Do UOL, em Brasília
Fabiana Maranhão
Fabiana Maranhão/UOL
Comitê Pró-Democracia entregou dossiê e flores a deputados da comissão do impeachment
Os deputados governistas que integram a comissão especial do impeachment querem adiar os depoimentos de testemunhas e técnicos, previstos para ocorrer esta semana, para após a apresentação de defesa de Dilma Rousseff. A presidente tem até a próxima segunda-feira (4) para fazer isso.
A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) apresentou no começo da tarde desta terça-feira (29) um requerimento para pedir que ouvidas só sejam feitas a partir da próxima semana.
"Foi assim no processo de [ex-presidente Fernando] Collor [de Mello]", defendeu o deputado Wadih Damous (PT-RJ). Ele lembrou que o STF (Supremo Tribunal Federal) adotou para o processo atual o rito de impedimento aplicado no caso do ex-presidente.
"A estratégia do PT aqui é postergar, é levar com a barriga a decisão do impeachment porque se for para voto, quando for para voto no plenário, vai passar", declarou o deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
Está marcada para amanhã (30) o depoimento na comissão de dois dos três autores do pedido de impeachment: o ex-ministro do governo FHC Miguel Reale Jr. e a advogada Janaina Paschoal --o terceiro é o ex-petista Hélio Bicudo. Eles vão comparecer em nome da parte denunciante.
Deputados federais aliados de Dilma convocaram para serem ouvidos o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o professor doutor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Ricardo Lodi Ribeiro.
Eles devem participar da sessão da comissão na próxima-quinta-feira (31).
"Nem a oitiva de amanhã [dos autores do pedido de impeachment] nem de quinta-feira trarão fatos novos. Serão para esclarecimento", afirmou o relator do caso, Jovair Arantes (PTB-GO).
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