De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais
Na Europa e nos EUA, principais Bolsas operam em queda nesta segunda
SÃO PAULO - O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa), abriu em alta, mas inverteu o sinal e passou a operar em queda,
acompanhando o mau humor dos pregões internacionais. Às 12h15m, o Ibovespa caía
0,28% aos 58.908 pontos. Nesta segunda, há o vencimento de opções sobre ações, o
que traz mais volatilidade ao pregão. O aumento da aversão ao risco no cenário
doméstico e internacional faz o dólar subir. No mesmo horário, a moeda americana
subia 0,34% frente ao real, sendo negociada a R$ 2,020 na compra e R$ 2,022 na
venda.
Entre as ações mais negociadas no pregão brasileiro, Vale PNA sobe 0,45%; OGX
Petróleo ON sobe 0,64% a R$ 6,30; Itaú Unibanco avança 0,17% a R$ 34,73 e PDG
Realty ON cai 0,54% a R$ 3,67. O jornal 'Valor Econômico' informa em reportagem
que a Petrobras está sendo investigada pela CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) após a atuação de fundos de pensão de companhias estatais, elegendo
membros para conselho de administração da companhia como minoritários. As ações
da empresa se desvalorizam nesta segunda. Os papéis PN perdem 0,46% a R$
21,46.
No Brasil, as ações ON da TIM Participações estão entre as cinco maiores
quedas do pregão com recuo de 2,53% a R$ 8,46, influenciadas pela Europa. As
ações da Telecom Italia estão entre as principais quedas nesta segunda-feira
no índice FTSEurofirst 300, diante do risco de a TIM Participações ter que
pagar uma grande quantia em impostos atrasados.
No boletim Focus, divulgado nesta segunda, a
previsão para o IPCA este ano subiu para 5,15% contra 5,11% da semana
passada . Foi a sexta alta consecutiva.
Na Europa, as principais Bolsas operam em queda, após o Banco Central Europeu
(BCE) ter divulgado um comunicado oficial negando possíveis medidas para fixar
um teto para o juro dos títulos soberanos de curto prazo no mercado secundário
para países com problemas de refinanciamento, como Itália e Espanha. A
revista alemã Der Spiegel publicou no fim de semana que o BCE controlaria o juro
dos títulos de dívida soberana da zona do euro. Sempre que a taxa subisse
acima de um nível pré-estabelecido, a autoridade monetária entraria no mercado
comprando. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 1,15%; o Dax, do pregão de
Frankfurt, tem queda de 0,19%; o Cac, de Paris, perde 0,39% e o FTSE, da Bolsa
de Londres, recua 0,50%.
Nos EUA, os principais índices acionários também iniciaram o dia em queda. O
S&P 500 perde 0,26%; o Dow Jones, se desvaloriza 0,17% e o Nasdaq recua
0,37%. O Federal Reserve de Chicago informou nesta
segunda-feira que o índice de atividade econômica nacional teve queda de 0,13
pontos, contra queda anterior de 0,34 pontos. Foi a quinta baixa consecutiva do
indicador.
O Bundesbank, o banco central da Alemanha, voltou nesta segunda-feira a se
posicionar contra à compra de títulos soberanos por parte do BCE. Para o
Bundesbank, a responsabilidade pela divisão de riscos é uma posição que deve ser
tomada pelos governos, e não do BCE. A posição do Bundesbank também pressiona os
mercados europeus.
Ainda na Europa, a Grécia informou que vai pagar nesta segunda-feira 3,2
bilhões de euros de dívida contraída junto ao BCE, afastando o risco imediato de
calote, informaram fontes do ministério das Finanças.
Na Ásia, as principais bolsas caíram diante de descofianças sobre medidas de
afrouxamento monetário, apesar do governo sinalizar medidas nesse sentido. No
Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em alta de 0,09%. Na Coreia
do Sul, o índice Kospi, da bolsa de Seul, caiu 0,01%. Em Hong Kong, o índice
Hang Seng teve queda de 0,06% e na China, o índice Xangai Composto recuou
0,37%.
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