Na Europa e nos EUA, principais pregões operam em queda nesta terça
SÃO PAULO - Em compasso de espera dos investidores, o Ibovespa, principal
índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), tenta uma recuperação depois
de três quedas seguidas. Por volta de 11h08m, o índice subia 0,68% aos 58.507
pontos. O dólar comercial também se valoriza nesta terça-feira e, no mesmo
horário, subia 0,59% cotado a R$ 2,040 na compra e R$ 2,042 na venda.
Entre as ações mais negociadas do pregão, Vale PNA sobe 0,20% a R$ 33,47;
Petrobras PN cai 0,04% a R$ 21,38; OGX Petróleo ON avança 0,61% a R$ 6,52; Itaú
Unibanco PN perde 0,32% a R$ 33,39 e PDG Realty ON sobe 3,19% a R$ 3,55.
No mercado doméstico, começa hoje a reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom), do Banco Central (BC), que definirá a nova taxa Selic, a taxa básica de
juros. A decisão sai amanhã e a expectativa é de uma queda de 0,5 ponto
percentual, de 8% ao ano para 7,5% ao ano. O mercado também espera o discurso do
presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, o banco central americano, na
sexta. Organizado pelo Federal Reserve Bank de Kansas City (Fed Kansas),
Bernanke já usou o encontro em Jackson Hole para sinalizar ações de política
econômica. Nesta terça, foi confirmado que o presidente do Banco Central Europeu
(BCE), Mario Draghi, não irá ao encontro, onde também discursaria.
O mercado acompanha também a reunião entre o primeiro-ministro da Espanha,
Mariano Rajoy e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, que
acontece hoje, em Madri. A expectativa é de que o chefe do governo espanhol
defenda a união bancária do continente.
Na Europa, as Bolsas operam em queda. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, perde
0,97%; o Dax, de Frankfurt, se desvaloriza 0,83%; o Cac, do pregão de Paris,
recua 1,07% e o FTSE, de Londres, cai 0,34%. Nos EUA, as Bolsas também operam em
queda. O S&P 500 perde 0,10%; o Dow Jones se desvaloriza 0,22% e o Nasdaq
cai 0,12%.
Nos EUA, o índice de confiança do consumidor, medido pela Conference
Board caiu para 60 pontos em agosto contra os 65,4 pontos de julho. O
mercado projetava 66 pontos. O resultado mostra queda na expectativa de consumo
da população, principalmente pela situação do mercado de trabalho.
Na Espanha, a notícia positiva desta terça é que o governo vendeu cerca de
3,6 bilhões de euros em títulos com vencimento em três e em seis meses, com
taxas de juros menores. Foram vendidos 1,6 bilhão em títulos com vencimento de
três meses e 1,9 bilhão em papéis de seis meses. O juro ficou em 0,94% e 2,02%
respectivamente. Em leilão anterior, a taxa dos papéis de 3 meses ficou em 2,43%
e de seis meses em 3,69%. A notícia negativa é que o governo da Catalunha pediu
formalmente ao governo federal uma ajuda de 5 bilhões de euros. Também foi
confirmado hoje que o PIB espanhol caiu 0,4% no segundo trimestre do ano.
O Tesouro da Itália também vendeu 3,75 bilhões de euros em títulos com
vencimento entre 2014 e 2019, com queda nas taxas de retorno (yields).
Na Ásia, os principais pregões fecharam sem tendência definida. O índice
Nikkei, da Bolsa de Tóquio, recuou 0,57% com a informação de que o governo
japonês revisou para baixo a estimativa de crescimento da economia este ano. Foi
a primeira revisão negativa em dez meses atribuída à crise global. Na Bolsa de
Seul, o índice Kospi, fechou com baixa de 0,08%; na China, o Xangai Composto
teve alta de 0,85% e em Hong Kong o índice Hang Seng subiu 0,07%.
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