Do POLÍTICA HOJE
O presidente Lula rechaçou nesta segunda-feira (21) a possibilidade de conceder a todos os aposentados o reajuste aplicado no caso do salário mínimo. Citou como razões a necessidade de manter em equilíbrio nas contas públicas e o déficit da Previdência Social. No mesmo café da manhã em que fechou a porta para a negociação com os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente deu a entender que manterá em vigor algumas bondades, como incentivos tributários para determinados setores da economia e a contratação de servidores para a administração pública.
Segundo o presidente, o governo não fará concessões na proposta já apresentada. A ideia do Planalto é dar um aumento, em janeiro, de 6,19% - ou 2,5% acima da inflação - para cerca de 8 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que ganham mais de um salário mínimo por mês. O percentual corresponde à metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2008 mais a inflação projetada para este ano. Em 2011, haveria novo reajuste, equivalente à inflação de 2010 e 50% da expansão do PIB em 2009.
Já o salário mínimo saltará em janeiro de R$ 465 para pelo menos R$ 506, acréscimo de 8,81%. Relator-geral do Orçamento da União de 2010, o deputado Geraldo Magela (PT-DF) disse que a oferta do governo para os aposentados, se aceita, resultará num custo adicional de R$ 3,5 bilhões. O dinheiro já foi reservado na proposta de lei orçamentária em tramitação no Congresso. Magela ressaltou, no entanto, que trabalha para chegar a R$ 510 como o novo valor do mínimo. As informações são do Correio Braziliense.
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