Do UOL
Renan Antunes de Oliveira, em Florianópolis
Onda de violência em Santa Catarina
Criminosos voltaram a incendiar ônibus em Florianópolis. Na noite desta quinta-feira, por volta das 20h30, um coletivo foi queimado no bairro Ipiranga. Por volta das 21h, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar ainda estavam no local. Uma multidão de moradores acompanhava de longe a cena. Ainda não há detalhes sobre o atentado. A Grande Florianópolis estava sem ataques a ônibus desde terça-feira (5), quando um coletivo foi incendiado no Morro da Caieira do Saco dos Limões Leia mais Caio Marcelo/Agência RBS
Uma assembleia de motoristas e cobradores decidiu nesta quinta (14) suspender o transporte coletivo em Florianópolis (SC) às 19h, temendo os ataques incendiários da onda de violência iniciada em 30 de janeiro.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Urbanos (Sintraturb) anunciou que os horários normais serão retomados "quando houver segurança para isto".
Ao todo, 36 ônibus já foram atacados em todo Estado, nas duas ondas de violência - a de novembro de 2012 e a em andamento.
A assembleia aconteceu na praça Nações Unidas, no centro de Florianópolis, e, por si só, já causou confusão no trânsito, devido ao acúmulo de ônibus estacionados.
O secretário municipal de Transportes, Valmir Piacentini, acusou o sindicato de "falta de parceria com a comunidade" ao tomar a decisão que, segundo ele, seria "unilateral".
"O governo não consegue oferecer segurança, nosso pessoal fica exposto, a redução é a única medida ao nosso alcance", disse o diretor do sindicato, Dionísio Linder.
A Prefeitura afirma que alugou 40 carros, a R$ 120 por dia cada um, para que a Guarda Municipal e a Polícia Militar realizem a escolta dos ônibus entre 20h e 23h, horário em que a maioria dos ataques acontece.
Segundo a Secretaria de Segurança, a PM não tem carros nem pessoal para cobrir toda malha de transportes. Como alternativa, o sindicato dos trabalhadores sugeriu o uso de guardas armados nos ônibus, mas a secretaria não aceitou porque teme que uma possível reação cause vítimas entre passageiros.
A decisão dos cobradores e motoristas é apenas da capital. Cidades como Joinville, maior do que Florianópolis e Blumenau, também vítimas de ataques, não aderiram à paralisação.
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