segunda-feira, 4 de maio de 2015

POLÍTICA: Cunha diz que falta de acordo no PT dificulta aprovação do ajuste fiscal

OGLOBO.COM.BR
POR JÚNIA GAMA

Presidente da Câmara afirma que tentará finalizar nesta terça-feira a MP que endurece as regras de concessão do seguro-desemprego
O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA — Sem consenso no PT sobre a votação das medidas do ajuste fiscal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira que dificilmente as matérias serão aprovadas se o partido da presidente Dilma Rousseff não estiver fechado em torno do tema. Está prevista para esta terça-feira a votação da Medida Provisória (MP) 665, que endurece as regras para concessão do seguro-desemprego e do abono salarial, e integra o pacote do ajuste fiscal enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso.
– Se o PT não tiver acordo, vai ficar difícil convencer os partidos da base a acompanhar. Dificulta muito a posição – afirmou Cunha, nesta segunda-feira.
Temendo desgaste junto a sua base eleitoral, muitos petistas relutam em apoiar as medidas, mesmo com as alterações feitas pelo relator da MP 665 na comissão especial, senador Paulo Rocha (PT-PA), que tentou encontrar um meio-termo entre as regras atuais e a proposta do governo.
Para constranger o PT, Eduardo Cunha deixará as galerias da Câmara abertas à entrada de manifestantes. Os trabalhadores em geral, organizados pelas centrais sindicais, são contrários às medidas. Na votação do projeto que estende a terceirização para todas as atividades — patrocinado pelo peemedebista —, foi proibido o acesso de sindicalistas nas dependências da Casa.
Cunha trabalha com a possibilidade de obstrução da votação amanhã, mas diz que tentará finalizar a apreciação da MP 665 de qualquer maneira. O PT queria o adiamento da votação para que o governo tivesse mais tempo de convencer o eleitorado sobre as medidas, mas o presidente da Câmara não concederá o pedido.
— Não vou adiar nada, será colocado para votar. Vai estar lá, vai enfrentar obstrução, vai tomar falta quem não quiser votar. Vou usar o que o regimento me permite para evitar a obstrução de matéria que tranca a pauta. Se alguém tem alguma coisa contra, se o governo não tiver maioria, que derrote a MP – disse Cunha hoje.

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