De O GLOBO
Chico de Gois e Fabio Fabrini
Reuters, Agência Senado e Valor Online
BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), anunciou nesta segunda-feira que o partido vai solicitar uma audiência pública com a presença do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, para que eles prestem esclarecimentos sobre as denúncias de corrupção e superfaturamento de obras envolvendo esse ministério. O requerimento será apresentado à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). A presidente Dilma Rousseff recebeu o ministro, e, depois de ouvir mais explicações, mandou a Secretaria de Imprensa divulgar uma nota na qual manifesta confiança em seu auxiliar.
Já o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), considerou insuficiente as medidas adotadas pelo governo de afastar a cúpula do Ministério dos Transportes e abrir sindicância interna para apurar a existência de um esquema de corrupção que envolvia o pagamento de propina. Nogueira disse que o episódio merece uma investigação "profunda". O partido ainda estuda apresentar uma representação ao Ministério Público para pedir a abertura das investigações. Além disso, encaminhará um requerimento para Polícia Federal e um pedido de auditoria especial para o Tribunal de Contas da União (TCU).
A convocação do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, para comparecer nas comissões temáticas da Câmara e esclarecer se o órgão já tinha detectado irregularidades na área também não está descartada
- Estamos também avaliando, junto à assessoria jurídica do PSDB, se é o caso de pedir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) - acrescentou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta segunda-feira , durante o velório de Itamar Franco , que as medidas tomadas pelo governo federal em relação às denúncias de superfaturamento no Ministério dos Transportes são insuficientes.
- São muito graves as denúncias para ficar só no afastamento. É preciso que haja uma investigação profunda e há instrumentos para isso - afirmou Aécio, citando o Ministério Público.
O ex-ministro da Integração Nacional e ex-deputado federal pelo PSB, Ciro Gomes, disse nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff deveria afastá-lo devido ao suposto esquema de superfaturamento e propina em obras públicas. Questionado se a presidente deveria proceder como Itamar Franco, que durante seu governo afastou o chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves, temporariamente, Ciro respondeu:
- Eu, se fosse ela, o faria.
Ciro participou também nesta tarde do velório do ex-presidente Itamar Franco no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, ao lado de Dilma, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do ex-governador de São Paulo José Serra, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do governador de Minas, Antonio Anastasia, além de outras autoridades.
Dilma emite nota de apoio ao ministro dos Transportes
Antes de embarcar para Belo Horizonte, onde acompanhará a cerimônia fúnebre de cremação do corpo do ex-presidente Itamar Franco, a presidente Dilma mandou divulgar uma nota na qual manifesta confiança em seu auxiliar.
Apesar do encontro desta manhã, uma nova reunião deve ser realizada na tarde desta segunda-feira e, segundo assessores do Palácio do Planalto, haverá outros ministros, além de Nascimento.
De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, caberá ao próprio Nascimento promover a investigação de denúncias de que a cúpula do ministério sob seu comando promovia sobrepreço nas licitações e cobraria propina entre 4% e 5%, o que garantia às empresas aditamentos dos contratos.
"O governo manifesta sua confiança no ministro Alfredo Nascimento", diz o texto lido por uma assessora. "O ministro é o responsável pela coordenação do processo de apuração das denúncias feitas contra o Ministério dos Transportes", conclui.
No final de semana, Dilma afastou o chefe de gabinete de Nascimento, Luiz Tito Bonvini, o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, ligado ao deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), que em 2005 renunciou ao mandato para escapar da cassação por causa de envolvimento no mensalão.
Magno Malta, líder do PR, elogia nota
O líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), disse na manhã desta segunda-feira ter recebido com satisfação a nota de apoio da presidente Dilma Rousseff.
- Ela (a nota) nos encoraja e nos alegra - disse Malta, ao chegar ao velório do ex-presidente Itamar Franco no Palácio da Liberdade.
O senador informou que, às 17h desta segunda-feira, a bancada do partido do Senado se reunirá com o ministro para pedir à Procuradoria-Geral da República e ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue o suposto esquema de superfaturamento e cobrança de propina em obras públicas.
- Queremos que a PGR e o TCU vão a fundo, até para que as pessoas de bem não vão para vala comum ( das denúncias) - disse o líder.
Já o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), considerou insuficiente as medidas adotadas pelo governo de afastar a cúpula do Ministério dos Transportes e abrir sindicância interna para apurar a existência de um esquema de corrupção que envolvia o pagamento de propina. Nogueira disse que o episódio merece uma investigação "profunda". O partido ainda estuda apresentar uma representação ao Ministério Público para pedir a abertura das investigações. Além disso, encaminhará um requerimento para Polícia Federal e um pedido de auditoria especial para o Tribunal de Contas da União (TCU).
A convocação do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, para comparecer nas comissões temáticas da Câmara e esclarecer se o órgão já tinha detectado irregularidades na área também não está descartada
- Estamos também avaliando, junto à assessoria jurídica do PSDB, se é o caso de pedir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) - acrescentou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta segunda-feira , durante o velório de Itamar Franco , que as medidas tomadas pelo governo federal em relação às denúncias de superfaturamento no Ministério dos Transportes são insuficientes.
- São muito graves as denúncias para ficar só no afastamento. É preciso que haja uma investigação profunda e há instrumentos para isso - afirmou Aécio, citando o Ministério Público.
O ex-ministro da Integração Nacional e ex-deputado federal pelo PSB, Ciro Gomes, disse nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff deveria afastá-lo devido ao suposto esquema de superfaturamento e propina em obras públicas. Questionado se a presidente deveria proceder como Itamar Franco, que durante seu governo afastou o chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves, temporariamente, Ciro respondeu:
- Eu, se fosse ela, o faria.
Ciro participou também nesta tarde do velório do ex-presidente Itamar Franco no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, ao lado de Dilma, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do ex-governador de São Paulo José Serra, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do governador de Minas, Antonio Anastasia, além de outras autoridades.
Dilma emite nota de apoio ao ministro dos Transportes
Antes de embarcar para Belo Horizonte, onde acompanhará a cerimônia fúnebre de cremação do corpo do ex-presidente Itamar Franco, a presidente Dilma mandou divulgar uma nota na qual manifesta confiança em seu auxiliar.
Apesar do encontro desta manhã, uma nova reunião deve ser realizada na tarde desta segunda-feira e, segundo assessores do Palácio do Planalto, haverá outros ministros, além de Nascimento.
De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, caberá ao próprio Nascimento promover a investigação de denúncias de que a cúpula do ministério sob seu comando promovia sobrepreço nas licitações e cobraria propina entre 4% e 5%, o que garantia às empresas aditamentos dos contratos.
"O governo manifesta sua confiança no ministro Alfredo Nascimento", diz o texto lido por uma assessora. "O ministro é o responsável pela coordenação do processo de apuração das denúncias feitas contra o Ministério dos Transportes", conclui.
No final de semana, Dilma afastou o chefe de gabinete de Nascimento, Luiz Tito Bonvini, o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, ligado ao deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), que em 2005 renunciou ao mandato para escapar da cassação por causa de envolvimento no mensalão.
Magno Malta, líder do PR, elogia nota
O líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), disse na manhã desta segunda-feira ter recebido com satisfação a nota de apoio da presidente Dilma Rousseff.
- Ela (a nota) nos encoraja e nos alegra - disse Malta, ao chegar ao velório do ex-presidente Itamar Franco no Palácio da Liberdade.
O senador informou que, às 17h desta segunda-feira, a bancada do partido do Senado se reunirá com o ministro para pedir à Procuradoria-Geral da República e ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue o suposto esquema de superfaturamento e cobrança de propina em obras públicas.
- Queremos que a PGR e o TCU vão a fundo, até para que as pessoas de bem não vão para vala comum ( das denúncias) - disse o líder.
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