quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

ECONOMIA: Dólar interrompe queda e fecha valendo R$ 3,08; Bolsa recua 0,4%

OGLOBO.COM.BR
POR RENNAN SETTI

Mercados externos têm dia de baixa, após maior sequência de alta em 3 anos

- Kiyoshi Ota / Bloomberg

RIO - Depois de chegar a cair até R$ 3,043 na manhã desta quinta-feira — menor cotação desde meados de junho de 2015 —, o dólar comercial apagou as perdas e fechou em alta de 0,61%, cotado a R$ 3,085 para venda. A mudança de trajetória acompanhou o movimento de menor apetite para risco nos mercados acionários, com as Bolsas americanas operando em baixa depois de cinco altas seguidas, o maior “rali” em três anos. No Brasil, o índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou a cair após a abertura dos mercados americanos, e agora recua 0,38%, aos 67.717 pontos.
— O movimento de hoje foi claramente de realização de lucros e correção, após as quedas registradas nos últimos dias — explicou Maurício Molan, economista-chefe do Santander.
— Depois de tantas quedas, o dólar está corrigindo um pouco na parte da tarde. Também houve a divulgação de dados americanos que reforçam a postura de aumento de juros nos EUA, o que impacta um pouco moedas emergentes — disse Reginaldo Galhardo gerente de câmbio Treviso Corretora.
Nas últimas semanas o dólar chamou a atenção por sua desvalorização com a entrada de recursos no país, a expectativa de uma safra recorde de soja — que também tende a deixar o fluxo positivo — e a possibilidade de aprovação de reformas econômicas. Reforça esse cenário a aprovação na Câmara dos Deputados, na quarta-feira, da reabertura do prazo para a regularização de ativos enviados ilegalmente por brasileiros ao exterior, conhecida como lei da repatriação. No ano passado, a anistia permitiu uma arrecadação de R$ 46,8 bilhões em multa e imposto ao governo.
Os analistas interpretam que o Banco Central (BC) não deve agir para frear a queda da cotação, uma vez que isso favorece a queda da inflação e corte nos juros — essencial para a retomada da economia.
Na Bolsa, o principal destaque é o setor financeiro. A ação da BM&F Bovespa dá a maior contribuição positiva para o pregão, subindo 2,25%. O Bradesco sobe 0,54%, enquanto o Banco do Brasil avança 1,22% mesmo após ter decepcionado investidores com o balanço que divulgou hoje. O BB anunciou que seu lucro líquido caiu 44,2% em 2016, para R$ 8,034 bilhões. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 963 milhões, queda de 61,6% em relação ao mesmo período de 2015, abaixo das expectativas dos acionistas.
A Vale sobe 0,92% (ON, com voto, valendo R$ 34,13) e 0,69% (PN, sem voto, a R$ 32,13). A Petrobras também avança, subindo 0,59% nas ON (R$ 16,96) e 0,63% (R$ 15,94).

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