Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Dados econômicos de emprego, movimento do varejo e
a prévia do PIB do BC trouxeram alegria para o Palácio do Planalto e arredores :
foram positivos, até acima do esperado pelos mais otimistas, com sinais de que a
economia brasileira pode até estar começando a sair da modorra em que se
encontra há meses. Eles foram comemorados quase com foguetório por Dilma, pelo
ministro da Fazenda, Guido Mantega, e até pelo mais contido presidente do BC,
Alexandre Tombini. Mantega, incorrigível, chegou a dizer que a economia
brasileira já "cruzou o Cabo da Boa Esperança". Economistas dizem que os sinais
são realmente mais positivos, mas que para este ano não dá mais. A aposta agora
é que se alcance o ritmo de crescimento, anualizado, de 4% no fim do ano.
Os
primeiros sinais de recuperação II
Os indicadores do BC sobre a atividade econômica
dão a exata medida do que está a ocorrer no país : os estímulos fiscais e
monetários (taxa de juros) estão produzindo resultados, mas estes serão
insuficientes para elevar o PIB para algo além de 1,5% - 2,0% neste ano e um
pouco mais no ano que vem. A boa notícia é que a melhoria do cenário externo,
mesmo que bastante incipiente, favorecerá o Brasil e daí pode haver uma boa
surpresa que eleve um pouco mais o patamar de crescimento. De toda a sorte, o
crescimento dependerá muito da capacidade do governo em investir entre 4% - 5%
do PIB. Hoje investe perto de 0%. Neste item, as pressões grevistas são um
péssimo sinal sobre o futuro estrutural do investimento público do Brasil.
A
inflação
A inflação ganhou alguns graus de aquecimento. Tem
reunião do Copom do BC na semana. Da decisão que ele vai tomar em matéria de
juros (a previsão é de outra queda da Selic, de 0,5 ponto percentual e talvez
mais uma em outubro) e da ata que divulgará na semana seguinte, para sabermos o
que o governo está pensando e prevendo. Se teme a inflação ou não e se está
satisfeito ou não com o ritmo que o PIB está tomando.
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