sexta-feira, 5 de outubro de 2018

ECONOMIA: Dólar recua 1% e fecha a R$ 3,858; Bolsa tem queda de 0,54%

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Ibovespa acumula ganhos de 3,75% na semana

Queda do dóalr é influenciada pelos resultados das pesquisas de intenção de voto Foto: Atta Kenare / AFP

SÃO PAULO e RIO — O otimismo com as pesquisas de intenção de voto e dados mais fraco de emprego nos Estados Unidos fizeram o dólar comercial fechar em queda de 1%, com a moeda cotada a R$ 3,858. Já o Ibovespa, principal índice do mercado acionário local, recuou 0,76%, aos 82.321 pontos, mas com ganhos de 3,75% na semana.
Na avaliação de Julio Hegedus Netto, economista-chefe da consultoria Lopes & Filho, o recuo do dólar está atrelado ao dado mais fraco de emprego nos Estados Unidos. O número de vagas criadas em setembro ficou em 134 mil postos, ante os 188 mil esperados. Isso tira a pressão para um movimento mais forte de alta dos juros por parte do Federal Reserve (Fed, o BC americano). 
— O dólar ficou mais fraco com os dados de emprego. Ficaram abaixo do esperado. Isso deve fazer com que sejam feitas só as quatro altas no ano — disse. A próxima elevação deve ocorrer em dezembro. 
Internamete, os investidores repercutem os dados das pesquisas eleitorais. O Datafolha, divulgado na noite de quinta-feira, mostrou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) com 35% das intenções de voto. O segundo colocado, Fernando Haddad (PT), está com 22%.
De forma geral, os agentes do mercado financeiro têm sido mais favoráveis aos avanços do candidato do PSL, por considerá-lo mais alinhado com a necessidade de reformas econômicas, como a tributária e a da Previdência.
"A nova pesquisa fará com que o mercado local ignore o cenário externo e os dados de inflação. Com isso, esperamos um dia de forte alta na Bolsa e queda para o dólar", indicou, em nota, a Levante Investimentos no início dos negócios.
No exterior, o “dollar index”, que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, registrava queda de 0,11% próximo ao horário de encerramento dos negócios no Brasil.
Ajuste na Bolsa
Após uma semana de ganhos fortes, é natural um movimento de realização (venda de ações para embolsar os lucros da operação) por parte dos investidores, segundo explicou Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor, ao comentar a queda do Ibovespa nesta sexta-feira.
— É natural esse ambiente de realização. Além disso, lá fora, o pregão é de perdas. É um pregão mais de acomodação e de daytrade (compra e venda no mesmo dia) — disse.
Entre as ações mais negociadas, as preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras caíram 0,25% e as ordinárias (ONs, com direito a voto) tiveram recuo de 0,37%. No caso dos bancos, de maior peso no índice, o pregão também foi de perdas. As PNs do Itaú Unibanco e do Bradesco caíram, respectivamente, 0,78% e 1,72%. Os papéis do Banco do Brasil, no entanto, foram na contramão, com alta de 1,77%. 
Entre as altas, as ordinárias da Eletrobras subiram 1,53%. A maior alta entre os papéis do índice, no entanto, foi registrada pela Cemig, que subiu 7,20%, com a expectativa de privatização da empresa.
Fora do índice, um dos destaques de alta foram as ações da Forjas Taurus, que fecharam em alta de 46,44% nas ordinárias e de 12,45% nas preferenciais. A fabricante de armas tem se beneficiado do cenário eleitoral, já que uma das bandeiras do candidato do PSL é o fim do estatuto do desarmamento.

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