segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ECONOMIA: Mercado prevê menor crescimento da economia e mais inflação em 2012

Do UOL, em São Paulo

O mercado voltou a reduzir, pela quinta semana seguida, as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e no próximo, mantendo a perspectiva de que a taxa básica de juros, a Selic, permanecerá em 7,25% até o final de 2013, mostrou pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (17).
Os analistas consultados estimam agora que 2012 terminará com expansão de 1%, ante 1,03% na semana anterior.
Para 2013 a expectativa é de crescimento de 3,4%, contra 3,5% anteriormente.
Inflação
Os analistas consultados no Focus voltaram a elevar sua projeção para a inflação neste ano. Para 2012, a expectativa agora é de alta no IPCA de 5,6%, ante avanço de 5,58% na pesquisa anterior. 
A projeção para 2013 também subiu, de 5,4% para 5,42%. Em ambos os casos, as expectativas estão acima do centro da meta de inflação do governo, de 4,5% pelo IPCA. 
Em novembro, a inflação subiu para 0,6%, após alta de 0,59% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior variação desde abril passado, quando subiu 0,64%.
Prévia do PIB
Na sexta-feira, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) indicou que a economia brasileira iniciou o quarto trimestre acelerando o ritmo ao subir 0,36% em outubro. Entretanto, isso não foi suficiente para sustentar a perspectiva de que a recuperação é permanente.
De qualquer forma, a aceleração em outubro reforça ainda mais a percepção de que a taxa básica de juros não será alterada tão cedo, o que se reflete na expectativa dos analistas consultados no Focus de que a Selic encerrará 2013 nos atuais 7,25%.
PIB do terceiro trimestre
No terceiro trimestre, a economia cresceu apenas 0,6%, metade da taxa esperada por analistas, o que levou a revisões para baixo nas projeções de crescimento em 2012 e 2013. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) agora espera contração de 0,6% do PIB industrial este ano, ante estimativa anterior de estabilidade.
Além das reduções de impostos, o governo também cortou a taxa básica de juros dez vezes consecutivas para a mínima recorde de 7,25% e interveio no mercado de câmbio para desvalorizar o real em relação ao dólar e estimular exportações.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, reiterou que a melhor estratégia é manter "as condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado" para fazer a inflação convergir para o centro da meta. A aceleração da inflação, juntamente com a declaração de Tombini sobre os juros, pode ter jogado água fria nas apostas de novos cortes da Selic no ano que vem que começaram a despontar no mercado devido à fraqueza do crescimento da economia. 
A pesquisa Focus mostrou também que o mercado manteve a previsão para o dólar, com expectativa de que a moeda norte-americana encerrará este ano a US$ 2,08. 
(Com informações da Reuters)

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