sexta-feira, 10 de abril de 2015

CASO PETROBRAS: Pedro Corrêa irá para Curitiba e pode fazer delação premiada

UOL
Blog de Jamildo
Pedro Corrêa está na lista da 11ª fase da Operação Lava Jato. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o pedido de prisão preventiva do ex-deputado e ex-presidente do PP Pedro Corrêa e deferiu a transferência dele do Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), na cidade de Canhotinho, no Agreste de Pernambuco, para Curitiba, no Paraná. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (10). Porém, a Polícia Federal afirmou que o deslocamento não deve mais acontecer nesta sexta, por causa do horário.
O advogado Clóvis Corrêa, juiz aposentado e primo do ex-deputado, informou que Pedro Corrêa pode ser transferido neste sábado (11). No entanto, a assessoria de imprensa da Polícia Federal, responsável pela condução do suspeito, disse que o traslado está previsto para segunda-feira (13). “Um helicóptero deve fazer o traslado de Canhotinho para Recife. Daqui, ele segue para Curitiba e nós vamos acompanhá-lo”, disse o advogado do ex-deputado. 
Na tentativa de reduzir a pena do ex-deputado, o advogado afirmou que vai sugerir a Pedro Corrêa um acordo de delação premiada.
Na manhã desta sexta-feira (10), a nora do ex-deputado Márcia Danzi Correa de Oliveira foi levada à sede da Polícia Federal (PF) no Recife para prestar esclarecimentos. A PF também vistoriou o apartamento da mulher, em Boa Viagem, para recolher computadores e documentos que possam contribuir com as investigações. Márcia chegou acompanhada pelo marido, Fábio Corrêa, que é advogado da família, e deve ser liberada em seguida.
Em Caruaru, no Agreste, a busca ocorreu na casa de um ex-funcionário do progressista onde foram apreendidos documentos importantes para a investigação, segundo a PF.
Corrêa cumpre pena em regime semiaberto em Canhotinho desde janeiro de 2014 , por envolvimento no caso mensalão. Nesta sexta, teve mandado de prisão expedido na 11ª fase da Lava Jato.
“Considerando que o investigado cumpre pena em virtude de condenação desse Supremo Tribunal Federal, solicito autorização para o cumprimento do mandado de prisão, bem como para a remoção de Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba”, diz o pedido do juiz Luís Roberto Barroso.
No despacho em que determinou a prisão, Moro disse que Pedro Corrêa é recorrente em escândalos políticos. O juiz fundamentou a ordem de prisão no risco à ordem pública e disse que há indícios que o ex-deputado continuou recebendo propina do esquema de desvios da Petrobras, mesmo durante o julgamento da Ação Penal do Mensalão, no STF.
Segundo Moro, a conduta de Corrêa mostra “desprezo” às leis e ao Supremo. “A prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública.”, disse Moro.
Ao deferir a prisão preventiva, Moro também determinou o bloqueio dos bens de Corrêa.
Outra informação obtida pela PF é que, de 2010 a 2014, um empregado rural de Corrêa recebeu mais de R$ 700 mil, sendo que sequer apresentou declaração de Imposto de Renda nesse período. Os depósitos para ele eram seguidos de saques no mesmo dia.
O doleiro já havia afirmado em sua delação premiada que fazia pagamentos periódicos a parlamentares do PP, com recursos oriundos do esquema de corrupção na Petrobras, da diretoria de Paulo Roberto Costa. Corrêa havia sido um dos citados.

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