Do UOL Economia, em São Paulo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, subiu 0,53% em setembro, após alta de 0,37% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7). Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 7,31%, a maior taxa desde junho de 2005, e fica acima do teto da meta do governo (que é de 6,5% para o ano).
No acumulado do ano, o IPCA segue com alta de 4,97%, bem acima da taxa de 3,60% relativa a igual período de 2010.
Preço de passagens aéreas sobe mais de 20%
O preço das passagens aéreas exerceram o principal impacto na alta do IPCA. Influenciados pela alta dos combustíveis, os preços das passagens subiram, em média, 23,40% em relação à média dos valores de agosto.
O preço do litro do etanol subiu 3% em setembro, e o da gasolina ficou 0,50% mais caro.
Inflação preocupa governo
O combate à inflação se tornou um dos principais objetivos do governo. Para este ano, o centro da meta de inflação perseguido pelo Banco Central é de 4,5%.
A meta pode ter variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%. O índice de 4,5% é chamado de centro, pois está bem no meio dos extremos.
A última vez em que a meta foi estourada foi em 2002, quando a inflação foi de 12,53% e o teto era de 5,5%. Em 2003 e 2004 a meta teve de ser ajustada para cima para evitar novos rompimentos.
No ano passado, a inflação foi de 5,91%, a maior registrada no país desde 2004.
Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu baixar a taxa básica de juros (a Selic) em 0,5 ponto percentual, para 12% ao ano.
Nos dias 18 e 19 deste mês, o Copom tem nova reunião para decidir sobre a Selic. O mercado, de modo geral, acredita que haverá mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa, repetindo o movimento de agosto.
Índices
O IPCA refere-se às famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), além do município de Goiânia e do Distrito Federal.
(Com informações da Reuters)
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