Do BAHIANOTICIAS
por Evilásio Júnior
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
Presidente estadual do PSD e vice-governador,
Otto Alencar reclamou do posicionamento do PT nos municípios onde o seu partido
disputou a eleição. Embora a maior parte da sigla tenha sido montada a partir de
lideranças que deixaram a oposição para seguir a orientação do Estado, políticos
que fizeram campanha para a presidente Dilma Rousseff e o governador Jaques
Wagner em 2010 não receberam a compensação dos petistas este ano. “O PT não foi
solidário em lugar nenhum. Em todos os municípios que o PSD esperava ter o apoio
não houve contrapartida”, decretou Otto, em entrevista ao Bahia Notícias. Ele
cita como exemplos derrotas do PSD em cidades como Barreiras – onde o PT apoiou
Antonio Henrique (PP) contra a prefeita Jusmari Oliveira, que não conseguiu a
reeleição –, Milagres, São Gabriel e Presidente Dutra. Nos três locais, segundo
o vice-governador, o PMDB teve o reforço petista, apesar de os candidatos
peemedebistas terem apoiado José Serra (PSDB) e Geddel Vieira Lima (PMDB) há
dois anos. “Sei que aliança depende muito das questões locais, mas eu aguardava
por parte da direção do PT, do seu presidente inclusive, uma solidariedade
maior. Houve uma determinação do presidente Jonas Paulo de agir contra o PSD.
Isso nos prejudicou. Fizemos 71 prefeitos, mas
podíamos ter feito mais”, criticou, ao enumerar “provas da fidelidade” do grupo
que comanda: “O PSD foi o primeiro partido a apoiar Nelson Pelegrino, em
Salvador, sem exigir nada. Apoiou o candidato do prefeito Caetano [Ademar
Delgado], em Camaçari, Jussara, em Dias D’Ávila, o candidato de Moema
[Gramacho], João Oliveira, em Lauro de Freitas, Geraldo Simões, em Itabuna,
Guilherme Menezes, em Vitória da Conquista, Digal, em Maragogipe. Enfim, nas
principais cidades fomos para cima apoiar o PT”. Como o imbróglio entre PSD e PT
no pleito municipal poderá desembocar em uma revanche dos neogovernistas na
sucessão do Palácio de Ondina em 2014, Otto Alencar terá que acalmar o ímpeto de
vingança dos seus liderados. “Tenho que dar satisfação, pois fomos decisivos
para que o partido alcançasse a vitória. Agora é preciso trabalhar para passar
um anestésico, um bálsamo, em quem está sentindo dor para manter o grupo unido”,
receitou, ao livrar a responsabilidade de Wagner no impasse: “O meu compromisso
com o governador é firme e não sofrerá alterações”.
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