segunda-feira, 8 de outubro de 2012

POLÍTICA: Dilma deve subir em palanques aliados em São Paulo, Manaus e Salvador no 2º turno

De OGLOBO.COM.BR

Presidente evitará se posicionar em disputas entre candidatos da base
Presidente Dilma Rousseff vota em escola de Porto AlegreMARCOS NAGELSTEIN / AFP


PORTO ALEGRE e BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff, que passou o primeiro turno evitando envolvimento direto nas disputas eleitorais, deverá atuar de forma mais agressiva nas eleições municipais. Além de gravar depoimentos para os aliados, a presidente deverá subir nos palanques dos candidatos governistas Fernando Haddad, em São Paulo, Vanessa Grazziotin (PCdoB), em Manaus, e Nelson Pellegrino (PT), em Salvador, que disputam o segundo turno com a oposição.
Mas, como fez no primeiro turno, Dilma está decidida a evitar palanques que dividem a base governista, para não deixar mágoas e ter respostas desagradáveis aos interesses do Palácio do Planalto. A presidente vai resistir a eventuais pressões do PT para participar, por exemplo, da campanha em Fortaleza, onde Elmano de Freitas (PT) concorrerá com Roberto Cláudio (PSB).
No primeiro turno, a presidente acabou participando das campanhas de Haddad, em São Paulo, depois que a candidatura ganhou força e deu indicações de que iria ao segundo turno, e de Patrus Ananias, em Belo Horizonte. Na capital mineira, embora o PT disputasse com o PSB, Dilma foi a um comício de Patrus, em resposta ao apoio do PSDB a Márcio Lacerda.
No RS, Dilma não declara voto
Neste domingo, após votar em Porto Alegre, fez questão de destacar que as eleições municipais reforçam a democracia. Para não gerar atrito numa cidade onde três candidatos eram de partidos aliados ao governo federal, Dilma preferiu defender o voto em Fernando Haddad.
— Vamos combinar, né, gente, o voto é secreto. Eu sou presidente, mas aqui estou exercendo minha condição de cidadã. Vocês têm que entender uma coisa: aqui os três candidatos são da minha base. Em São Paulo, eu não votei lá, mas votaria no Haddad — disse a presidente, que também relembrou a importância do direito de escolha do eleitor: — Sou da geração que não votou e é importante (lembrar), mesmo quando a memória individual das pessoas vai se dissolvendo, porque muita gente no Brasil já nasceu na democracia. Nós reiteramos que esse país é uma democracia estável, com regras, respeito aos direitos das pessoas, especialmente com essa imensa festa que é escolher quem vai dirigir sua própria cidade, escolher quem vai dirigir Porto Alegre.
Sob forte calor, Dilma deixou sua residência na Zona Sul da capital gaúcha e foi votar às 09h30 da manhã, no Colégio Estadual Santos Dumont.
A presidente barrou a participação dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre na comitiva que a acompanhou durante a votação. A presidente quis evitar constrangimentos. A maior insistência se deu por parte do PT, que solicitou até o último minuto que o candidato Adão Villaverde pudesse acompanhar o grupo que participou do ato com a presidente. Apesar de ter permitido a companhia do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do ex-governador Olívio Dutra e do ex-prefeito da capital Raul Pont (PT), Dilma foi clara em seu recado: se um candidato fosse acompanhá-la, então todos teriam o direito de fazê-lo.
A calculada distância que Dilma manteve da disputa na capital gaúcha se justifica: havia um candidato petista, a presidente é amiga do prefeito reeleito José Fortunati (PDT) e tem simpatia por Manuela D'Ávila (PCdoB).

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