A dica dos planejadores financeiros é comprar pequenas quantidades da moeda em um longo espaço de tempo. Desta forma, o viajante vai conseguir fazer um preço médio e evitar que perca muito dinheiro caso deixe para comprar tudo nas vésperas da viagem ao exterior.

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