Do ESTADAO.COM.BR
Em discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, presidente cobra ações internacionais para combate a monitoramento e sugere marco civil multilateral para garantir respeito a direitos civis na internet
Como era esperado, a presidente Dilma Rousseff usou parte de seu discurso de abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na manhã desta terça-feira, 24, para fazer duras críticas às denúncias de espionagem dos Estados Unidos. Dilma cobrou ações da comunidade internacional para coibir essas práticas. "Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações", afirmou.
Mike Segar/Reuters
Dima discursa na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York
Após a revelação de documentos que indicavam o monitoramento de conversas entre Dilma e seus assessores, além de dados da Petrobrás e de cidadãos brasileiros, a presidente cancelou a visita oficial que faria aos Estados Unidos, em outubro. Em seu discurso nesta manhã, Dilma definiu a prática como uma afronta aos direitos civis e à soberania brasileira. "Jamais pode uma soberania firmar-se em detrimento de outra soberania", disse na abertura do discurso.
Em sua fala, a presidente disse que o governo brasileiro exigiu explicações dos Estados Unidos, além de desculpas e garantias de que essas práticas não irão mais ocorrer. Essas ações, disse ela, são inadmissíveis. Dilma frisou que o Brasil vai redobrar os esforços para dotar-se de legislação, tecnologia e outros mecanismos que protejam o País da interceptação ilegal da comunicação de dados.
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