quinta-feira, 8 de outubro de 2015

POLÍTICA: Apesar de discordar de rejeição de contas, Planalto admite 'tiro no pé' ao enfrentar TCU

ESTADAO.COM.BR
ISADORA PERON - O ESTADO DE S. PAULO

Governo mantém discurso de que palavra final sobre reprovação é do Congresso, mas internamente reconhece falha na estratégia de defesa

Brasília - Um dia depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitar por unanimidade a prestação de contas do governo do ano passado, interlocutores da presidente Dilma Rousseff já começam a admitir que foi um erro a estratégia de partir para o enfrentamento ao órgão na semana do julgamento.

José Eduardo Cardozo, Luís Inácio Adams e Nelson Barbosa em entrevista coletiva no dia 4 de outubro, sobre o julgamento das contas de 2014 no TCU

Para um ministro do PT, o pedido para tentar afastar o ministro Augusto Nardes da relatoria do caso e a decisão de entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o julgamento foi "um tiro no pé" e "judicializou" um problema que é político. 
A avaliação é que, como o governo já esperava a rejeição do balanço de 2014 pela corte, o Palácio do Planalto deveria ter concentrado esforços em reorganizar a base aliada para que as contas sejam aprovadas no Congresso.
Na entrevista coletiva marcada pelo o governo para a manhã desta quinta-feira, 8, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, deve manter o tom da nota emitida ontem pelo Planalto, que afirma que o parecer do TCU é prévio e ainda tem de ser submetido a "ampla discussão e deliberação" no Congresso.
Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Nelson Barbosa (Planejamento) também devem participar da coletiva. O trio foi o mesmo escalado por Dilma no domingo para deflagrar a ofensiva contra o TCU.

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