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Comunidade internacional repercute atentado que matou autoridades na Síria, nesta quarta-feira
WASHINGTON - O ministro da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, disse
nesta quarta-feira, 18, que a situação na Síria parece estar "fora de controle",
ao expressar preocupação com a violência crescente e o aumento da pressão da
comunidade internacional para o presidente sírio, Bashar
al-Assad, renunciar. Comentários são resposta ao ataque de hoje que matou o
ministro da Defesa sírio, Dawoud Rajha e o vice, general Assef Shawkat (que
também é cunhado do presidente Bashar Assad), em Damasco, capital da Síria.
Jim Watson/AFP
Situação na Síria parece estar 'fora de
controle'
"Esta é uma situação que está rapidamente ficando
fora do controle", disse Panetta, acrescentando que a comunidade internacional
precisa pressionar "Assad a fazer o que é certo: renunciar e permitir a
transição pacífica".
O ministro das Relações Exteriores da Grã Bretanha, William Hague, insistiu
que o bombardeio ressaltou a necessidade da aprovação urgente do capítulo 7, que
eventualmente permitiria o uso de força para encerrar o conflito.
"A situação na Síria está claramente se deteriorando. Todos os membros do
Conselho de Segurança da ONU têm a responsabilidade de se esforçar para executar
o plano de Annan para acabar com a violência", disse William Hague.
Em Paris, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Bernard Valero
disse que o "regime sírio não está no controle da situação".
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu uma resolução conjunta da
Organização das Nações Unidas (ONU) que interrompa a violência cada vez maior na
Síria. Seus comentários vêm em resposta ao ataque de hoje que matou o ministro
da Defesa sírio, Dawoud Rajha, e seu vice, general Assef Shawkat (que também é
cunhado do presidente Bashar Assad), em Damasco, capital da Síria.
A Rússia também se pronunciou sobre a violência nesta quarta-feira. O
chanceler russo, Sergei Lavrov, alertou que aprovar sanções no Conselho de
Segurança da ONU contra a Síria pode aumentar o apoio direto aos rebeldes e
lançar o país em uma guerra civil. "Adotar uma resolução diante desse cenário
poderia aumentar o apoio direto ao movimento revolucionário. Se estamos falando
sobre uma revolução, então o Conselho de Segurança da ONU não tem lugar
nisso."
O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que não vai ceder o poder
livremente, segundo Lavrov, alertando as potências ocidentais que o apoio delas
aos rebeldes vai apenas aumentar o banho de sangue na Síria. "Em vez de acalmar
a oposição, alguns parceiros estão alimentando uma escalada (da violência)",
disse ele. "É um beco sem saída apoiar a oposição. Assad não vai sair por conta
própria e os nossos parceiros do Ocidente não sabem o que fazer quanto a
isso."
Com o crescimento da violência, o Ocidente quer que a Rússia retire seu apoio
a Assad. Ao lado da China, o governo russo vetou ações do Conselho de Segurança
da ONU que aumentariam a pressão sobre a Síria. Mas, antes de um encontro com o
mediador internacional Kofi Annan em Moscou na terça, Lavrov não indicou
qualquer mudança de posição.
As forças rebeldes sírias assumiram a responsabilidade pelo ataque de hoje.
No entanto, seu comandante, Riad al-Asaad, nega as alegações da TV estatal da
Síria que diz que foi um ataque suicida. Segundo ele, todos que realizaram a
operação estão seguros.
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