segunda-feira, 13 de agosto de 2018

ECONOMIA: Ainda sob influência da Turquia, dólar supera R$ 3,90 nesta segunda

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Na máxima da manhã, moeda americana chegou a bater R$ 3,91

O dólar comercial abriu a semana com valorização ante o real, cotado a R$ 3,90 - Arquivo

RIO E SÃO PAULO - A crise financeira na Turquia volta a contaminar os mercados financeiros, pressionando as moedas de países emergentes. No Brasil, o dólar comercial avança 0,67% ante o real, negociado a R$ 3,89 - mas no início dos negócios encostou nos R$ 3,91. O Ibovespa, principal índice de ações doméstico, recua 0,6%, aos 76.058 pontos.
A Turquia tem uma série de vulnerabilidades econômicas, como altos níveis de dívida em moeda estrangeira, déficit em conta corrente e aumento dos custos de empréstimos. Para tentar conter o quadro de desvalorização da moeda, o Banco Central da Turquia (TCMB) anunciou que vai injetar US$ 6 bilhões no sistema financeiro do país para garantir a liquidez dos bancos e conter a queda da moeda do país frente ao dólar. Segundo o índice da Bloomberg, a moeda tem queda de 6,37% nesta manhã, a maior entre as divisas compiladas pela agência.
"A moeda turca recuou até um patamar recorde no domingo à noite, depois de desabar na semana passada. A lira turca agora já acumula queda de mais de 40% neste ano, enquanto os rendimentos dos títulos subiram vertiginosamente, empurrando a Turquia à beira de uma crise financeira", explicou Roberto Indech, analista da Rico Corretora.
A injeção de recursos serve para garantir a liquidez ao mercado, mas a autoridade monetária turca não possui reservas internacionais elevadas. Embora tenha suavizado as perdas, a lira continua liderando a desvalorização em relação ao dólar. Entretanto, a medida ainda não foi suficiente para contornar a crise cambial no país.
Mercados contaminados
A crise entre Washington e Ancara, inicialmente sobre discordância política sobre o destino de um pastor americano, acusado por terrorismo e espionagem, rapidamente se espalhou para o campo econômico. Sanções americanas como a duplicação de tarifas sobre o alumínio e o aço da Turquia sucederam declarações diplomáticas ameaçadoras, fazendo com que os mercados globais ficassem nervosos.
Nesta manhã, o rand sul-africano operava com desvalorização de 1,26%, e o rublo perdia 0,11% em relação ao dólar.
Na Bolsa brasileira, a BRF lidera as perdas entre os papéis do índice, com recuo de 3,67%. Já as ações da Sabesp caem 2,40%.

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