segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ECONOMIA: Dólar cai pelo quinto dia e bolsas sobem após promessa de líderes de reforçar bancos

De O GLOBO.COM.BR

Vinicius Neder, com agências (vinicius.neder@oglobo.com.br)

RIO - As bolsas têm forte alta nesta segunda-feira depois que líderes de Alemanha e França prometeram fortalecer os bancos europeus, em reunião no domingo. Por volta de 13h, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), subia 2,91%, aos 52.736 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar comercial ia para o quinto dia seguido de queda ante o real, com baixa de 1,18%, a R$ 1,748 na compra e a R$ 1,750 na venda.
As bolsas da Europa fecharam em alta. O FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, teve alta de 1,80%. O CAC 40, de Paris, subiu 2,13%. O DAX, de Frankfurt, avançou 3,02%. Em Madri, o IBEX 35 subiu 1,07%. Em Milão, o FTSE MIB ganhou 3,67%. Em Wall Street, o Índice Dow Jones sobe 2,47%, o S&P 500 ganha 2,83% e o Nasdaq avança 3,06%.
Após a reunião de domingo, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disseram que "uma resposta compreensiva" à crise de dívida europeia seria concluída até o fim do mês, incluindo um plano para que os bancos europeus tenham a quantia adequada de capital. Isso tranquilizou investidores, mesmo com poucos detalhes das ações planejadas.
Nesta segunda-feira, foi anunciado o adiamento de um fórum de líederes da União Europeia (UE) planejado para daqui a uma semana, no dia 17. O encontro agora será no dia 23. Segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, o objetivo é ganhar tempo para entrar em acordo sobre uma estratégia de crise para lidar com a fraqueza dos bancos e com a Grécia.
- Esse tempo vai permitir a finalização da nossa estratégia abrangente sobre a crise de dívida soberana da zona do euro cobrindo uma série de questões inter-relacionadas - explicou Van Rompuy, que vai comandar o encontro de líderes da UE, bem como a reunião de chefes de Estado e governos da zona do euro.
Para o gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti, a perspectiva de acordos para a recapitalização de bancos europeus e de uma solução para o impasse da dívida pública da Grécia é um alívio para investidores, mas o otimismo ainda é de curto prazo.
- A reunião de domingo é mais uma alívio do que uma inversão de tendência para as bolsas - diz Casotti, referindo-se ao encontro entre Sarkozy e Merkel.
Segundo Casotti, a incerteza provavelmente ainda dominará os negócios nos mercados globais, sobretudo com foco na crise na Grécia e em seu impacto sobre os bancos europeus. A possibilidade de outras instituições financeiras apresentarem problemas, como o banco Dexia, exigiria novos pacotes de recapitalização.
- Ainda não há nada de concreto sobre a Grécia - completa Casotti, para quem a volatilidade ainda deverá ser constante diante das incertezas.
No mercado doméstico, entre as ações mais negociadas na bolsa, Petrobras PN sobe 1,69%, a R$ 18,61, Vale PNA ganha 2,32%, a R$ 39,20, e OGX Petróleo ON avança 2,89%, a R$ 11,71.

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