segunda-feira, 17 de agosto de 2015

ECONOMIA: Após voltar aos R$ 3,50, dólar comercial perde força e é negociado a R$ 3,47

OGLOBO.COM.BR
POR ANA PAULA RIBEIRO

No mercado de ações, desempenho de bancos evita queda do Ibovespa
- Xaume Olleros / Bloomberg News

SÃO PAULO - O dólar comercial no Brasil se descolou do movimento externo e agora opera em queda. Às 12h22, a moeda americana era negociada a R$ 3,468 na compra e a R$ 3,470 na venda, leve desvalorização de 0,37% ante o real. Na primeira hora de negociação, chegou a R$ 3,506. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está praticamente estável. O índice de referência, o Ibovespa tem leve variação positiva de 0,01%, aos 47.513.
Na avaliação de Italo Abucater, gerente de câmbio da corretora Icap do Brasil, a desvalorização do dólar ocorre devido a um fluxo de venda de contratos de câmbio por estrangeiros. Ele acredita que, após o término desse movimento, a divisa deve voltar a ficar mais perto dos R$ 3,50.
— Há um fluxo de venda de estrangeiros e como o volume está baixo, qualquer movimento faz a cotação recuar. Mas isso vai se normalizar no curto prazo — disse.
Na avaliação de Ricardo Gomes da Silva, analista da Correparti Corretora de Câmbio, os investidores irão analisar quais os possíveis efeitos dos protestos sobre o cenário político e econômico, e isso deve influenciar nos preços dos ativos dos mercados financeiros.
Ele lembra que apesar da presidente Dilma Rousseff ter conseguido algum fôlego após o acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), na terça-feira já será retomada a discussão e votação do projeto que aumento a remuneração dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o que pode pressionar ainda mais as contas públicas. “Nesse cenário e após o recuo da última sexta-feira, o dólar comercial deverá operar na estabilidade, mantendo o viés de alta. O ambiente de incertezas deverá continuar privilegiando a moeda estrangeira como proteção”, disse.
O “dollar index”, que é calculado pela Bloomberg e mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de dez moeda, registra alta de 0,36%.
BANCOS SEGURAM BOLSA
A Bolsa opera pressionada pela queda das ações de maior liquidez e peso na composição do Ibovespa, mas o setor bancário, que tem peso relevante, impede a queda do índice. Os papéis do Itaú Unibanco registram valorização de 1,19% e os do Bradesco têm leve variação positiva de 0,08%. Já os papéis do Banco do Brasil estão estáveis.
Os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras recuam 0,32%, cotados a R$ 9,27. Já os ordinários (ONs, com direito a voto) registram pequena valorização de 0,09%, a R$ 10,36. No caso da Vale, as preferenciais sobem 0,20% e as ordinárias caem 0,165.
No exterior, o pregão também é de perdas. O DAX, de Frankfurt, tem queda de 0,71%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, ten valorização de 0,27%. No caso do FTSE 100, de Londres, há uma pequena queda de 0,12%. Nos Estados Unidos, os índices operam em alta. O Dow Jones sobe 0,24% e o S&P 500 registra variação positiva de 0,18%.

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