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POR THIAGO HERDY
Tucano evita antecipar posição sobre permanência do PSDB na administração federal
Geraldo Alckmin participa de visita técnica ao Lote 3, do trecho Norte do "Rodoanel Mário Covas" - A2img / Alexandre Carvalho
SÃO PAULO - Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) evitou durante a manhã desta segunda-feira dizer publicamente se defende ou não a permanência do seu partido no governo Temer. Este é o principal ponto de debate do encontro da Executiva Nacional do PSDB, marcado também para esta segunda.
Para Alckmin, o compromisso do partido deve se restringir às reformas promovidas pelo governo, e não à permanência em cargos da administração federal. O governador não quis antecipar a posição de seu grupo político na reunião da Executiva.
— A questão se vai ter ministro ou não é secundária. O importante é o compromisso com as reformas. É essa a agenda com a qual nós temos compromisso — disse o governador, durante visita técnica a trecho do Rodoanel Norte, em São Paulo.
Desde a divulgação de detalhes da colaboração premiada de executivos da JBS, que implica o Michel Temer e deve resultar em apresentação de denúncia contra o presidente por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), alas do PSDB defendem a saída do partido da base do governo.
Ainda que mantenha o apoio às reformas, aliados do governo Temer têm argumentado que a saída do PSDB pode resultar na saída de outros partidos, inviabilizando a manutenção do governo e, por consequência, a aprovação das reformas.
O grupo mais próximo do senador afastado Aécio Neves (PSDB), ex-presidente da sigla, defende a permanência na administração federal. Atualmente o o PSDB tem três ministros no governo: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades). Entre
— Não estamos preocupados com eleição ou 2018. Estamos preocupados com o Brasil e temos compromisso com essa agenda, não com o governo — disse Alckmin nesta segunda, repetindo discurso que vinha adotando desde antes da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que manteve Temer na Presidência.
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