sábado, 14 de novembro de 2009

MÚSICA: Nélson Gonçalves, em Vermelho 27

Não... não vou fazer apologia ao jogo. Até porque jogo muito pouco, quando muito US$ 100 por ano...
Não sou jogador profissional, embora quando viaje para fora do país faça questão de conhecer os cassinos locais.
A minha temática é principiológica: tenho o direito de escolher e de fazer qualquer coisa, não cabendo ao Estado me tutelar... Sou libertário por natureza... tutela estatal, jamais...
Penso que milhares, senão milhões, de brasileiros gostariam de visitar e conhecer um cassino.
O cassino gera empregos, de garçons, músicos, maestros, cozinheiros, croupiers, seguranças, empregos em hotelaria, etc. Se não gera aqui, no Brasil, gera lá fora, como todos sabemos.
Aqui o poder público é o único a explorar o jogo (ou não?). A hipocrisia de alguns (muitos) que têm poder para mudar essa situação, e não mudam, fazem com que isso aconteça.
A música a seguir retrata um viciado em jogo, que, como qualquer viciado, em qualquer coisa, se dá mal... Trata-se de uma música da década de 50, de grande sucesso na voz de Nélson Gonçalves...

ARTIGO: Adoniran, Zé Alencar, Buñuel e o apagão

Do blog do NOBLAT

Petardos passam zunindo sobre cabeças no meio do azucrinante tiroteio marcado pela hipocrisia política típica dos comícios pré-eleitorais. É o que se vê por todo lado desde o apagão que deixou no escuro 18 estados do País.
Governantes, políticos, gente de jornal, notórios cientistas, mas, principalmente candidatos, falam, se contradizem e se desentendem como no tempo de babel. No bafafá de Itaipu, todos, ou quase, falam de torres e usinas com olhos e idéias fixas não no desastre elétrico, mas na eleição que vem aí em 2010.
O blecaute do começo da semana deflagrou este clima meio surreal, na política e na administração publica. Verdadeira guerra de torcidas onde se diz e se inventa qualquer coisa e ninguém se entende, nem se importa com fatos ou cobra verdade científica e histórica das coisas e das pessoas, nem mesmo dos técnicos e especialistas no assunto. Verdadeiro Fla x Flu ou Ba x Vi dos bons tempos do futebol do Rio de Janeiro e da Bahia, transformados em vale-tudo político-eleitoral.
Em Salvador não faltou luz desta vez. Graças à velha e boa usina da CHESF, em Paulo Afonso, construída no governo de Getúlio Vargas e que vi ser inaugurada pelo presidente Café Filho em dia inesquecível da vida de um garoto nascido na beira do Rio São Francisco. Parece lugar seguro para não perder lances eletrizantes (sem trocadilho) deste tumulto nacional.
Ainda assim, sinto-me, outra vez, como aquele personagem no bar do bairro paulistano do Bixiga, no samba de Adoniran Barbosa. Protegido debaixo de uma mesa, ele observa o malandro Nicola fazer misérias no meio da pancadaria generalizada em que voavam pizzas e bracholas para todo lado. Terminada a briga, no fim de "Um samba no Bixiga", gente ferida para todo lado e o breque genial de Rubinato: "A situação está cínica. Os mais pió vai pras Crínicas".
Grande Adoniran! Que bom poderia ser para o país, se políticos, governantes, ministros, gerentes, cientistas e jornalistas parassem um pouco com esta zoada para escutar a letra e a melodia do samba da briga na cantina do Bixiga.
Não sendo possível, que ao menos escutem com a atenção devida os conselhos oferecidos ontem por um sábio mineiro da atualidade, cada dia mais profético e essencial: o vice-presidente da República José Alencar. Enfim, alguém que olha em perspectiva, e vê muito além do próprio umbigo ou da eleição presidencial do próximo ano.
Para Alencar, o apagão pode ter sido uma "topada que ajuda a caminhar". Bom mineiro que não nega a origem, bem sucedido empresário e político clarividente, ele sabe como poucos que o Brasil está amarrado e sujeito aos muitos riscos de seu tradicional modelo dependente da energia hidrelétrica de usinas monumentais como Itaipu e Paulo Afonso. Precisa diversificar sua matriz energética e investir em fontes alternativas - nuclear, térmica, eólica e a gás. "Há topadas que ajudam a caminhar. Então esperamos que essa nos ajude a ter uma energia com segurança absoluta para que isso não se repita", ensinou o vice-presidente durante inauguração de um centro de inclusão social do Senai, no Rio de Janeiro.
Alencar considera fundamental descobrir o que provocou o apagão e, se tiver havido falha, que ela seja corrigida e os responsáveis punidos exemplarmente. Mas o principal, segundo ele, é que o episódio sirva para ser repensada a matriz energética. "O Brasil tem todas as condições de fazer o enriquecimento de urânio com fins pacíficos, mas não pode porque assinou o tratado de não-proliferação de armas. É preciso ver se isso está funcionando com outros signatários. A verdade é que não é bem assim", afirmou, com a coragem dos que pregam idéias, princípios sem se importar se isso pode render ou tirar votos nas próximas eleições.
Grande Zé Alencar!
E o espanhol Luis Buñuel, onde entra nessa história toda? Bem, leio na "Ilustrada" do jornal Folha de S. Paulo, que "Meu Último Suspiro", seu mágico livro de memórias, acaba de ganhar reedição. Isto é pura luz no meio do breu. Na matéria assinada por Marcos Strecker e na entrevista de Jean-Claude Carrière, na Folha, recebo preciosas informações que desconhecia sobre a fundamental participação do cineasta francês na concepção e execução desta obra indispensável, a não ser pelas breves palavras de Buñuel na introdução do exemplar que tenho. Mas deixo ao leitor a tarefa de descobri-las também.
O que quero agora é recolher duas referências de "Meu Último Suspiro", que considero perfeitas para este momento surreal do debate sobre o apagão brasileiro. A primeira é sobre a memória - a sua perda principalmente - um dos capítulos mais marcantes da obra: "Indispensável e toda poderosa, a memória é também frágil e ameaçada. Ela não é ameaçada apenas pelo esquecimento, seu velho inimigo. mas também pelas lembranças enganosas que dia após dia nos invade", diz Buñuel.
A segunda é sobre proliferação da informação, no capítulo em que o cineasta enumera as coisas de que ele mais gostava e as que mais detestava; "A informação-espetáculo é uma vergonha. Os títulos enormes - no México atingem recordes - e as manchetes sensacionalistas me provocam náuseas. Todas essas xclamações sobre a miséria, para vender um pouco mais de papel! Para quê? Além disso, uma notícia destrói a outra."
Grande Buñuel!

Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail:
vitor_soares1@terra.com.br

MÚSICA: Elis e Gal, em Ilusão à toa

MÚSICA: Caetano em Gal, em Ciúme

MÚSICA: Chico Buarque de Holanda e Mina, em Valsinha

Esta é uma das mais belas músicas do cancioneiro brasileiro, fruto da genialidade de Chico Buarque de Holanda e Vinicius de Moraes... Saravá!

MÚSICA: Altemar Dutra & Conjunto Época de Ouro, em Malandrinha

Para que nunca esqueçamos que este país já produziu músicas românticas de qualidade, e com intérpretes fantásticos como Altemar Dutra...

POLÍTICA: Velha de guerra

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

O marketing "Dilminha paz e amor apagou de vez": respondeu com um irritado "minha filha!!!..." à pergunta de uma repórter de TV sobre o apagão.

Comentário: para arrogância e prepotência não existe remédio conhecido... mais cedo ou mais tarde a recaída é certa...

HUMOR

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO
Sponholz

MÚSICA: Vox Populi: Aécio na frente pela primeira vez

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

Pesquisa espontânea do instituto Vox Populi mostra o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), pela primeira vez à frente dos rivais. À pergunta “qual o seu candidato a presidente”, feita a dois mil eleitores em todo o Brasil, 13% citaram espontaneamente Lula, Aécio 11%, José Serra (PSDB) 10%, Dilma Rousseff (PT) 6%, Ciro Gomes (PSB) 3%, Marina Silva (PV) 2%, Heloisa Helena (PSOL) 1% e Não sabem 53%.

MÚSICA: Altemar Dutra, em Meu Velho

Essa música "é a cara do meu velho", Luis Felipe, um lutador, um pai exemplar, que, por tanto trabalhar, não teve tempo de ver os seus filhos crescerem mas que serviu como um norte, uma referência de caráter, de bondade, de doação, como de resto todos os bons pais que lutaram para fazer os seus filhos crescerem, em todos os aspectos... espero ter seguido o seu exemplo, meu pai.
Esse teu exemplo me faz grande... um beijo, e que Deus continue lhe protegendo!

MÚSICA: Nélson Gonçalves, em Naquela Mesa

Essa música traz a saudade de duas pessoas que marcaram por demais a minha vida: Glória, a minha querida mãe, e Arthur, o meu amigo, incentivador e querido avô...

POLÍTICA: PT não pode evitar Dilma no palanque de Geddel

Do BAHIA NOTÍCIAS

O PT baiano só pode ter tido um surto de megalomania. Caso contrário, não apostaria na tese de que a oposição do PMDB ao Governo Wagner pode impedir que Dilma Rousseff suba no palanque de Geddel Vieira Lima em 2010. O acordo entre PT e PMDB foi sacramentado na esfera nacional. Além disso, a própria ministra da Casa Civil já destacou como imprescindível o apoio do PMDB para a continuidade do projeto Lula. Claro que há zonas de tensão, a exemplo do caso baiano. Mas, uma ruptura no quarto colégio eleitoral fortaleceria a oposição, liderada pelo candidato do PSDB e do DEM, o governador José Serra (SP). Nesses termos, alguém pode imaginar que a reeleição de Wagner é mais importante do que a vitória de Dilma?

MÚSICA: Nelson Gonçalves, em Hoje quem paga sou eu

Tem coisas na vida que a gente nunca se esquece. Esta música é uma delas.
Recordo-me da minha adolescência, e do pai de alguns queridos amigos, Alcides, Bebeto, Lula e Alirinho, a quem não vejo de há muito... Recordo-me do pai deles, "seu" Alírio, que vi e ouvi cantando esta música, lá na minha querida cidade natal, Prado, e que, desde então, nunca me esqueci...

HUMOR

MÚSICA: Sarah Brightman & Antonio Banderas, em Fantasma da Ópera

POLÍTICA: Militares não querem abertura de arquivos da ditadura

Do BAHIA NOTÍCIAS

O trabalho da comissão que tenta recuperar documentos do período da ditadura militar na Bahia, vem sofrendo dificuldades devido ao posicionamento das Forças Armadas. Segundo informações do jornal A Tarde, a Marinha ignorou os ofícios e não ajuda em nada no esclarecimento dos fatos. O Exército e Aeronáutica afirmaram que o pedido deve ser feito ao Ministério da Defesa, que ainda não respondeu a solicitação. Para a coordenadora da Comissão Especial Memórias Reveladas, Alessan Exérdra Mascarenhas Prado, “por temor de revanchismos e punições” as Forças Armadas não abrem seus arquivos.

Comentário: ... e onde está a novidade?...

DIREITO: Hackers não conseguem fraudar urnas

Do BAHIA NOTÍCIAS

Após quatro dias de tentativa de fraudes nas urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2010, nenhum dos 37 hackers que participaram dos testes de segurança promovidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conseguiu burlar o sistema. Mesmo não conseguindo alterar a destinação do voto digitado na urna ou quebrado o sigilo do voto, o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, afirmou que as sugestões dos “investigadores” certamente contribuiram bastante e serão estudadas e implementadas. “Tivemos a identificação da fragilidade de um envelope que guarda a “flash memory” da urna eletrônica. Isso é uma contribuição que vai nos ajudar a implementar para a próxima eleição um envelope com dispositivo mais eficaz de segurança”, afirmou o secretário. Segundo o perito, depois da tentativa de fraude, as máquinas deixaram de funcionar.

MUNDO; Reino Unido em estado de alerta

Do Bahia Notícias

O Reino Unido entrou em alerta neste sábado (14) depois de fortes tempestades e ventos que assolam o país. Segundo as autoridades, o “castigo” pode durar vários dias e causar diversas inundações. Uma das áreas mais afetadas é o oeste da Inglaterra, onde os ventos chegam a 129 km/h. Os meteorologistas prevêem uma pausa no domingo (15), antes que continue o mau tempo na segunda-feira (16), mas o alerta é mantido em muitos pontos do território, incluindo Irlanda do Norte e o sul da Escócia. O serviço de bombeiros teve que atender na noite passada centenas de chamadas de socorro, 141 delas só em Gales.

MÚSICA: Emílio Santiago, em Tudo o que se Quer

SEGURANÇA: Ravengar pode ser transferido, diz Pellegrino

Do BAHIA NOTÍCIAS

Logo após a acusação de cobrar taxas em troca de proteção diferenciada para presos da Penitenciária Lemos Brito (PLB), o traficante Ravengar poderá ser transferido para um presídio federal, segundo informações do secretário estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Nelson Pellegrino. “Não vamos concordar com o comportamento de qualquer preso que tente criar qualquer tipo de organização ou facção criminosa nos presídios. Se, ao final das investigações, ficar comprovado que ele realmente cobrava por proteção, não descartamos a possibilidade de transferi-lo para um presídio federal de segurança máxima”, afirmou o Pellegrino. Em um “documento” elaborado pelo traficante, era definido os direitos, deveres e punições aos presos do pavilhão 1 da PLB. Ravengar determinava que o não-cumprimento das “obediências”, seria punido, inclusive, com a “retirada forçada” do convívio dos outros internos.

MÙSICA: Por Una Cabeza

Cena do filme Perfume de Mulher, em que Al Pacino dança um tango

GERAL: Pastor R.R. Soares compra avião de R$ 8,6 milhões, diz revista

Do POLÍTICA LIVRE

O pastor R.R. Soares, que é fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus e apresenta o programa “Show da Fé”, da Band, comprou por US$ 5 milhões [cerca de R$ 8,6 milhões] um avião turboélice King Air 350 com banheiro a bordo e capacidade para oito passageiros. Além de apresentar o “Show da Fé” -que também é exibido pela CNT e pela Rede Internacional de televisão (RIT), o pastor mantém horários alugados nas madrugadas e fins de tarde na emissora RedeTV!. Informações da Veja.

Comentário: vamos passando a sacolinha... quem dá à Igreja ajuda aos... pastores, padres, bispos, cardeais, papas...

MÚSICA: Geraldo Azevedo, em Dia Branco

MÚSICA: Elis Regina, em Casa no Campo

DIREITO: TSE fará recadastramento de 1 milhão de eleitores

Do POLÍTICA HOJE

Mais de 1 milhão de eleitores de 51 municípios brasileiros passarão por um processo obrigatório de recadastramento biométrico nos próximos meses. Com o novo sistema de identificação, feito por meio das digitais e da foto do eleitor, a Justiça Eleitoral pretende acabar com as possibilidades de uma pessoa votar no lugar da outra. A previsão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que o voto biométrico seja estendido para todo o eleitorado do País até 2016. O sistema de identificação pelas digitais do eleitor na hora do voto foi testado na eleição municipal do ano passado. De acordo com juízes eleitorais de São João Batista (SC), Colorado do Oeste (RO) e Fátima do Sul (MS), a experiência foi um sucesso e atingiu seu objetivo principal, que é impedir a fraude na hora do voto. Além das três cidades, Búzios também já passou pelo processo neste ano. Os eleitores dos 51 municípios selecionados deverão procurar a Justiça Eleitoral para fazer o recadastramento biométrico. A lista das cidades selecionadas está no site do tribunal (www.tse.gov.br/internet/institucional/recadastramento/index.html). Pelos cálculos do TSE, serão recadastrados 1.132.667 eleitores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

MÚSICA: Roberto Carlos em Outra Vez

MUNDO: Primeiro bar a vender oficialmente maconha é aberto nos EUA

Do POLÍTICA HOJE

O primeiro bar a vender oficialmente maconha nos Estados Unidos foi inaugurado na sexta-feira (13) em Portland, no que está sendo considerado um teste da política do governo Barack Obama em relação ao uso medicinal da droga. O Cannabis Cafe vai vender maconha apenas para as pessoas que comprovarem o uso medicinal, e é o primeiro lugar em que elas vão poder consumir a droga em público. 'Este clube representa a liberdade pessoal para nossos membros, finalmente', disse à agência de notícias Reuters Madeline Martinez, diretora do grupo Norml, que defende a legalização da maconha.
'Nossos planos vão além de servir comida e maconha. Queremos ter aulas, seminários, para que as pessoas possam aprender sobre o cultivo e outros usos da maconha.' O bar fica em um prédio de dois andares que antes abrigava um clube erótico chamado Rumpspankers.Tecnicamente se trata de um clube privado, mas é aberto a qualquer residente do estado de Oregon que faça parte do grupo Norml e tenha uma carteira oficial do uso medicinal da maconha - 21 mil pessoas estão registradas desta forma no estado para tratar mal de Alzheimer, diabetes, esclerose múltipla e síndrome de Tourette. Os 'sócios' pagam US$ 25 (cerca de R$ 44) por mês para usar o café, que tem capacidade para cem pessoas. Por este valor, eles terão direito a receber a droga gratuitamente. O bar também serve comida, mas nenhum tipo de bebida alcoólica. Com informações do site www.g1.globo.com

MÚSICA: Hyldon, em Na rua, na chuva, na fazenda

DIREITO: Ação de empregador contra empregado: município queria de volta os 40% do FGTS

São raras as ações movidas pelo empregador para obter, na Justiça do Trabalho, algum ressarcimento de um trabalhador. No entanto, elas ocorrem. É o caso do município de Penápolis (SP), que ajuizou reclamação para ter de volta o valor da multa dos 40% do FGTS, pago a um ex-secretário municipal. O município pagou a verba rescisória, mas depois tentou reavê-la, sob o argumento de que por se tratar de cargo de livre nomeação e exoneração, a multa seria indevida. Em primeira instância, o ex-funcionário foi condenado a restituir o valor depositado. Após sucessivos recursos, o caso chegou ao Tribunal Superior do Trabalho, que reformou decisões anteriores, em julgamento da Terceira Turma, e adotou o entendimento pela improcedência da reclamação do município.
Para o ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, relator do recurso de revista ajuizado pelo ex-funcionário, “a dispensa imotivada do empregado público é disciplinada pelos mesmos preceitos que a orientam em campo privado”, concluindo que as “normas pertinentes não oferecem a possibilidade de sua meia aplicação”. Esclarece o ministro que, quando a Constituição Federal, no artigo 37, inciso II, dispensa a ausência de procedimentos legais para o afastamento do empregado público contratado para cargo em comissão, está, na verdade, a negar qualquer estabilidade e a afastar a necessidade de motivação para rescisão contratual, garantindo a dispensa imotivada.
Contratado sem prévia aprovação em concurso público, o trabalhador ocupou cargo em comissão de assessor e, posteriormente, de secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, tendo sido admitido pelo regime celetista. Após a exoneração, recebeu o valor correspondente à multa dos 40% sobre o depósito de FGTS – multa que é paga quando o empregador dispensa o trabalhador sem justa causa. Com a reclamação do empregador, o ex-secretário municipal havia sido condenado, em primeira instância, a devolver o que recebeu, sentença que foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (SP), sob o fundamento de que se trata de uma contratação com caráter especial, em que desde a admissão o empregado teve ciência da possibilidade de desligamento imediato. Assim, a instabilidade dos cargos em comissão e a possibilidade de dispensa a qualquer momento constituem, segundo esse entendimento, obstáculo ao direito sobre a indenização de 40% do FGTS. Em resumo: como a possibilidade de dispensa é uma condição do contrato, não há necessidade de justificativa para a exoneração do empregado, e, assim, a sua ocorrência não pode ser considerada “sem justa causa” ou “arbitrária”.
No TST, no entanto, o entendimento foi diverso. Ao julgar recurso de revista do ex-funcionário, o ministro Bresciani enfatizou que não se pode compreender que a pessoa jurídica de direito público contrate pela CLT e, após ter atendido a todas as regras próprias, inclusive recolhimentos mensais para o FGTS, “venha a furtar-se ao pagamento de multa decorrente de dispensa imotivada, na medida em o princípio da legalidade exigirá o integral cumprimento do ordenamento trabalhista”.
Por unanimidade, a Terceira Turma do Tribunal deu provimento ao recurso, para julgar a reclamação do município improcedente, com reversão dos ônus da sucumbência, e isentou o autor do pagamento de custas.
(RR - 1372/2006-124-15-00.3)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

DIREITO: Caso Battisti: Gilmar Mendes não vê risco de crise institucional. Decisão final será de Lula

De O GLOBO on line
Taís Mendes

RIO - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta sexta-feira que a Corte vai dar um "bom encaminhamento" qualquer que seja a decisão sobre o destino do ex-ativista italiano Cesare Battisti . Na véspera, o julgamento foi interrompido pela segunda vez, quando o placar registrava empate : quatro ministros votaram pela extradição e outros quatro pela permanência de Battisti no Brasil. Caberá a Gilmar Mendes dar o voto de minerva - que deverá ser pela extradição do italiano.

"
A tradição brasileira é de cumprimento das decisões judiciais. Nunca tivemos uma crise institucional
"
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Mesmo se for confirmada a tendência do STF de extraditar Battisti, a palavra final será do presidente Lula, que poderá escolher seguir ou não a decisão da Corte. Gilmar afirmou, no entanto, que não vê risco de crise institucional, segundo ele, "a tradição brasileira é de cumprimento das decisões judiciais".

- A tradição brasileira é de cumprimento das decisões judiciais. Nunca tivemos uma crise institucional. Estamos vivendo vinte anos de democracia, com respeito às competências e à harmonia dos poderes e com o cumprimento dos nossos deveres - afirmou o ministro, ao chegar para encontro sobre o Prêmio Innovare, no Centro do Rio.


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A retomada do julgamento está prevista para a próxima quarta-feira. Se Battisti for extraditado para a Itália, cumprirá pena de 30 anos. Lá, ele foi condenado pela participação no assassinato de quatro pessoas na década de 1970. Se não, poderá viver no Brasil como refugiado político - condição conferida a ele pelo ministro da Justiça , Tarso Genro.

O julgamento havia sido interrompido em setembro , quando o placar marcava quatro votos a três pela extradição. Ontem, o ministro Marco Aurélio Mello votou pela permanência de Battisti no Brasil.

SEGURANÇA: Mortes de negros ocorrem em dobro

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra que o número de negros assassinados no Brasil é duas vezes maior que o de brancos, apesar de cada grupo representar cerca da metade da população do país. A conclusão é baseada em dados do Sistema Único de Saúde referente aos dois últimos anos. Neste período, cerca de 60 mil negros foram assassinados e cerca de 30 mil brancos. As pesquisas mostram que entre as crianças e jovens de 10 a 24 anos se constata a maior diferença entre os homicídios entre raças. Ainda segundo o estudo, o atual governo não tem disposição política para enfrentar o racismo nas políticas de segurança pública.

HUMOR

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO
Sponholz

SEGURANÇA: "Proteção de Ravengar na cadeia custa R$ 2 mil

DDo BAHIA NOTÍCIAS

O traficante Raimundo Alves, famoso como Ravengar, é protagonista não só de um código de conduta na prisão Lemos de Brito, mas também de um esquema de extorsão de internos em troca de uma suposta “proteção” contra o que pode acontecer na cadeia. O antigo chefe do tráfico continua a dar as cartas no presídio e, segundo relatos de presos ao Correio, cobra entre R$ 200 e R$ 2 mil de cada interno para garantir sua paz no local. Tudo depende das condições de cada um. Quem não pode pagar vira soldado, o homem que obedece ordens de cobrança, intimidação e investigação a famílias dos presos para comprovar se não há mesmo condição financeira de pagar pelas costas quentes. Quem se recusa é ou expulso do Pavilhão 1 ou sofre uma série de represálias, que vai desde agressões físicas até extorsões em outras moedas, como comida, além de ameaças a parentes. O traficante chega até a determinar quem é transferido para outros locais na prisão e órgãos cuja competência é exclusiva do Estado. Segundo o superintendente de Assuntos Penais da secretaria de Justiça, Isidoro Orge, isto não acontece e nenhum interno tem influência para determinar algo assim.

DIREITO: Ação contra erro ou má-fé em registro não deve ser proposta contra particulares

Ação contra erro ou má-fé em registro dever ser realizada contra oficiais dos cartórios de registro e não contra particulares. O entendimento é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao negar o pedido de Thelma Garcia Limões Filha e outros para que ação proposta por eles fosse desmembrada, a fim de evitar a extinção do processo sem julgamento de mérito.
No caso, foi proposta uma ação anulatória cumulada com reivindicatória contra Antônio Alves Simões e outros. A família de Thelma sustentou que é a legítima proprietária de um imóvel registrado no Cartório de Registro de Imóveis de Betim (MG), na condição de herdeira de Antônio Alves Limões. Entretanto, por ato que afirma oriundo de erro ou má-fé, no registro, passou a constar o nome do proprietário como Antônio Alves Simões, com novo número de matrícula, no Cartório de Registro de Imóveis de Contagem (MG). A partir desse novo número, o imóvel foi alienado a outras pessoas.
Diante disso, com a ação, foi pedida a anulação e o cancelamento da segunda matrícula para restabelecimento do registro original. Na mesma oportunidade, foi pedida a imissão de Thelma e outros na posse do imóvel.
Em primeiro grau, o pedido de anulação da segunda matrícula foi julgado procedente. Quanto ao pedido da reivindicatória, a sentença julgou os autores (Thelma e outros) carecedores do direito de ação, em virtude da inexistência de registro do formal de partilha.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ao julgar a apelação, também reconheceu que os autores seriam carecedores do direito de ação, sob o fundamento de que não foram observados os pressupostos processuais e condições da ação, porquanto o ajuizamento deveria ter ocorrido contra os oficiais de Registro dos Cartórios de Registro de Imóveis de Betim (MG) e de Contagem (MG), pois o que está sendo questionado é a validade do registro, em virtude da ocorrência de erro ou de má-fé, e não a validade do negócio.
No STJ, os autores sustentaram que não havia necessidade de extinção do processo, sem resolução de mérito, pois o equívoco poderia ser sanado pelas regras do litisconsórcio passivo necessário e pelo desmembramento das ações, anulando-se o feito até a citação, para inclusão na ação dos oficiais dos cartórios.
Para a relatora, ministra Nancy Andrighi, não há razão para afastar as conclusões da decisão do TJMG quanto à extinção do processo, sem julgamento do mérito, pois os réus apontados pelos autores são partes ilegítimas para figurar no pólo passivo da ação.
Quanto ao desmembramento da ação, a ministra considerou incabível, uma vez que o ajuizamento da ação se deu, exclusivamente, contra parte ilegítima, tendo causa de pedir que não autoriza o pedido de anulação do registro nem o de reivindicação do imóvel.

DIREITO: Recurso Repetitivo - Autenticação do agravo de instrumento prevista no artigo 525 do CPC é desnecessária


A autenticação das peças que instruem o agravo de instrumento, prevista no artirgo 525, I do CPC, não é requisito de admissibilidade recursal. Portanto, sua autenticação é desnecessária, ressalvada a hipótese de impugnação específica pela parte contrária.
A necessidade ou dispensabilidade da autenticação de peças trasladadas para o agravo de instrumento, que vinha recebendo tratamento divergente pelas diversas Turmas do STJ, foi superada pelo referido entendimento firmado pela Corte Especial em julgamento pelo rito a lei dos recursos repetitivos.
Acompanhando o voto do relator, ministro Luiz Fux, a Corte reiterou que o agravo de instrumento interposto nas instâncias de origem, previsto no artigo 522 e seguintes do Código de Processo Civil para impugnar decisões monocráticas proferidas pelo juízo singular, é diferente do agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória de recurso especial, disciplinado pelo artigo 544 do mesmo código.
Luiz Fux ressaltou que os dispositivos processuais que disciplinam o agravo de instrumento interposto contra decisões monocráticas dos juízos de primeiro grau não trazem qualquer menção à necessidade de autenticação das peças que o instruem. Ao contrário do artigo 544, onde o legislador manifesta, textualmente, a exigência de que as peças trasladadas ao instrumento sejam autenticadas.
“O recurso de agravo, recentemente modificado pela reforma infraconstitucional do processo civil, não incluiu a referida exigência, muito embora institua a obrigatoriedade da afirmação da autenticidade, relegada ao advogado, nos agravos endereçados aos Tribunais Superiores”, destacou o ministro em seu voto.
Para ele, a exigência de requisito de admissibilidade recursal não estabelecido na norma processual federal viola a garantia do devido processo legal. O voto do relator foi acompanhando por unanimidade.

DIREITO: Recurso Repetitivo - Cabe agravo contra decisão liminar em mandado de segurança

O agravo é o recurso cabível contra a decisão que defere ou indefere liminar em Mandado de Segurança, a teor dos arts. 527, II, e 588, do CPC, com a nova redação dada pela Lei 9.139/95. O entendimento foi consolidado pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça em mais um julgamento pelo rito da lei dos Recursos Repetitivos e será aplicado para todos os demais casos semelhantes.
No caso em questão, a Corte julgou recurso especial interposto pelo município de São José do Rio Preto contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que entendeu que o agravo de instrumento é meio inidôneo para atacar decisão que concede ou indefere liminar em sede de Mandado de Segurança. No recurso, o município sustentou que o entendimento adotado pelo TJSP diverge de julgados do Superior Tribunal de Justiça.
O referido agravo de Instrumento foi ajuizado contra decisão do Juízo de Direito da Vara da Fazenda Pública da Comarca de São José do Rio Preto, que concedeu liminar em mandado de segurança determinando ao município o fornecimento de medicamentos à impetrante, por tempo indeterminado, até o término do tratamento.
Segundo o relator do processo, ministro Luiz Fux, subtrair a possibilidade de interpor agravo de instrumento contra a decisão que concede ou denega a liminar em mandado de segurança é incompatível com os princípios da ampla defesa e do devido processo legal, já que o agravo é instrumento recursal que desafia qualquer decisão interlocutória, independentemente do rito inerente à ação.

DIREITO: Contribuição previdenciária não incide sobre o terço de férias

O Superior Tribunal de Justiça adequou sua jurisprudência ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal para declarar que a contribuição previdenciária não incide sobre o terço de férias constitucional. A posição já vinha sendo aplicada pela Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especial Federais.
A tese da incidência prevaleceu na Seção desde o julgamento do recurso especial 731.132, realizado em outubro de 2008 e relatado pelo ministro Teori Zavascki. Na ocasião, a Turma concluiu que mesmo não sendo incorporado aos proventos de aposentadoria, o adicional de um terço de férias integrava a remuneração do trabalhador e não afastava a obrigatoriedade da contribuição previdenciária, uma vez que a seguridade social é regida pelo principio da solidariedade, sendo devida a contribuição até mesmo dos inativos e pensionistas.
A Jurisprudência do STF pela não incidência da contribuição foi firmada a partir de 2005, ao fundamento de que a referida verba tem natureza compensatória /indenizatória e que, nos termos do artigo 201, § 11, da Constituição de 1988, somente as parcelas incorporáveis ao salário para fins de aposentadoria sofrem a incidência da contribuição previdenciária. Para o STF, o adicional de férias é um reforço financeiro para que o trabalhador possa usufruir de forma plena o direito constitucional do descanso remunerado.
Em seu voto, a ministra relatora Eliana Calmon reconheceu que o entendimento do STJ está em divergência com o posicionamento reafirmado pelo STF em diversos julgados. “Embora não se tenha decisão do Pleno, os precedentes demonstram que as duas Turmas da Corte Maior consignam o mesmo entendimento, o que me leva a propor o realinhamento da posição jurisprudencial desta Corte, adequando-se o STJ à jurisprudência do STF, no sentido de que a contribuição previdenciária não incide sobre o terço de constitucional de férias, verba que detém natureza indenizatória por não se incorporar à remuneração do servidor para fins de aposentadoria”.
Assim, por unanimidade, a Primeira Seção do STJ, que até então considerava a incidência da contribuição legítima, acolheu o incidente de uniformização suscitado pela Fazenda

DIREITO: TJ-SP anula julgamento de revisão criminal

Nem condenado, nem absolvido, muito pelo contrário. O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, nesta quinta-feira (12/11) anular o julgamento de revisão criminal do guarda-civil Mauro Henrique Queiroz, condenado em 1959 a seis meses de prisão por ato obsceno. Queiroz morreu em 1998. No julgamento de revisão do caso, em janeiro de 2008, os desembargadores decidiram, por 12 votos a dois, rejeitar o pedido dos familiares do guarda-civil. Por um erro não explicado, o resultado do julgamento foi publicado no Diário Oficial, em agosto, como se o pedido de revisão tivesse sido acatado e o réu, absolvido.
Na sessão desta quinta-feira, o 3º Grupo de Câmaras do TJ-SP, formado pelos desembargadores das 5ª e 6ª Câmaras, decidiram cancelar a tira do julgamento publicada equivocadamente e anular o próprio julgamento. Da anulação, foram notificados os juízes titulares da 14ª Vara Criminal e da 14ª Vara da Fazenda Pública, onde tramitam ações referentes ao caso do guarda-civil.
O pedido de revisão do julgamento foi feito pelos familiares do guarda civil, a deputada estadual Maria Aparecida Pires de Queiroz, Amauri Pires de Queiroz e Sílvio Pires de Queiroz.
Erro do erro
O guarda civil Mauro Henrique Queiroz foi condenado em 1959 por ato obsceno (artigo 233 do Código Penal) e recebeu pena de seis meses de detenção, suspensa pelo prazo de dois anos. Em decorrência da condenação, foi expulso da Guarda-Civil, corporação policial existente à época. Morreu em 5 de janeiro de 1998 de câncer no pâncreas, mas nunca se conformou com a condenação.
Com o propósito de reabilitar a memória de Queiroz, a viúva e os filhos ingressaram com pedido de revisão criminal. No julgamento do pedido, por 12 votos a dois, o tribunal manteve o resultado do julgamento anterior, mesmo após ouvir o depoimento da suposta vítima do guarda, que o inocentou.
A acusação é de que o guarda tirou o pênis de dentro da calça e o esfregou no braço da menina de 11 anos, quando ambos viajavam em um ônibus lotado. A menina Sônia Brasil, agora com 60 anos, não confirmou a versão apresentada por um grupo de policiais militares que também estavam no ônibus. Sonia contou que o guarda civil não praticou nenhum ato obsceno e que, à época, foi forçada pela avó a incriminá-lo. “Mauro é inocente de ter feito coisas que não se deve fazer com uma criança dentro do ônibus”, afirmou em depoimento a agora sexagenária Sandra.
O desembargador Pedro Gagliardi classificou como “inverossímil” a narrativa dos fatos feita na denúncia do Ministério Público, com base nos depoimentos de testemunhas. Para ele, os depoimentos conferem “pouca credibilidade” às imputações apontadas da denúncia. “Efetivamente não se mostra crível que um guarda civil na função há quase uma década, fardado, com ficha funcional imaculada e família constituída, no interior de um coletivo lotado e acompanhado de diversos policiais da Força Pública, iria colocar seu pênis para fora das calças e esfregá-lo no braço de uma criança de 11 anos”, opinou Gagliardi. Junto com ele, votou pela revisão e absolvição do réu o desembargador Carlos Biasotti.
Apesar disso, os desembargadores que fizeram a revisão do caso entenderam por manter o resultado anterior. Só que, na hora de publicar o resultado do julgamento, foi levado em conta o voto vencido do desembargador Pedro Gagliardi a favor da absolvição de Queiroz.
Em 16 de setembro, o caso de reparação de erro judiciário pelo TJ-SP foi citado durante o julgamento de um caso similar pelo advogado Daniel Bialski, conforme a ConJur
noticiou à época. A absolvição chegou a ser festejada pela família Queiroz, mas chamou a atenção da presidência do tribunal, que detectou o engano na publicação do resultado. Diante do desafio de consertar o erro, os desembargadores concluíram que só restava anular o julgamento da revisão e começar tudo de novo.
Leia a súmula:
Súmula: Retificar a tira de julgamento do dia 31 de janeiro de 2008, por unanimidade: “Por maioria de votos indeferir a revisão, vencidos os desembargadores Pedro Gagliardi (com declaração de voto) e Carlos Biasotti, que a deferiram. Acórdão com o desembargdor Ricardo Tucunduva.”
Retificado o julgamento, decidiram cancelar o resultado do julgamento anterior, realizado em 31 de janeiro de 2008, cancelando o registro do acórdão, retirando da jurisprudência o mesmo, comunicando-se ao juízo da 14ª Vara Criminal a decisão referente ao processo 3.672/57, que por lá correu, enviando-se cópia da presente tira de julgamento e, assim que possível, do acórdão agora retificado.
Para comunicação ao II RGD, distribuidor criminal e anotações da Vara. Oportunamente anote-se que as folhas 32 a 36 foram tornadas sem efeito.
Comunique-se ao juízo da 14ª Vara da Fazenda Pública onde os peticionários ingressaram com ação para obtenção de indenização a presente retificação enviando-se oportunamente o acórdão.
Fica levantado qualquer oportunidade de segredo de Justiça face ao Artigo 234-B criado pela lei 12.015 de 7 de agosto de 2009.
Fica determinada a retificação da ata de julgamento de 31 de janeiro de 2008.
Publicada a retificação em sessão.

DIREITO: Recado para Lula

De O FILTRO
Pela terceira vez foi adiado o julgamento da extradição do ativista italiano Cesare Battisti. Ontem, o ministro Marco Aurélio Mello, o último do Supremo Tribunal Federal a votar, optou pela permanência do italiano no Brasil, empatando o placar em 4 a 4. Mas o presidente da corte, Gilmar Mendes, já indicou ser favorável à extradição. A decisão agora está com ele. Segundo o Estadão, com o destino de Battisti praticamente selado pelo Supremo, Mendes mandou recado para o presidente Lula. Setores do governo e do Judiciário entendem que Lula, mesmo com a extradição ordenada, não seria obrigado a cumpri-la. Mas para Mendes o resultado do julgamento deverá ser cumprido por respeito à Constituição e não pelo receio de sofrer um processo de impeachment, que caberia no caso de descumprimento de uma decisão judicial. Mendes decidiu suspender a sessão após constatar que havia apenas cinco ministros em plenário (Joaquim Barbosa e Ellen Gracie, que já haviam votado, estão viajando) e disse que dará seu voto “oportunamente”.

GESTÃO: Pouco investimento

De O FILTRO
Se continuar no ritmo em que está, o maior gestor de linhas de transmissão de energia do país fechará 2009 com o menor investimento feito em dez anos. O grupo Eletrobrás, responsável por 56% das linhas que interligam o país e que detém metade do capital de Itaipu, investiu apenas 38% do que poderia, de janeiro a agosto deste ano. Segundo O Globo, foram usados R$ 2,77 bilhões de R$ 7,2 previstos. Críticos da estatal afirmam que o baixo desempenho dos investimentos da Eletrobrás ocorre porque a empresa está sem foco, preocupada mais com aspectos políticos do que técnicos. Procurada, a Eletrobrás afirmou que até setembro, o investimento aumentou para 49% do orçamento, tanto nas linhas de transmissão quanto na geração de energia. E que até o final do ano vai executar 70%.

GESTÃO: Itaipu sob suspeita

De O FILTRO
Apesar de Itaipu ter afirmado que não contribuiu com o apagão de terça-feira, e dos ministros da Casa Civil e de Minas e Energia declararem que este é um “assunto encerrado”, o governo vai investigar a geração de energia da hidrelétrica na noite em que o blecaute aconteceu. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) querem saber se a produção a plena carga das 18 turbinas de Itaipu sobrecarregou e fragilizou as linhas de transmissão, que teriam ficado mais vulneráveis aos raios. O Estadão, citando uma fonte do governo, diz que esse tipo de pressão sobre a rede pode causar curto-circuito e que a Aneel também quer saber se o planejamento da alta produção de Itaipu foi autorizado pela ONS. Dilma Rousseff, da Casa Civil, falou pela primeira vez sobre o assunto e, insistindo na versão de que raios causaram a queda das linhas de transmissão, disse que considera assunto encerrado. Como relata a Folha, a pré-candidata do governo à Presidência se esforçou para diferenciar o apagão desta semana daquele que aconteceu no governo Fernando Henrique, quando houve racionamento de energia. E afirmou que não há como evitar que novas quedas de energia aconteçam. Horas antes, Edson Lobão, das Minas e Energia, também havia declarado que o assunto estava encerrado para o governo.

FRASE DO (PARA O) DIA

"Tudo, menos o ridículo."
Fernando Pessoa

HUMOR

Do blog do NOBLAT
Charge - Amarildo

POLÍTICA: Lula com o DEM

Do blog do NOBLAT
Deu em O Globo
De Ilimar Franco:

Os petistas de Brasília estão à beira de um ataque de nervos e se queixando pelos cantos. O presidente Lula quer que o PT dê apoio à reeleição do governador José Roberto Arruda, do DEM. Lula, ao lado da ministra Dilma Rousseff, subiu no palanque de Arruda, na semana passada, na sanção do plano de carreira da Polícia Militar do DF. Arruda é defensor entusiasmado da candidatura do governador tucano Aécio Neves à Presidência.

POLÍTICA: Comitê de Dilma se reúne até no Planalto

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

Para a ministra Dilma Rousseff a campanha de 2010 já começou e até sua casa se transforma em comitê eleitoral pelo menos uma vez por semana. Sempre às terças-feiras ela reúne o comando da campanha ora em sua residência, e ocasionalmente no Palácio do Planalto, para discutir os rumos da corrida. Participam das reuniões o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ministro da Propaganda, Franklin Martins.

ECONOMIA: 'Economist': Brasil será a 5ª potência

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

O Brasil é tema de capa da The Economist nesta semana. A publicação britânica afirma que o País deve se tornar a "quinta maior economia do mundo" em uma década após 2014, ultrapassando o Reino Unido e a França. A revista lembra que, quando o Goldman Sachs lançou o BRIC, a presença do Brasil, ao lado da Rússia, Índia e China, era questionada. No entanto, o País supera as demais nações do grupo em alguns pontos. Para a The Economist, parece que o Brasil entrou no cenário mundial repentinamente. A revista ambém avalia que o Brasil emergiu de forma estável, já que os primeiros passos foram dados na década de 1990, com a nova política econômica. No entanto, avalia que o maior risco para a nação é a "arrogância".

O DIA NA HISTÓRIA

13/11/1992
Oficiais militares tentam, sem sucesso, assassinar o presidente peruano Alberto Fujimori e derrubar o seu governo.
1987
Os Estados Unidos elevam as taxas sobre importados do Brasil.
1985
A erupção do vulcão Nevada Del Ruiz causa a morte de mais de 20.000 pessoas na Colômbia.
1970
Hafez al-Assad lidera um golpe de estado militar e sobe ao poder da Síria.
1965
Decreto instituiu o CRUZEIRO NOVO como unidade monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros antigos.
1958
Na União Soviética, um novo plano econômico prevê crescimento industrial de 80% em sete anos.
1956
Numa vitória histórica de direitos civis, a Corte Suprema norte-americana declara inconstitucional a segregação no transporte público.
1955
Na Argentina, o general Pedro Aramburu é eleito presidente.
1949
Partido de Salazar consegue todas as cadeiras nas eleições legislativas de Portugal.
1945
Na França, Charles De Gaulle é eleito por unanimidade chefe do governo provisório.
1935
No Egito, revoltas contra a presença britânica eclodem no país inteiro.
1915
O Haiti se torna um protetorado norte-americano.
1907
Primeira decolagem livre de um helicóptero realizada pela fábrica de motores de Paul Cornu.

GERAL: Leia o Jornal da Metrópole


LICEU DE ARTES E OFÍCIO ESTÁ "QUEBRADO"

O Jornal da Metrópole desta semana traz como matéria de capa: "Liceu de Artes e Ofícios atolado em dívidas". Gestão fraudulenta levou instituição a acumular causas trabalhistas e débitos de R$ 23 milhões. Na editoria de Cidade: "Estreitamento da Av. Sete pode decretar a morte do carnaval no Centro". Em Política: "Wagner coloca relatório sob suspeita e expõe conflitos internos do TCE". Em Esportes: "Medalha zero: Bahia deixa de investir R$ 19 milhões no esporte amador". O jornal está disponível gratuitamente nos pontos fixos espalhados pela cidade e na portaria da Rádio Metrópole, em Pernambués. Clique aqui para ler a edição na internet.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

GESTÃO: Blecaute: Inpe desmente o governo

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais desmentiu nesta quinta (12) as informações do governo de que a causa do blecaute que atingiu 18 estados teria sido motivado por raios que geraram curtos-circuitos. Em relatório divulgado hoje, o Inpe afirmou que, embora estivesse chovendo na hora do apagão, os raios mais próximos caíram a cerca de 2 quilômetros de uma das subestações, a 10 quilômetros da segunda e a 30 da terceira. O Inpe também disse que os raios registrados eram de baixa intensidade. O relatório do Inpe foi divulgado no mesmo dia em que o Ministério Público Federal deu um prazo de 72 horas para o governo explicar as causas do apagão e informou que abriu uma investigação para determinar também os responsáveis pela pane.

POLÍTICA: PSOL próximo de compor chapa com Marina

Do BAHIA NOTÍCIAS

O secretário-geral do PSOL, Afrânio Boppré, afirmou nesta quinta-feira (12) que o partido está próximo de concretizar a aliança para a candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) à presidência da República em 2010. A Executiva da legenda realizou uma reunião em Brasília para definir as estratégias para o próximo ano. "Marina é uma hipótese que vai ser testada", afirmou à agência Reuters. As siglas já foram aliadas em 2006, na defesa pelo nome da atual vereadora de Maceió, Heloísa Helena, ao Palácio do Planalto. Os verdes agora farão consultas à própria parlamentar acreana, à sociedade civil, aos movimentos sociais e a aliados como o PSTU e o PCB para definir o apoio. A questão é que tanto membros do PSOL, como o ex-prefeiturável de Salvador, Hilton Coelho, na Bahia, quanto do PV, como o vice-presidente do partido, Alberto Sirkis, vereador do Rio de Janeiro, acreditam que a parceria é inviável. “O PSOL tem simpatia pelo chavismo e pelo populismo", rechaçou o edil carioca. (Evilásio Júnior)

DIREITO: OAB aciona Corregedoria contra procuradores do MPF

Do CONJUR
A saia-justa vivida por um estagiário de Direito no Ministério Público Federal de São José do Rio Preto (SP) virou questão nacional. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil representou nesta quarta-feira (11/11) contra dois procuradores de São José do Rio Preto. A reclamação, entregue na Corregedoria-Geral do MPF, acusa os procuradores de abuso de autoridade ao darem voz de prisão a um estagiário que pedia para ver autos de inquéritos.
O caso aconteceu no dia 22 de setembro, quando Luiz Eduardo Kuntz, estagiário do escritório Toron, Torihara e Szafir Advogados — do qual é sócio o secretário-geral adjunto do Conselho Federal Alberto Zacharias Toron —, foi ao MPF de São José do Rio Preto para consultar inquéritos policiais de clientes do escritório. Durante a consulta, o estudante de Direito ouviu voz de prisão dos procuradores da República Álvaro Luiz de Mattos Stipp e Anna Cláudia Lazzarini, sob a acusação de invadir “área restrita” da Procuradoria e desacatar os procuradores. Segundo a OAB, ele ficou detido em uma sala sem poder usar o telefone, vigiado por seguranças armados, até que agentes federais chegaram para levá-lo de camburão à Delegacia da Polícia Federal da cidade.
De acordo com a representação entregue à Corregedoria, os procuradores não foram à delegacia para a lavratura do auto de prisão em flagrante e nenhum dos funcionários do MPF que presenciou a cena confirmou o desacato nos depoimentos prestados.
Além disso, o despacho dado pelo delegado federal que ouviu os depoimentos, citado na representação, aponta uma contradição no que afirmou o MPF, diz ainda a OAB. Em telefonema ao delegado logo após a voz de prisão, a procuradora Anna Cláudia Lazarini avisou que o estagiário seguia preso para o distrito depois de entrar no prédio da Procuradoria identificando-se como advogado aos vigilantes, “fato não verídico, como demonstrado neste expediente”, disse o delegado no despacho.
“Ora, primeiro foi dada voz de prisão em flagrante por desacato, e o estagiário foi preso e conduzido até a delegacia. No dia seguinte, certamente percebendo o abuso praticado, os procuradores mudam a acusação?”, questiona na Representação o presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, referindo-se à acusação de falsa identidade feita contra o estagiário Kuntz. Por isso, a entidade pede que a Corregedoria do MPF tome para si a condução do inquérito aberto contra o estagiário e que tome “as providências disciplinares e penais cabíveis contra os procuradores da República em São José do Rio Preto”.
Lado acusadorProcurado pela Consultor Jurídico, o Ministério Público Federal em São Paulo reafirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, a versão dos fatos dada em nota divulgada no dia 28 de setembro. Segundo a nota, Kuntz invadiu a área onde ficam os processos mesmo avisado pelos funcionários, remexeu autos e respondeu ser advogado quando abordado pelo procurador. Segundo o MPF, a segurança no prédio teve de ser reforçada. Procurado pela ConJur no dia 25 de setembro, o procurador Álvaro Stipp não quis atender. Nesta quarta (11/11), a assessoria informou que os procuradores ainda não foram citados da representação, e por isso não falariam sobre o caso.
Pela versão na nota MPF, ao receber o estagiário, uma funcionária telefonou para a procuradora Anna Cláudia Lazzarini para pedir autorização de vista. Segundo a nota, Kuntz afirmou que não tinha de se identificar para ver um processo sem segredo de Justiça. Anna Cláudia se negou a atendê-lo sem que ele adiantasse o assunto. Diante da insistência, a funcionária falou pessoalmente com a procuradora, avisando que Kuntz ameaçara “subir e invadir” o gabinete da procuradora, pois “não precisava marcar hora para falar com procurador”, segundo o MPF. A servidora, então, foi orientada a reforçar a segurança.
“O procurador e a procuradora desceram. Ao chegar, encontraram o cidadão. Ao ser indagado quem seria o advogado que estaria causando problemas, teria dito ‘sou eu’”, afirma a nota do MPF. Álvaro Stipp argumentou que “não é possível permitir que uma pessoa não-autorizada e não identificada entre, mexa em processos muitas vezes sigilosos, sem autorização”. De acordo com o procurador, a história contada sobre a vigilância do estagiário em uma sala sem poder fazer ligações é um exagero. “O advogado foi levado a uma sala de reunião, com banheiro, ar condicionado, onde fez ligações, enquanto esperava a chegada de agentes da Polícia Federal”, afirma a nota do MPF, que assevera: “Em nenhum momento o advogado admitiu que era um estagiário de Direito”.
Prerrogativas em jogoLiberado depois de prestar depoimento na Delegacia da Polícia Federal de São José do Rio Preto na terça (22/9), Luiz Eduardo Kuntz contou uma história diferente, confirmada pelo advogado Edson Torihara, seu chefe. Segundo o relato do rapaz, ele foi à Procuradoria para consultar inquéritos policiais contra clientes do escritório em que trabalha, o Toron, Torihara e Szafir Advogados. Como não conseguiu autorização nem pôde conversar com a procuradora responsável pelo caso, Anna Cláudia Lazzarini, Kuntz pediu a um funcionário da PF que fazia carga de um dos inquéritos para ver o processo. Enquanto checava as informações, foi abordado pelo procurador Álvaro Stipp, que lhe deu voz de prisão.
Kuntz não deixou por menos e rebateu também com voz de prisão contra o procurador, por abuso de autoridade, já que o local era público. Ainda segundo o depoimento, o estagiário aguardou detido a chegada dos policiais federais, enquanto era vigiado por dois agentes em uma sala, sem direito a usar o telefone, até sair escoltado à delegacia. Na delegacia, ele depôs assistido pelo presidente da subseção de São José de Rio Preto da OAB, Odnei Bianchin. Segundo o estagiário, não houve oposição de nenhum dos funcionários à sua entrada depois que o policial federal lhe autorizou ver o processo que seria levado à DPF. Também não havia sinalização de trânsito restrito no local, disse ele, que garantiu ter uma certidão que lhe autorizava ver os autos.
Para a Comissão de Direitos e Prerrogativas da seccional paulista da OAB, Kuntz “não cometeu qualquer irregularidade, ilicitude e, agindo com educação, pretendia apenas cumprir ao que lhe fôra determinado”, segundo nota. Isso foi confirmado pelo policial federal que autorizou o estagiário a ver o processo que levaria à PF, considera a Ordem. “A autoridade policial não coadunou e perpetrou o abuso, reconhecendo, como declararam testemunhas, que este nada cometera.”
Para o presidente da comissão, Sergei Cobra Arbex, e o vice, Daniel Leon Bialski, o que aconteceu em São José do Rio Preto repercute na própria advocacia. “É inadmissível que pessoas, utilizando de petulância extrema e falta de educação, tenham desrespeitado o nobre Luiz Eduardo Kuntz, enquanto homem, cidadão e estagiário. Com as atitudes ocorridas, não somente ele, mas todos os demais membros de nossa classe se sentem atingidos com atitude tão vil”, diz a nota assinada pelos advogados. “É por atitudes deste jaez que urge seja aprovada a lei que protege as prerrogativas e pune seus ofensores mais severamente”, afirmaram.
Osso duroNão é a primeira vez que Luiz Eduardo Kuntz tem de brigar para ter acesso a processos. Em março, o estagiário bateu de frente com um juiz federal no Tribunal Regional Federal da 3ª Região para ver autos sob segredo de Justiça. O juiz convocado Roberto Jeuken permitiu que o estagiário levasse o processo, mas não que o lesse.
O resultado foi uma representação do advogado Alberto Zacharias Toron na Corregedoria do Conselho da Justiça Federal. “A situação é esdrúxula, data venia. Soa estranho que, podendo retirar os autos do cartório e levá-los até o escritório, não os possa examinar no meio do caminho para, em conjunto com o advogado, elaborar peças. Seria uma espécie de estagiário cabra-cega”, disse Toron na ocasião.
Clique
aqui para ler a representação.

DIREITO: TST - Pagamento eletrônico de guia DARF dispensa autenticação

Do MIGALHAS
A autenticação da guia DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) é dispensável quando se tratar de documento emitido e pago eletronicamente, via internet. Com base nesse entendimento, a 4ª turma do TST afastou a deserção do recurso ordinário da Plasticom – Plásticos Indústria e Comércio Ltda. e determinou o retorno dos autos ao Tribunal do Trabalho da 12ª região para julgamento da matéria.
No caso relatado pelo presidente da Turma, ministro Barros Levenhagen, a empresa alegou que pagara as custas processuais via Internet Bank do Banco do Brasil. Por essa razão, o documento juntado aos autos era original e não possuía a autenticação de praxe. Na avaliação do TRT, esse documento não era suficiente para garantir o processamento do recurso ordinário da Plasticom, pois faltava a indicação do número dos autos a que o recolhimento se referia (como disposto no artigo 830 da CLT -
clique aqui).
O relator explicou que não existe norma específica que discipline o preenchimento da guia de recolhimento das custas processuais no Judiciário trabalhista. O artigo 790 da Consolidação das Leis do Trabalho apenas atribui ao TST a incumbência de expedir instruções sobre o assunto.
Ainda segundo o ministro, desde a edição da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, em 6 de abril de 2006, não se exige mais que a guia DARF contemple todos os requisitos previstos nos provimentos anteriores. Desse modo, há liberdade para o juiz avaliar se a ausência de um dos requisitos compromete ou não a prática do ato processual.
Portanto, afirmou o relator, na medida em que há comprovação nos autos de que, na guia DARF e no comprovante de pagamento, constam o nome das partes, o CNPJ da empresa, código da Receita Federal, o valor das custas fixado na sentença e a data do recolhimento dentro do prazo legal, é dispensável a falta do número do processo no campo nº 05, destinado ao "número de referência", como exigido pelo Regional. Até porque, constatou o ministro Levenhagen, o número do processo constava no campo nº 01.
Além do mais, concluiu o relator, a SDI-1 do TST tem considerado dispensável a autenticação da guia DARF quando se tratar de documento emitido e pago via internet (eletronicamente).
Assim, a 4ª turma decidiu, por unanimidade, afastar a deserção do recurso ordinário da empresa e garantir a análise da matéria pelo TRT catarinense.
Processo Relacionado : RR – 2752/2005-031-12-00.0 -
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DIREITO: OAB requer a TJ baiano que pare de "represar" processos fora da Meta 2

Da OAB Nacional
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, encaminhou hoje (12) ofício à presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargadora Silvia Zarif, para requerer que seja recomendado aos magistrados do Estado o julgamento dos processos ajuizados posteriormente ao ano de 2005, sem prejuízo do cumprimento da Meta 2, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A medida foi tomada após as denúncias, feitas esta semana, durante a última sessão plenária da OAB, de que os juízes do Estado estariam dando clara preferência ao julgamento de processos ajuizados até 2005, visando exclusivamente ao cumprimento da Meta 2 e represando os processos ajuizados posteriormente a esta data.
"Demasiadamente imbuídos na observação dessa diretriz - cumprir a meta do CNJ -, os juízes relegam a momento futuro e incerto a apreciação de outros processos que, embora aptos ao proferimento de sentença ou à adoção de medidas acautelatórias, não estão incluídos na referida meta", afirma a OAB no documento.

DIREITO: Julgamento da extradição de Battisti é suspenso e será desempatado pelo ministro presidente

Em virtude da ausência de alguns ministros da Corte ao final do julgamento, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, encerrou a sessão sem apresentar seu voto de desempate no processo de Extradição (EXT) 1085, de Cesare Battisti. Antes disso, porém, o Plenário rejeitou argumentos da defesa de que não caberia voto de desempate na matéria e que o empate (4 votos a 4) deveria beneficiar o extraditando, nos moldes do que ocorre quando há empate em habeas corpus. O ministro Gilmar Mendes deverá retomar o julgamento na próxima quarta-feira (18).
Em voto-vista apresentado na sessão de hoje, o ministro Marco Aurélio sustentou nesta quinta-feira (12), no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ato do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder refúgio ao ativista italiano de tendência esquerdista Cesare Battistti, condenado em seu país à pena de prisão perpétua pela suposta prática de quatro homicídios entre 1977 e 1979, foi um “ato hígido” (correto).
“Tenho como hígido o ato de refúgio”, afirmou o ministro, ao trazer de volta ao Plenário o pedido de Extradição, em que o governo italiano pede a entrega de Battisti. Marco Aurélio disse entender que se trata claramente de crime político, que os crimes de assassinato a ele imputados já prescreveram e, além disso, que não cabe ao Judiciário julgar o ato do Executivo que concedeu o refúgio.
O julgamento do processo foi iniciado em 9 de setembro deste ano, quando Marco Aurélio pediu vista, alegando que queria estudá-lo mais detidamente. Naquele momento, quatro ministros foram favoráveis ao deferimento do pedido de extradição: o relator, Cezar Peluso, e os ministros Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie; enquanto três foram contrários: Cármen Lúcia e Eros Grau votaram pela extinção do processo e Joaquim Barbosa pela prejudicialidade do pedido de extradição.
O processo voltou a Plenário quando faltavam os votos do próprio ministro Marco Aurélio e do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. Os ministros Celso de Mello e Dias Toffoli declararam-se suspeitos e não participaram da votação.
Crime político
O ministro Marco Aurélio citou longamente trechos da sentença em que a Justiça italiana condenou Battisti à prisão perpétua, para sustentar que a própria sentença mostra que os crimes de que Battisti é acusado têm caráter político. Tanto que, segundo o ministro Marco Aurélio, o texto da sentença afirma 34 vezes que os crimes por ele praticados tiveram o objetivo de “subverter a ordem do Estado”.
Ele citou, também, diversas manifestações acaloradas de representantes do governo italiano diante da concessão de refúgio a Battisti para observar que elas demonstram que as próprias autoridades do governo italiano atribuem tanta importância ao caso, justamente por considerá-lo um caso político.
Para votar contra a extradição, Marco Aurélio se fundamentou no inciso LII do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, segundo o qual “não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião”.
Da mesma forma, segundo ele, o próprio tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália, em 1989, prevê, em seu artigo 3º, item 1, alínea “e”, que a extradição não será concedida se a parte requerida considerar crime político o fato pelo qual é pleiteada”. Dispõe, além disso, que “a natureza do crime é definida pelo governo requerido (brasileiro), e não pelo requerente da extradição”.
Asilo e refúgio
“Foi a partir desse panorama fático que atuaram o governo Mitterrand e o governo Luiz Inácio Lula da Silva, não fechando os olhos à circunstância de Battisti (nascido em 18 de dezembro de 1954), então um jovem idealista com 22 anos à época do primeiro homicídio, de 1977, haver-se engajado em movimento de insurreição contra o então regime italiano”, sustentou Marco Aurélio.
“Como fulminar, olvidando todos esses aspectos constantes na decisão condenatória, o refúgio concedido, invadindo-se área reservada ao Executivo – a política internacional-, quando outra não foi a motivação para as práticas criminosas referidas senão subverter a ordem estatal, como repetido, por 34 vezes ao todo, na sentença condenatória?, questionou.
Refúgio elide extradição
O ministro Marco Aurélio disse que a concessão de refúgio torna impossível a extradição. Ele citou, fundamentando sua afirmação, o artigo 33 da Lei 9.474/1997, que define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados. Segundo esse dispositivo, “o reconhecimento da condição de refugiado obstará o seguimento de qualquer pedido de extradição baseado nos fatos que fundamentaram a concessão de refúgio”.
“Ao Judiciário, ainda que na palavra do Supremo, não compete a prática de ato estrito de soberania que é o circunscrito à condição desta ou daquela política internacional”, observou o ministro, enquadrando a concessão de refúgio nesta categoria e lembrando que o ministro da Justiça praticou o ato com a concordância do presidente da República, a quem é subordinado . “Implementá-la cumpre ao Presidente da República, privativamente, conforme previsão explícita”, afirmou, citando o disposto no artigo 84 da Constituição Federal, que trata das atribuições do presidente da República.
Prescrição
Ao sustentar a prescrição dos crimes imputados a Battisti, o ministro Marco Aurélio lembrou que a sentença condenatória italiana foi prolatada em 13 de dezembro de 1988 e que, desde então, não houve interrupção do prazo de prescrição, porque a prisão preventiva (Battisti está preso para fins de extradição) não interrompe o prazo.
O ministro Marco Aurélio concluiu seu voto afirmando: “É crime político, e não podemos incluir na Carta da República exceção nela não contemplada, afetando a vida da pessoa. Entendo prescrita a persecução executória. O Supremo não pode adentrar o campo dedicado ao Presidente da República para que proceda desta ou daquela forma, na política internacional”.
Suspensão do julgamento
Devido à falta de quorum ao final do julgamento, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, encerrou a sessão sem apresentar seu voto, que deverá desempatar o julgamento.

ARTIGO: O meu apagão e o seu

Quais os maiores desastres de comunicação do governo George W. Bush? Um com lugar cativo no alto do pódio é o furacão Katrina, quando o presidente projetou uma imagem de distanciamento. Outro vistoso no portifólio é a cerimônia no convés do porta-aviões Abraham Lincoln, em maio de 2003, quando Bush discursou tendo atrás dele um banner com “Mission Accomplished” (missão cumprida), referência ao fim das principais operações de combate na Guerra do Iraque.
O Katrina virou símbolo de insensibilidade diante do sofrimento humano. O “missão cumprida” tornou-se ícone de como o excesso de marketing acaba atrapalhando, quando a realidade vem colocar dúvidas sobre a verossimilhança do palavrório. Tecnicamente, Bush podia mesmo dizer que a guerra de alta intensidade tinha acabado. O problema foi que depois veio uma de baixa intensidade. E o “Mission Accomplished” virou motivo de chacota.
Ao enfrentar o apagão da noite de terça-feira, e descontada a proporção dos fatos, o governo Luiz Inácio Lula da Silva dá sinais de querer combinar os dois erros.
Há um “efeito Katrina”. Os porta-vozes governistas estão mais preocupados em explicar por que o apagão de Lula é diferente dos de Fernando Henrique Cardoso. E não em pelo menos simular que a prioridade é com a segurança e o conforto dos cidadãos, suas famílias e seus negócios. E há um “efeito missão cumprida”, já que o governo vinha dizendo, insistentemente, que fato como esse não mais iria ocorrer.
É o risco que Lula corre. O triunfalismo virou peça permanente da sua retórica. E o triunfalismo tem seus problemas. Ele passa razoavelmente ileso pelos “pequenos” transtornos (como o número de mortos pela gripe suína), especialmente quando mascarados pelas boas notícias que saem da linha de produção. Mas se tem um apagão —e que apagão!— o contraste entre o discurso e a realidade fica evidente demais.
Ainda que Lula possa ter razão quanto às diferenças entre o apagão dele e os de FHC. E ainda que Bush estivesse realmente certo quanto ao fim das grandes operações de guerra no teatro iraquiano.
Quem está interessado em saber se o apagão de Lula é melhor ou pior que os de FHC? Petistas, tucanos e agregados em cada um dos dois lados. Além, naturalmente, da turma que espera por uma beirada no Orçamento, ou pela nomeação para um cargo de confiança, a partir de 2011, conforme quem levar vantagem na urna.
O resto do país está mais ocupado em entender como o governo vai fazer para evitar que se repita. Quer saber as iniciativas que vão ser tomadas (e que já foram tomadas) para aumentar a confiabilidade do sistema. Que é inconfiável, óbvio. E as pessoas querem saber também por que aconteceu. E se poderia ter sido evitado. Neste último caso, vão querer o nome de quem vai pagar o pato, politicamente falando.
Assim é que funciona. Ou deveria funcionar. Não dá para Lula querer enfrentar o assunto na base do “meu apagão não é tão grave quanto foi o seu” ou do “deixem comigo, pois meu governo tem 70-80% de aprovação e eu sei o que estou fazendo”. Ou do “eu fiz o máximo, não encham”. Não é assim que funciona na democracia. Ou não deveria ser.
Imprevistos levam esse nome não à toa. Quando finalmente acontecem, vêm os sabichões de todos os tipos para explicar por que o desastre era absolutamente previsível. São os engenheiros de obra feita.
Existem, por exemplo, as mais variadas teorias conspiratórias sobre o 11 de setembro de 2001, e as investigações posteriores levantaram falhas decisivas para que o ataque ao World Trade Center tenha tido sucesso.
Mas o fato é que George W. Bush cumpriu sua missão como presidente dos Estados Unidos ao deixar o governo, sete anos e alguns meses depois, sem que o país fosse vítima de mais nenhum atentado terrorista.
O abastecimento pátrio de energia elétrica expôs terça-feira sua grande fragilidade. Como ela vai ser enfrentada? É só isso que o país quer saber.
Alon FeuerwerkerBrasília, DF - Brasil

MERCADO FINANCEIRO: Dólar sobe pelo terceiro dia seguido e fecha em R$ 1,739

Do UOL
Da Redação, em São Paulo

A cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,99%, a R$ 1,739 na venda. Foi o terceiro dia consecutivo de valorização. Apesar do avanço, a perda acumulada da moeda no mês é de 0,97%, enquanto no ano ainda é de mais de 25%.

Bovespa operava, às 18: 14, de Brasília, em baixa de 2,99%, aos 64.447,93 pontos.

POLÍTICA: Serra rejeita pressão e enquadra o DEM

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

O governador tucano de São Paulo, José Serra, deu um “chega-prá-lá” humilhante no DEM, há dias, quando foi pressionado a definir sua candidatura presidencial. Disse à cúpula do Democratas que administra seu tempo como achar melhor, que não aceita pressão e que só a ele cabe a decisão de disputar ou não a sucessão de Lula. “Quem quiser me acompanhar terá de se adequar a isso ou cai fora”, advertiu.

DIREITO: Ministro determina retorno de juíza ao TJ

Do POLÍTICA LIVRE

Ministro Eros Grau concedeu a pouco liminar determinado o retorno da juíza Janet Fadul. Ela havia sido afastada pelo Tribunal da Justiça da Bahia pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sob alegação de suspeita de venda de sentença.

GERAL: Itesp diz que ações de sem-terra têm motivação política

Do POLÍTICA HOJE
O diretor executivo da Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp), Gustavo Ungaro, disse na quarta-feira que a intensificação das invasões de terras no Estado sinaliza sobretudo intenções políticas. "A nova onda de mobilizações revela a manutenção da estratégia norteadora das ações políticas dos movimentos de sem-terra, inclusive com situações de violência, ações destrutivas de instalações físicas e cultivos", observou. "Medidas reivindicatórias próprias do jogo democrático são desprezadas em prol de atitudes que colocam em risco vidas humanas."
Sem citar o nome do líder dissidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) José Rainha, que está à frente da onda de ocupações, o diretor do Itesp afirmou que ele não tem credenciais para debater a reforma agrária, uma vez que, segundo ele, explora os conflitos com finalidades eleitorais. "São frequentes suas entrevistas defendendo uma certa candidatura presidencial e atacando o governo paulista. Agindo como cabo eleitoral declarado e desautorizado pelo próprio movimento a que diz pertencer, está completamente descredenciado para debater a reforma agrária", disse Ungaro. Ao comentar ontem os resultados da pesquisa do Nera - que apontou aumento de 88,8% no número de ocupações no primeiro semestre deste ano em São Paulo, em comparação com o mesmo período do ano passado -, Rainha atribuiu a causa do aumento das invasões ao que chamou de "incompetência" do governo de José Serra (PSDB). "O governo do Serra não fez nada pela reforma agrária", disse, endereçando a crítica ao Instituto de Terras do Estado de São Paulo. "O Itesp está numa paralisia total." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

POLÍTICA: Ex-deputados querem aposentadoria especial

Do BAHIA NOTÍCIAS

Cinco ex-deputados estaduais (Robério Nunes, Maria José Rocha, Jayme Vieira Lima, Geraldo Ramos e Marcos Bironi) já entraram na fila para obter aposentadoria especial a ser paga com recursos dos cofres públicos baianos. Eles ingressaram com requerimentos na Assembleia Legislativa e no Tribunal de Justiça da Bahia, a fim de assegurar o salário integral de parlamentares que estão na ativa. Essa movimentação tem base legal. Está fundamentada em lei aprovada pelo Poder Legislativo, que ficou conhecida como PEC Luciano Simões. O texto aprovado da emenda constitucional (N° 116/2009) assegura aos deputados com mais de dez anos de atividade, desde que sejam concursados pelo estado, a sonhada estabilidade salarial recebendo R$ 12,5 mil, valor a ser sempre equiparado com os ganhos de um deputado da ativa. Se o ex-deputado é professor e ganha hoje R$ 3 mil, passará a ter o salário integral de deputado e vantagens adicionais (penduricalhos). A emenda de autoria de Luciano Simões (PMDB) foi assinada em junho de 2009, por 58 dos 63 parlamentares da Casa. Vai beneficiar, além do próprio autor, o presidente da Assembléia, Marcelo Nilo (PSDB), o líder do Governo, Waldenor Pereira (PT) e o relator da matéria, Gilberto Brito (PR), que estão entre os 25 deputados baianos que são servidores públicos e num futuro próximo, poderão se beneficiar também. Com informações da Rádio Metrópole.

SAÚDE: Itabuna - dengue causa situação de emergência

Do BAHIA NOTÍCIAS

Os inúmeros casos de dengue forçaram a Prefeitura de Itabuna, no sul do estado, a decretar situação de emergência depois da divulgação do mais recente Levantamento de Índices Rápidos de Aedes aegypti (Liraa). Com uma infestação de quase 11%, a cidade está muito acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que é de apenas 1%. A cidade corre sérios riscos de sofrer com mais uma epidemia. Após a sanção do decreto por parte do prefeito Capitão Azevedo, a Defesa Civil também foi convocada a concentrar trabalhos no município. Além disto, o decreto permite maior rapidez na liberação de verbas dos governos estadual e federal para o combate à doença

SAÚDE: Bahia tem nova morte por meningite confirmada

Do BAHIA NOTÍCIAS

Morreu nesta quarta no Hospital Couto Maia a 42ª vítima da meningite meningocócica na Bahia. Trata-se de um menino de 4 anos de idade, que estava em um hospital de Camaçari mas foi transferido para o centro de referência em Salvador. Mesmo assim, ele não conseguiu resistir à seriedade da doença e morreu pela tarde. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ele freqüentava uma escola em Vilas de Abrantes em que já houve outros casos confirmados da doença, inclusiva com uma criança morta. O garoto apresentou estado grave pela manhã,quando foi levado ao hospital de Camaçari, mas o médico plantonista, após examinar a criança, a liberou por constatar que não havia nada sério, segundo o pai.

HUMOR

Do blog do NOBLAT

Charge - Neo

ARTIGO: Os outros apagões

Do O Estado de São Paulo

De Celso Ming:

Todo apagão cria insegurança. O romano Catulo, no século 1º antes de Cristo, transmitiu assim esse sentimento: "Uma vez apagada a luz, some a confiança (sublata lucerna nulla est fides)."
O problema é que o apagão elétrico, que tanto exacerba o imaginário nacional, não é o maior que vive a sociedade brasileira. O Brasil é hoje um repositório de apagões que, no entanto, não mobilizam a energia nacional como mobiliza o elétrico. E isso é ruim porque mostra a inconsciência com que se lidam os problemas nacionais.
A questão educacional é um apagão à parte. O jovem não obtém preparo no sistema de educação e ensino nem para a vida profissional nem para o exercício de cidadania para o qual é chamado. E isso sobrecarrega as empresas brasileiras com programas de treinamento.
O sistema judiciário é outro problema. Uma simples solução de conflito demora anos e anos, exige depósitos judiciais e cria ainda mais insegurança sobre as regras de jogo na economia.
Quando lembra que "no Brasil até o passado é incerto", o ex-ministro Pedro Malan se refere não só à demora no cumprimento das decisões judiciais e aos esqueletos que se acumulam insepultos, mas também aos critérios ambíguos pelos quais se guiam os magistrados. E há os apagões do sistema meia-boca de saúde e dos dramas diários da nossa segurança pública.
Na área política, eles são incomensuráveis. Há anos se fala em reforma política, em voto distrital, em regras de fidelidade partidária e em financiamento racional de campanha eleitoral.
São projetos que não são votados nunca. E, omissão após omissão, o patrimônio do Estado vai sendo apropriado por interesses privados. Mas, nesse âmbito, o apagão maior é o apagão da oposição, que não tem discurso, não tem projeto, não tem opinião formada sobre nenhum assunto relevante.
O setor de infraestrutura é, por si só, um concentrador de apagões. Os portos brasileiros, por exemplo, estão emperrados pelo atraso, pela burocracia e pela irracionalidade. Os quilômetros de filas de caminhões na rodovia que liga a cidade de Curitiba ao Porto de Paranaguá, a BR-277, são suficientes para dar uma ideia do que é isso.
Há alguns meses, o País ficou à mercê dos controladores de voo, sem que, de lá para cá, nenhuma solução definitiva tenha sido implantada nos nossos aeroportos, há muito ultrapassados. A qualidade das estradas brasileiras é o que é. O sistema de telefonia não faz os investimentos necessários para dotar o Brasil de um serviço moderno de comunicações.
Qualquer um sabe o que são os juros na ponta do crédito. O que é difícil aí é distinguir o que é apagão financeiro e o que não passa de prática de agiotagem pura e simples. Afinal, juros a 240% ao ano, como são impostos pelas empresas administradoras de cartões de crédito, ou os 160% ao ano cobrados no cheque especial, o que são?
E não é preciso dizer o que é a carga tributária no País, o que é a irracionalidade do sistema previdenciário, que hipoteca o futuro do trabalhador e do servidor público, o que são as regras do sistema sindical e trabalhista.
Um verso de William Shakespeare diz muita coisa sobre o que aconteceu aqui na noite de terça-feira: "Não há escuridão; há ignorância." Diante de tantos apagões que prevalecem no Brasil, talvez o maior deles seja o apagão da inconsciência.

MUNDO: Espanha: Igreja nega comunhão a deputados que aprovarem o aborto

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

Os deputados espanhóis que votarem a favor do projeto de lei do aborto “não poderão comungar”. A informação foi divulgada nesta quarta (11) pelo secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola, Juan Antonio Martinez Camino. Segundo ele, os parlamentares que apoiarem a iniciativa “estarão objetivamente no pecado”. O projeto de lei socialista, que é examinado no parlamento, contempla a possibilidade de abortar livremente com até 14 semanas de gestação. De acordo com a proposta, menores de 16 e 17 anos poderão abortar sem o consentimento nem informação prévia dos pais. O projeto, aprovado no dia 26 de setembro pelo governo, está sendo debatido no Parlamento e é inspirado na legislação em vigor na maior parte dos países da União Europeia.

GERAL: Para Forbes, Lula é o 33º ‘mais poderoso’

Do blog do CLÁUDIO HUMBERTO

Segundo a revista americana Forbes, o presidente Lula é a 33ª pessoa mais poderosa do mundo. A pessoa mais poderosa do mundo é o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguido pelos presidente da China, Hu Jintao, e pelo primeiro-ministro e ex-presidente russo Vladimir Putin. A revista justifica a escolha de Lula como 33º de sua lista dizendo que ele "governa o maior produtor de alimentos do mundo, o maior exportador de açúcar, de suco de laranja, de café, de carne e de frango".

DIREITO: Ministério Público abre investigação sobre o apagão

Do POLÍTICA HOJE

O Ministério Público Federal (MPF) está requisitando informações a órgãos públicos para apurar as causas e os responsáveis pelo apagão da noite da terça-feira (10). O Ministério de Minas e Energia, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o ONS (Operador Nacional do Sistema) e a Usina de Itaipu devem enviar em até 72 horas ao procurador da República Marcelo Ribeiro de Oliveira, responsável pela investigação, todos os documentos produzidos sobre o apagão para que sejam analisados. Marcelo Ribeiro quer investigar também se o governo dispunha de um plano de contingência, com medidas destinadas a evitar a interrupção no fornecimento de energia. Do site UOL Notícias.

GERAL: Cartel da Abrinq

De O FILTRO
Depois de três anos de investigação, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) e seu presidente, Synésio Batista da Costa, podem ser condenados por induzir o mercado nacional de brinquedos a formar um cartel na importação de produtos da China. Quem investigou o caso foi a Secretaria de Direito Econômico (SDE), ligada ao Ministério da Justiça, que vai agora recomendar a condenação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como explica a Folha, a prática de cartel traz prejuízos diretos ao consumidor, pois elimina a concorrência, provocando aumento de preços no mercado. A denúncia contra a Abrinq e Costa foi apresentada à SDE, em 2006, pela Mattel do Brasil, subsidiária da multinacional americana que comercializa brinquedos fabricados principalmente na China. Em uma das principais provas contra a Abrinq, a gravação de uma reunião, a associação teria sido flagrada em prática clara de cartel ao propor fixação de cotas fixas individuais por importador, o estabelecimento de preços mínimos para as importações e a criação de barreiras à entrada no mercado de novos concorrentes.

ECONOMIA: O maior do Brasil

De O FILTRO
O Banco do Brasil lucrou menos do que o Itau Unibanco, mas manteve-se na liderança do ranking das instituições financeiras nacionais. Pelo menos com os resultados até setembro. O BB fechou o terceiro trimestre do ano com um total de ativos de R$ 685,684 bilhões. O Itaú-Unibanco tinha R$ 596,387 bilhões. O BB cresceu 49,6% em 12 meses, informa o G1.

GESTÃO: Raios contestados

De O FILTRO
Passadas 20 horas do apagão, o governo deu uma explicação para ele que parece não ter convencido. Uma tempestade com muitos raios, na região da cidade de Itaberá, no sul de São Paulo, teria sido a responsável pela queda de uma linha de transmissão, que, num efeito dominó, derrubou mais duas. Sem as três linhas, segundo o governo, 40% da energia do país foi desligada, deixando no escuro 18 Estados. No entanto, especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contradizem a versão e afirmam que, embora tenha sido registrada uma tempestade na região de Itaberá por volta das 22h15, nenhuma descarga elétrica foi detectada perto das linhas de transmissão. O Estadão conta que, mesmo que um raio tivesse atingido diretamente a rede, ele precisaria ser quatro vezes mais forte do que o registrado para derrubar a linha. Para o coordenador do Inpe, Osmar Pinto Junior, é muito provável que uma falha técnica tenha causado o blecaute e, como ele ainda não foi identificado, é grande a chance de novos problemas acontecerem, informa o G1. O apagão caiu como bomba no Palácio do Planalto, segundo O Globo. Irritado com informações desencontradas dadas ao longo do dia por seus ministros e preocupado em blindar a ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, contra ataques da oposição, o presidente Lula ordenou a integrantes do governo e líderes da base aliada no Congresso que deixassem claras as diferenças entre o blecaute de 2001, que desgastou a administração tucana de Fernando Henrique Cardoso, e o de agora. A oposição, que andava meio apática a poucos meses do início da campanha eleitoral, criticou o sistema de energia e lembrou que, há duas semanas, Dilma havia dito que o Brasil não sofreria mais apagões.
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