Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
É "chover no molhado" dizer que vivemos uma situação de estabilidade. De fato, nada parece incomodar a sociedade brasileira de forma dramática neste momento. Todavia, o que importa mesmo e é pouco comentado é o fato de que as políticas públicas emanadas do governo estão calcadas numa coalizão de partidos que instalam célere e profundamente seus interesses particulares dentro do Estado. A corrupção e o desempenho frágil dos resultados em termos de modernização e reformas são os sinais exteriores deste cenário desalentador. Se houve maior mobilidade da renda nos últimos anos, aspecto inegável, de outro lado não existem transformações estruturais e permanentes, tais como na educação, saúde, infraestrutura, tecnologia, etc. A excepcional popularidade da presidente Dilma, que coleta índices de aprovação absoluta ao redor de 50% da população, deve ser analisada sob a perspectiva de que os interesses estão acomodados e estabilizados, mesmo que não exista progresso evidente. Os conflitos mediados pela política engendram o progresso econômico e social. No Brasil de hoje há estagnação nas reformas e, sem pressões sociais organizadas, o cenário de negociatas políticas se espalha.
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