Do JB.COM.BR
Categoria segue para ato na Prefeitura, na Cidade Nova
Os professores da rede municipal do Rio decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (9), pela manutenção da greve, que já dura mais de dois meses. Cerca de cinco mil profissionais se reuniram no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte. A categoria segue para uma passeata até a prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Ainda nesta quarta (9), os profissionais da rede estadual vão realizar um ato público em frente a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã, também na zona norte da cidade, a partir das 15h.
Os professores rejeitam o plano de cargos e salários aprovado no dia primeiro de outubro e que equipara a remuneração dos professores com a mesma formação, além de não oferecer benefícios para os profissionais que têm cursos de especialização. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou nesta terça (8) que vai manter a decisão de cortar o ponto do professor que continuar em greve, de forma retroativa desde o dia 3 de setembro.
Para o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe) a reunião realizada nesta terça (8) pelo prefeito Eduardo Paes com os conselhos de professores, pais de alunos e a secretária de Educação, Cláudia Costin, representou mais "uma tentativa de desmoralizar as revindicações da classe e os professores não estavam esperando nada desse encontro". A coordenadora do Sepe, Marta Moraes, afirmou que o sindicato não foi convidado para a reunião e desde que o plano de carreira foi aprovado, os professores tentaram diálogo com a prefeitura, sem sucesso. Segundo o Sepe, cerca de 60% da categoria aderiu a greve. Paes declarou durante a reunião com os conselhos que está buscando novos canais para negociar o fim da paralisação e desistiu de dialogar com o Sepe.
Negativa da Justiça
O Tribunal de Justiça do Rio negou a ação movida pelos professores contra a liminar que determinava o retorno imediato da categoria às atividades. O Sepe pode pagar multa de R$ 200 mil por dia, se desobedecer a determinação judicial. Segundo a coordenação do Sepe, será realizada ainda uma audiência de conciliação entre prefeitura e sindicato para definir essa questão e o sindicato entrará com novo recurso. A data da audiência ainda não foi divulgada.
Protesto no Centro
Na tarde de segunda-feira (7), professores colocaram cerca de 50 mil pessoas no Centro do Rio, em uma manifestação pacífica por melhorias salariais e melhores condições de trabalho. No fim da passeata, integrantes do grupo black bloc se infiltraram e o protesto acabou em depredações.
Aprovação polêmica
A aprovação do plano de cargos e salários dos professores aconteceu na tumultuada tarde do dia 1º de outubro. Do lado de fora da Câmara de Vereadores, professores protestavam contra o plano, enquanto que, do lado de dentro, vereadores aliados do prefeito o colocavam em votação. Policiais militares entraram em ação para coibir a manifestação, e houve confronto, com professores denunciando ação truculenta e violenta dos PMs.
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