domingo, 20 de dezembro de 2009

CORRUPÇÃO: Agentes da PF apreenderam dinheiro marcado na residência oficial de Arruda

Do blog do CLÃUDIO HUMBERTO

Foram encontradas na residência oficial de Águas Claras, onde mora o governador do DF, José Roberto Arruda, cédulas marcadas pela Policia Federal, e que foram o alvo do mandado de busca e apreensão cumprido em 27 de novembro passado, no âmbito da Operação Caixa de Pandora. A informação consta do relatório sobre as investigações, encaminhado pela PF ao relator do caso no Superior Tribunal de Justiça, ministro Fernando Gonçalves, e foram noticiadas neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo reportagem de Rodrigo Rangel, em outro local a PF descobriu com um assessor de Arruda notas previamente marcadas com tinta invisível para identificar os destinatários da propina. O dinheiro encontrado em Águas Caras tem a mesma série numérica de um lote de cédulas apreendidas em duas empresas (Vertax e Adler) acusadas de bancar o esquema de corrupção que ficou conhecido como "mensalão do DEM".
Dinheiro estava com assessores diretos do governador - O dinheiro foi apreendido na sala de trabalho de Fábio Simão, então chefe de gabinete de Arruda. Homem de extrema confiança do governador, Simão foi demitido após a operação. O mesmo relatório da PF contém outros dados que atestam a ligação entre o círculo íntimo do governador e as empresas apontadas como fornecedoras de propina ao esquema. O relatório da Policia Federal revela que parte da verba recebida das empresas e distribuída pelo ex-secretário Durval Barbosa foi encontrada na casa de Domingos Lamoglia, ex-assessor de Arruda recém-nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Nesse caso, é a Vertax que aparece como fonte do dinheiro. Segundo o relatório, as cédulas encontradas na residência de Lamoglia fazem parte de um lote de R$ 600 mil que Barbosa recebeu das empresas, a título de propina, para repassar a outros integrantes do governo. Como Barbosa já estava colaborando com a investigação, as cédulas foram marcadas pela polícia com tinta invisível antes de serem passadas adiante. A estratégia dos investigadores foi distribuir o dinheiro para, depois, na ação de busca e apreensão, identificar os destinatários da propina. As notas marcadas constituem prova documental da corrupção.

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