sexta-feira, 16 de março de 2012

ECONOMIA: Dólar cai após governo eliminar IOF em hedge de exportação

De OGLOBO.COM.BR

Bolsa abre em alta seguindo mercados europeus e chega aos 68 mil pontos
SÃO PAULO - O dólar comercial abriu o pregão desta sexta-feira em queda e às 10h04m moeda americana se desvalorizava 0,27% cotada a R$ 1,7990 na venda e R$ 1,7970 na compra. O mercado repercute o anúncio de uma nova medida do governo que desonera operações de hedge feitas por exportadores. A moeda negociada no mercado futuro, com vencimento para abril, caía 0,08%, a R$ 1.806,000. No mercado de renda variável, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), iniciou a sessão desta sexta-feira em alta e às 10h04m operava com alta de 0,42% aos 68.032 pontos.
Segundo o decreto 7.699 publicado no Diário Oficial, o governo reduziu a zero a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre contratos derivativos de hedge de exportação. Segundo o texto, estão incluídas na desoneração "operações com contratos de derivativos para cobertura de riscos, inerentes à oscilação de preço da moeda estrangeira, decorrentes de contratos de exportação firmados por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no país”. O IOF sobre essas operações era de 1% desde 15 de setembro do ano passado.
Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo faria ajustes nas medidas cambiais adotadas para conter a valorização do real frente ao dólar, causada pelo forte fluxo de recursos ao país, e que provocam prejuízos aos exportadores brasileiros. Uma das dificuldades enfrentadas pelos exportadores com as novas medidas cambiais, entre elas a elevação do IOF para operações de empréstimos externos de 5 anos, foi o encarecimento do "hedge", um instrumento financeiro do mercado futuro que protege contra perdas decorrentes de variação cambial.
Na Europa, as principais Bolsas operam em alta nesta sexta. O índice Dax, de Frankfurt, sobre 0,45%; o Cac, de Paris, tem valorização mde 0,30% e o índice FTSE, de Londres, sobe 0,48%. Já o índice Ibex, da Bolsa de Madri, operam quase em estabilidade com leve queda de 0,03%.
Os investidores repercutem informações de que o fundo de socorro da zona do euro podem ter seu arsenal aumentado de 500 bilhões de euros para 700 bilhões de euros para diminuir as preocupações do mercado.
- Além disso, na Europa, alguns dos países envolvidos com a crise fiscal já demonstram sinais de reversão dos recentes problemas e atuam fortemente na contenção de gastos e encontro de metas fiscais. O exemplo mais notável é o da Irlanda, que longe de se parecer com a Grécia, recebeu US$ 113 bilhões emprestados pela Troika, e implementou medidas de austeridade que incrementaram a confiança no país. Isso fica claro com a elevação de quase 20% no Investimento Externo Direto (IED) e na queda do rendimento dos títulos de 10 anos do país - avalia Jason Vieira, estrategista internacional da corretora Cruzeiro do Sul.
Nos Estados Unidos, o Bureau of Labor Statistics (BLS) divulgou nesta sexta a inflação ao varejo nos EUA, o chamado CPI (Consumer Prices Index). O indicador teve alta de 0,4% no índice cheio e 0,1% no núcleo, em linha com as projeções do mercado.
Na Ásia, os mercados fecharam sem tendência definida. Dados mais positivos da economia americana puxaram algumas Bolsas. Em outras, houve realização de lucros. Em Tóquio, o índice Nikkei, subiu 0,1%, e terminou aos 10.129,83 pontos. Foi o quarto pregão seguido de alta. Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 0,2%, e encerrou aos 21.317,85 pontos. Já as Bolsas da China fecharam em alta. O índice Xangai Composto subiu 1,3% e terminou aos 2.404,74 pontos. Já o índice Shenzhen Composto ganhou 2,3% e encerrou aos 982,85 pontos.

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