segunda-feira, 19 de novembro de 2012

MUNDO: Prédio que abriga escritórios da mídia em Gaza é atingido pela 2ª vez

De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais
 
Líder da Jihad Islâmico morre em ataque; outros três ficam feridos 
Prédio com escritórios de veículos internacionais atacado por bombardeio israelense - MOHAMMED SALEM / REUTERS 
JERUSALÉM - Um alto comandante da Jihad Islâmica foi morto durante o ataque a um prédio na Faixa de Gaza que abriga escritórios da mídia, incluindo de veículos internacionais, nesta segunda-feira. Segundo o Exército israelense, o ataque desta tarde matou Ramez Herb, um comandante da Jihad Islâmica responsável pelo disparo de foguetes, e deixou outros três militantes do grupo feridos. Os quatro estariam no prédio onde funcionam os escritórios de várias redes de TV no momento do bombardeiro. De acordo com a Reuters, dois cinegrafistas também ficaram feridos. Esta é a segunda vez que o edifício é atacado em dois dias. No domingo, ao menos oito palestinos ficaram feridos na primeira investida. 
Ramez Herb, de 36 anos, havia participado de uma série de lançamento de morteiros de longa distância contra Israel, afirma o Exército israelense. Os outros três combatentes atingidos seriam Baha Abu al-Alta, membro do conselho militar da Jihad Islâmica; Tayasir Jabari, também do conselho do grupo; e Khalil Bahatini, que estaria ligado ao lançamentos de foguetes. Autoridades palestinas confirmaram a morte de Herb e os três militantes feridos. 
O Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel, considerou o ataque ao prédio de imprensa uma das operações de inteligência de maior sucesso desde o início da ofensiva, na quarta-feira passada, informou o site do jornal “Yediot Ahronot”.Segundo Mark Regev, porta-voz do premier Benjamin Netanyahu, Israel atacou um “centro de comunicações do Hamas”, não jornalistas. O governo de Tel Aviv diz não considerar os repórteres da TV al-Aqsa, ligada ao grupo palestino, jornalistas. 
Testemunhas contam que o prédio foi atingido por ao menos três mísseis, derrubando escombros pelas ruas. O correspondente da rede BBC no local, Paul Danahar, disse ter visto o corpo de um homem ser retirado do edifício com queimaduras da cabeça aos pés. Depois o ataque de domingo, funcionários das TVs al-Arabiya e Sky News deixaram o local temendo novas investidas, segundo o jornal “Jerusalem Post”. 
Mais cedo, Benjamin Netanyanhu, o ministro da Defesa Ehud Barak e o chanceler Avigdor Lieberman se reuniram para discutir a proposta de cessar-fogo sugerida pelo Egito. Os três decidiram dar mais tempo para os esforços diplomáticos internacionais, mas fontes acreditam que uma invasão por terra ainda é provável. Enquanto isso, o aumento de morte de civis palestinos amplia a discussão sobre a ofensiva de Israel e pode colocar a opinião pública contra o país, opinam analistas. 
Imagens de 11 pessoas de uma mesma família - parte delas crianças - mortas em Gaza após um bombardeiro israelense chocaram o mundo no domingo e ampliaram nesta segunda-feira a discussão sobre o alcance do conflito. Nos seis dias de confronto entre Israel e Hamas, 95 palestinos morreram e mais de 600 ficaram feridos. O Exército admite que um terço deles era composto por civis, mas o número pode ser ainda maior. Para analistas políticos, o aumento da morte de pessoas não envolvidas no conflito pode colocar a opinião pública contra Tel Aviv e aumentar a pressão por um cessar-fogo. 
Durante a última noite, 11 palestinos morreram em ataques israelenses, incluindo uma mulher de 60 anos e outra de 19, uma criança de 4 e um bebê de apenas 1 ano, informou o jornal “Haaretz”. Segundo o diário, ao menos 70 ficaram feridos, a maioria perto do bairro de Zeitun, ao norte de Gaza. 
Pela manhã, mais civis foram alvos de mísseis israelenses. Dez morreram, junto com dois comandantes do grupo Jihad Islâmica. Outros dois palestinos foram mortos em um bombardeio em Khan Younis. De acordo com testemunhas, eram civis. O alvo original seriam dois homens em uma motocicleta perto do local. 
De acordo com o Exército, 40 túneis de contrabando entre Gaza e Rafah foram bombardeados durante a noite. O estádio de futebol no território palestino, que seria usado para lançamento de foguetes, também foi atacado. 
Mulher fica ferida em Ashkelon 
Enquanto isso, em Israel, depois de uma noite calma, o país voltou a ser atacado por morteiros do Hamas nesta manhã. Ao menos 17 morteiros foram lançados em direção ao território israelense. Três foram interceptados pelo sistema de defesa antiaérea - o Domo de Ferro - e quatro explodiram na cidade de Ashkelon. Um deles caiu perto de um prédio, e um segundo no jardim de uma casa. Uma mulher se feriu levemente, atingida quando buscava abrigo. Foguetes também teriam explodido em Ashdod e Gan Yavne. 
O Hamas diminuiu consideravelmente os ataques contra Israel. No domingo, 75 morteiros foram lançados em direção a Israel, um número bem menor do que a média de 230 foguetes por dia do resto do fim de semana. Segundo o Exército israelense, mais de 980 projéteis foram lançados de Gaza e a cada sete minutos sirenes são acionadas em alguma parte de Israel.

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