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POR RENNAN SETTI
Segundo analistas, fluxo de recursos para o país explica queda do dólar
- Kiyoshi Ota / Bloomberg
RIO - O dólar comercial registra sua terceira sessão seguida de desvalorização nesta quinta-feira, recuando 0,61% e cotado a R$ 3,047 para venda. É a menor cotação desde meados de junho de 2015. No mercado acionário, o índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 0,43%, superando a marca dos 68 mil pontos (68.272).
O dólar vem perdendo força nas últimas semanas com a entrada de recursos no país, a expectativa de uma safra recorde de soja — que também tende a deixar o fluxo positivo — e a possibilidade de aprovação de reformas econômicas. Reforça esse cenário a aprovação na Câmara dos Deputados, na quarta-feira, da reabertura do prazo para a regularização de ativos enviados ilegalmente por brasileiros ao exterior, conhecida como lei da repatriação. No ano passado, a anistia permitiu uma arrecadação de R$ 46,8 bilhões em multa e imposto ao governo.
Os analistas interpretam que o Banco Central (BC) não deve agir para frear a queda da cotação, uma vez que isso favorece a queda da inflação e corte nos juros — essencial para a retomada da economia.
Na Bolsa, o principal destaque é o setor financeiro. A ação da BM&F Bovespa dá a maior contribuição positiva para o pregão, subindo 2,25%. O Bradesco sobe 0,54%, enquanto o Banco do Brasil avança 1,22% mesmo após ter decepcionado investidores com o balanço que divulgou hoje. O BB anunciou que seu lucro líquido caiu 44,2% em 2016, para R$ 8,034 bilhões. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 963 milhões, queda de 61,6% em relação ao mesmo período de 2015, abaixo das expectativas dos acionistas.
A Vale sobe 0,92% (ON, com voto, valendo R$ 34,13) e 0,69% (PN, sem voto, a R$ 32,13). A Petrobras também avança, subindo 0,59% nas ON (R$ 16,96) e 0,63% (R$ 15,94).
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