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Entre os dez agentes que ainda eram mantidos reféns, alguns saíram machucados da Penitenciária Industrial de Guarapuava
SÃO PAULO — Após 48 horas de tensão, chega ao fim nesta quarta-feira a rebelição de presos na Penitenciária Industrial de Guarapuava, no interior do Paraná. Os dez agentes que eram matidos reféns pelos amotinados foram libertados, alguns machucados foram submetidos à tortura, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná. Segundo o Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen), órgão ligado à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), o acordo fechado entre o Estado e os amotinados prevê a transferência de 28 presos para outras unidades paranaenses e, também, para presídios no estado de Santa Catarina. A rebelião começou às 11h30m da última segunda-feira.
O presídio tem 240 detentos, dez deles haviam sido transferidos para a unidade depois de participarem de uma violenta rebelião no presídio de Cascavel, que deixou cinco detentos mortos, dois deles decapitados. Nesta terça-feira, um dos agentes penitenciários foi amarrado a um para-raios e os presos ameaçaram atear fogo. Um detento foi pendurado pelos pés, de cabeça para baixo, e os rebelados ameaçaram jogá-lo do telhado. Mantidos a maior parte do tempo no telhado da unidade, seminus, os reféns foram vítimas de agressões constantes. Dois agentes penitenciários ficaram feridos e foram libertados.
Inaugurada há 15 anos, a Penitenciária Industrial de Guarapuava é considerada modelo. Nela, os presos podem estudar e trabalhar. Esta é a primeira rebelião ocorrida nesta unidade. O estado do Paraná registrou 21 rebeliões em presídios nos últimos 10 meses.
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