Da FOLHA.COMMÁRCIO FALCÃO
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Em conversa com o comando da CPI do Cachoeira, o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, recusou o convite para falar sobre o inquérito que
investiga o senador Demóstenes Torres (sem partido- GO) e as relações do
empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, com políticos e agentes privados.
Segundo o presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), Gurgel alegou
ter impedimentos técnicos para comparecer e informou que as investigações não
estão concluídas.
No entendimento do Ministério Público Federal, Gurgel não poderia participar
da CPI como testemunha, uma vez que terá que oferecer a denúncia ao STF (Supremo
Tribunal Federal) sobre o inquérito que investiga o caso.
Vital afirmou que a recusa não descarta totalmente a presença de Gurgel na
comissão que pode ser convocado, o que torna o comparecimento obrigatório e
ouvido em sessão secreta. A CPI já recebeu requerimentos convocando Gurgel a
falar sobre as apurações.
"Essa decisão não afasta a possibilidade de convocação. Eu expliquei ao
procurador que a minha visita foi institucional, mas tem uma solicitação de
convocação."
E completou: "a CPI entende que qualquer cidadão tem o dever de depor",
disse.
Gurgel, porém, teria se comprometido a manter um canal de diálogo com a CPI.
Além de ouvir Gurgel, o comando da CPI quer ouvir delegados envolvidos nas
operações Monte Carlo e Las Vegas que investigam as relações Cachoeira, com
políticos e agentes privados.
Eles vão pedir ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) que libere os
delegados. A ideia é que sejam ouvidos em sessão secreta para evitar exposição.
Comentários:
Postar um comentário