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ONG exorta ONU, OEA e Unasul a tomar medidas e promover diálogo entre oposição e governo
Manifestante antigoverno protesta em Caracas - JUAN BARRETO / AFP
CARACAS — A Anistia Internacional (AI) apresentou nesta terça-feira um relatório no qual denuncia casos de tortura e violações de direitos humanos contra opositores do governo de Nicolás Maduro. A ONG exorta a ONU, OEA e Unasul a tomar medidas sobre o assunto e promover o diálogo entre as partes. As manifestações deixaram um saldo de pelo menos 39 mortos, mais de 550 pessoas feridas em armas de fogo e milhares de detidos.
A ONG tem recebido dezenas de relatos de “tortura e tratamento desumano e degradante cruel” contra adversários por parte de oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariana (Sebin). O relatório traz histórias com depoimentos e fotografias de vítimas.
“Os tratamentos cruéis infligidos a prisioneiros parecem ter a intenção de puni-los por seu envolvimento ou suspeita de envolvimento nos protestos”, diz a Anistia.
A organização também recebeu denúncias de defensores de direitos humanos, jornalistas e meios de comunicação com linhas editoriais tanto críticas como próximas ao governo que teriam sido perseguidos e atacados.
Os protestos contra a escassez de produtos básicos, a insegurança e a censura do governo começaram há cerca de dois meses e atingem grande parte do território venezuelano.
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