Do ESTADAO.COM.BR
AE - Agência Estado
Exército já havia utilizado tanques de guerra, mas uso de poderio aéreo reflete seriedade do conflito
BEIRUTE - Forças do governo sírio com suporte de helicópteros estão lutando
com os rebeldes em Damasco nesta terça-feira, 17, um aumento claro na escala dos
mais sérios confrontos na capital desde que a revolta começou. O Exército já
havia utilizado tanques de guerra e veículos de transporte blindados, mas o uso
de poderio aéreo reflete a intensidade e seriedade dos combates.
Reuters
Confrontos pesados já duram três
dias
Os confrontos pesados acontecem em pelo menos
quatro bairros da cidade e já duram três dias, sinal de que o conflito na Síria
está degringolando para uma guerra civil cada vez mais próxima do coração do
regime do presidente Bashar Assad.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, e o ativista
Maath al-Shami, em Damasco, confirmaram que a violência está concentrada em Kfar
Souseh, Nahr Aisha, Midan e Qadam nesta terça-feira. "Eu posso ouvir o som de
tiros e algumas explosões vindas da direção de Midan", disse Al-Shami para a
Associated Press via Skype. "Fumaça negra está saindo da região". A agência de
notícias estatal afirma que as tropas estão perseguindo "elementos terroristas"
que fugiram de Nahr Aisha para Midan.
Os embates são os mais contínuos e generalizados a atingir a capital desde o
início da revolta contra Assad, em março do ano passado. Ativistas estimam que a
repressão do governo matou mais de 17 mil pessoas. No passado, as lutas
aconteceram durante a noite. Agora, os tiroteios ocorrem à luz do dia.
Damasco e Alepo, as maiores cidades da Síria, são ambas habitadas por uma
elite que beneficiou-se de laços com o regime de Assad, bem como por
comerciantes e grupos minoritários que temem pela sua segurança se o presidente
cair.
Al-Shami afirmou que moradores de áreas atingidas pela violência estão
fugindo para vizinhanças mais seguras e abrigando-se em escolas e mesquitas. Ele
também disse que muitos feridos estão sendo tratados em hospitais secretos, por
medo de serem presos se levados a hospitais oficiais.
As informações são da Associated Press.
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