Do ESTADÃO.COM.BR
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Yolanda Fordelone
O mercado volta os holofotes para a Grécia nesta quinta-feira. O parlamento grego vota hoje mais medidas de austeridade em meio a greves e protestos da população. Em meio a um clima de incertezas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda de 0,13%, a 54.894 pontos.
O Ibovespa futuro chegou começar o dia em alta, às 9 horas, mas bastaram três minutos para inverter a tendência. “A situação da Europa depende de um acerto político, que deve conciliar várias forças e grupos. Não é necessariamente tão racional, olhando somente a economia”, avalia o economista da LLA Investimentos, Sergio Manuel Correia.
Uma dessas forças é o grupo de credores do país que exige cortes de gastos antes de entregar à Grécia uma nova parcela de 8 bilhões de euros, do pacote de 110 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia.
A Bolsa de Londres recua 0,40%, Paris, 0,69%, Madri, 0,65%, e Frankfurt, 0,78%. Na direção contrária, o dólar avançava 0,34%, a R$ 1,78 no horário.
A votação grega se sobressai à agenda de indicadores, que trouxe desaceleração da segunda prévia da inflação do aluguel e do índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em outubro.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir o juro básico (Selic) em 0,5 ponto porcentual respinga no mercado de contratos de juro (DI). “Era consenso de haver uma queda de 0,5 p.p. pelo menos, mas o DI futuro já precificava uma baixa de 0,75 p.p. Hoje o juro sobe um pouco para se ajustar à menor redução”, diz.
Na Ásia, o dia foi de baixa. A Bolsa de Hong Kong, influenciada ainda pelas preocupações sobre a adoção de medidas de aperto monetário na China, perdeu 1,8%. A Bolsa de Tóquio fechou em queda de 1%, com empresas exportadoras, como a Honda, sofrendo com as incertezas do mercado.
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