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Alessandro Giannini
Candidato já citou ‘falta de controle’ em estatais, avaliação que não se reflete no posicionamento do partido
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Fernando Haddad (PT) disccursa em encontro com pessoas com deficiência, em hotel de São Paulo Foto: Marcos Alves / Agência O Globo
SÃO PAULO - Ao citar a falta de controle nas empresas públicas nos governos do PT, o presidenciávelFernando Haddad ( PT ) tem adotado um tom que não reproduz posicionamento oficial do partido, segundo avaliação de integrantes da campanha petista. Trata-se de opinião pessoal de Haddad e de poucas lideranças que decidiram reconhecer falhas nos governos petistas.
Embora funcione como tentativa de antídoto aos ataques do adversário, Jair Bolsonaro (PSL), a autocrítica sobre o combate à corrupção é algo anterior ao segundo turno no caso de Haddad. No sábado, em São Paulo, ele disse:
— Faltou controle interno nas estatais. Isso é claro. Diretores ficaram soltos para promover corrupção e enriquecer pessoalmente .
Para Haddad, o PT fortaleceu mecanismos de fiscalização e controle da administração pública direta e indireta, mas errou ao não levar as mesmas práticas para estatais como a Petrobras.
Haddad já havia se posicionado fora do script partidário em relação a outro tema polêmico no PT, quando disse que, se eleito, o ex-ministro José Dirceu não participará de seu governo.
Já Bolsonaro afirmou no início da noite de ontem que não representa risco à democracia, ao contrário do adversário, caso seja eleito. O presidenciável citou a produção acadêmica de Haddad e posicionamentos partidários para afirmar que o risco aconteceria em um eventual governo petista:
— O PT agora apagou do próprio site a defesa da Venezuela. Eles agora se mostram como pessoas maravilhosas.
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